PREGAÇÃO

Jesus, cuidadoso com elogios (Série AGINDO COMO JESUS 30 de 38)

Mc 10.17-22      28 minutos      17/03/2019         

Mauro Clark


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Na série AGINDO COMO JESUS, a ênfase de cada mensagem não é nos ensinos e doutrinas, mas na atitude e no comportamento dEle, visando imitá-Lo.

Esse começo de diálogo de Jesus é interessante e curioso.

Interessante porque Jesus não responde logo à pergunta do jovem rico, mas o questiona (quase podemos dizer o repreende) por chamá-Lo de bom.

E curioso exatamente porque causa estranheza Jesus, sendo divino e sem pecado, aparentemente estar se recusando a ser chamado de bom - o que Ele de fato era!

 

O que aconteceu? Simples: o homem não estava olhando para Jesus como um ser divino, mas apenas como um mestre da lei, semelhante a muitos que havia em Israel.

Aos olhos do jovem, o fato de alguém ser escriba era garantia de ser uma pessoa boa.

Jesus não podia concordar com isso.

Pede então que o homem lhe explique com que base achava qualquer escriba bom.

E parte para o conceito absoluto de bondade: a rigor, nenhum ser humano é totalmente bom. Só Deus.

 

Contudo, ainda fica a pergunta: mesmo que o homem o encarasse como um mestre da Lei, exatamente por que Jesus não aceitou o elogio, se Ele era totalmente bom?

Sem entrar nesse mérito, parece que Jesus entendeu que o homem era meio ingênuo, desses que acham todo mundo é bom, ou pelo menos tem uma grande dose de bondade.

Podemos ver isso refletido na teologia daquele rico, querendo fazer melhor as coisas para herdar a vida eterna.

Parece que ele não reconhecia a situação da raça humana, pecadora e perdida.

Pensava que bastaria um ajuste aqui e outro ali, e estaria tudo bem.

Era exatamente isso que ele pensava de si mesmo: já se achava bom (pensava que cumpria bem a Lei), e queria ser ainda melhor, para herdar a vida eterna.

 Isso era a velha e errada teologia da salvação pelas obras.

 

Jesus então vai na origem: ninguém é bom, nem os grandes e respeitados mestres da lei.

A salvação estava em seguir a Ele próprio, Jesus.

No caso do jovem rico, Jesus sugeriu que ele fizesse isso literalmente.

Mas é fundamental notarmos que só teria sentido o homem seguir fisicamente a Jesus se também O seguisse de coração.

Pena que o milionário não passou nem no primeiro teste: para seguir fisicamente teria que se desfazer dos bens e isso ele não queria.

 

A própria maneira de Jesus avaliar o jovem rico, nos deixa uma lição valiosa: Seja cuidadoso com elogios, tanto fazendo como recebendo.

 

Isso evita dois problemas:

1) Elogiar pessoas de maneira exagerada, ingênua.

Mesmo procedente, elogio deve ser feito com cuidado.

E se você elogia uma pessoa por algo que ela não é ou não tem, aí é algo patético.

Era exatamente esse o erro que o jovem rico estava cometendo e Jesus quis corrigir.

 

Antes de abrir a boca para elogiar alguém, pense bem:

* O elogio procede? É uma característica conhecida dele ou fez uma vez na vida?

* O elogio não estaria meio exagerado, talvez até contradizendo algum princípio bíblico?

  Tipo: Ah, eu sei que você mal comete pecado...

 

2) Receber elogios de pessoas que não estão lhe entendendo direito.

Não aceite elogio ou comentário favorável sobre algo que a pessoa pensa que você tem e você sabe que não é o caso.

 

Exemplos:

* De vez em quando me pedem para orar por um certo assunto, alegando que pastor tem mais prestígio diante de Deus. Em vez de ficar envaidecido e agradecer, eu procuro mostrar ao irmão que ele está simplesmente enganado.

 

* No seu solo instrumental, você erra várias vezes. Depois alguém vem elogiar a sua apresentação “impecável”. Agradeça, mas não aceite!

 

E se o elogio for realmente procedente?

Aceite modestamente e logo transfira a glória para Deus.

Sejamos mais atentos e prudentes com essas coisas.

Jesus era  extremamente arguto, perspicaz.

Obviamente tudo isso era mesclado com muita bondade, misericórdia e amor.

Que o Espírito Santo faça essa dosagem em nós, também.

 

Deus nos abençoe. Amém

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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