PREGAÇÃO

Os 4 cavaleiros do Apocalipse (Série APOCALIPSE 20 de 75)

Ap 6.1-8      62 minutos      24/06/2018         

Mauro Clark


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Aqui se inicia a Tribulação, que irá até o cap. 18, culminando com a volta de Cristo, no cap 19.

Várias séries de acontecimentos ocorrerão no céu e na terra, envolvendo:

* Julgamento de Deus sobre pecadores, por vários meios: cataclismos de corpos celestes (sol, lua estrelas); catástrofes físicas na própria terra (terremoto, incêndios, saraivadas), algumas por ações diretas de seres angelicais, tanto benignos como malignos.

Resultados: fomes, pestes, doenças, dor e mortes

* Perseguição, pelo diabo e seus agentes, de crentes convertidos na Tribulação.

* Escolha de 144 mil judeus para missão especial

* Cenas com crentes no céu

* Perseguição aos judeus em Israel, ameaçando a própria existência do povo judeu.

 

Importante:

Jesus tratou da Sua 2ª. vinda no Sermão do Monte das Oliveiras (Mt 24; Mc 13 e Lc 21).

Obviamente muitas coisas a que se referiu lá são observadas aqui por João.

 

Em Apocalipse, no longo trecho cap. 6-18 a maioria desses acontecimentos são descritos em grupos, embora intercalados entre si. Há também acontecimentos isolados:

* Sete selos abertos pelo Cordeiro

* Sete trombetas tocadas por anjos (talvez o 7º. selo se desdobre nas 7 trombetas)

* Três “ais” anunciados por uma águia após a 4ª. trombeta (após a 5ª, 6ª. e 7ª. trombeta)

* Quatro vozes de anjos, cada um com um anúncio importante

* Sete taças derramadas, com 7 flagelos (talvez a 7ª. trombeta se desdobre nas 7 taças)

* Julgamento e queda da grande meretriz

 

Sugestão da cronologia (entre muitas prováveis): os 7 selos, as 7 trombetas e os três “ais” serão feitos ao longo da 1ª. metade  da Tribulação (cap. 6-11).

As 4 vozes, as 7 taças e o julgamento e queda da grande meretriz será na 2ª. metade, a chamada Grande Tribulação (cap. 12-18).

 

A primeira série de acontecimentos é a abertura dos 7 selos.

Os 4 primeiros são os famosos 4 cavaleiros do Apocalipse.

Fase preparatória. São descritos não como fazendo alguma coisa, mas como recebendo autoridade para começar a fazê-las e iniciando a respectiva missão.

 

v.1-2

Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos e ouvi um dos quatro seres viventes dizendo, como se fosse voz de trovão: Vem!

Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro...

... com um arco: arma de ataque (ou de conquista)

... dada uma coroa: indicação de autoridade ou de prêmio

... e ele saiu vencendo e para vencer: não diz exatamente em qual batalha. Só sabemos que venceria todas.

 

Quem era o cavaleiro? Grande mistério, ninguém sabe. Principais opiniões:

Cristo; Anticristo; Paz personificada; Pregação do Evangelho

 

Minha opinião:

Obviamente não sei quem é, mas acho que NÃO é Cristo pessoalmente, nem o Anticristo.

Quanto à paz personificada, é bíblica a ideia de paz ilusória e passageira proporcionada pelo Anticristo antes da perseguição aos crentes e aos judeus. (1Ts 5.3; Dn 9.27).

Além disso, é interessante o fato do 2º. cavaleiro ser enviado para “tirar a paz da terra”.

Mesmo assim, acho difícil conciliar arco de guerra e conquistas com paz.

Sugestão: associando o “branco” do cavalo com justiça e a vitória certa do cavaleiro, pode ser algo como vitória da justiça, de Cristo.

 

Seja como for, o fato é que Deus agora dá o primeiro passo concreto numa guerra declarada contra a humanidade.

 

v.3-4

Quando abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizendo: Vem! E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros

Vermelho: ideia de sangue

Missão interessante do cavaleiro: tirar a paz da terra.

Não sabemos exatamente como.

Mas, seja como for, veja que a paz na terra é mantida por Deus!

É por isso que os homens não se matam ainda mais do que atualmente.

A violência de hoje, por mais que achemos insuportável, é modesta para o que seria se não fosse Deus segurando.

Resultado imediato da ação do segundo cavaleiro: homens matando homens, numa escala que as guerras mundiais vão parecer pequenas. Os seres humanos são capazes de altíssimas doses de egocentrismo, insensibilidade, ódio, crueldade, malícia, vontade de eliminar, de destruir, de matar. Basta estudar um pouquinho de História humana, em qualquer época, em qualquer lugar.

O fato é que há um poder restritivo de Deus sobre a humanidade: Mt 5.13; 2Ts 2.6

 

É muita ingenuidade e cegueira espiritual ter esperança em homens (Jr 17.5).

 

... também lhe foi dada uma grande espada

Ou é uma segunda missão (matar diretamente), ou ainda dentro da primeira missão, usando a espada visando especificamente tirar a paz da terra.

Imagine o lugar miserável em que este mundo se tornará naqueles dias!

Jesus: Mt 24.6-7

 

v.5-6

Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizendo: Vem! Então, vi, e eis um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão. E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes dizendo: Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho.

Preto: talvez ideia de fome.

Trigo e cevada caríssimos, azeite e vinho faltando: falta de alimento e carestia, embora ainda não fome severa.

 

v.7-8

Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizendo: Vem! E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o Inferno o estava seguindo...

Amarelo: χλωρός: chloros: verde pálido.

Cavaleiro chamado morte: ou a própria morte personificada, ou um ser angelical que era chamado de morte por levar a morte por onde andava. Seja como for, obedecia a Deus.

Inferno o estava seguindo

Inferno... : ᾅδης, hades: Strong: “A região de espíritos condenados que partiram, (mas incluindo mortos salvos em períodos antecedentes à ascensão de Cristo).

 

... o estava seguindo: como se fosse colhendo os mortos que o cavaleiro da morte deixava pelo caminho. (Morte e hades: companheiros: Ap 1.18; 20.13-14)

 

... e foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da terra.

Morte de um quarto da população do mundo. Se fosse hoje, aprox. 2 bilhões de pessoas.

As formas de matar lembram o segundo cavaleiro (espada) e fome (o terceiro).

Jesus: Lc 21.11

Mortandade: pestes.

E mais uma forma foi acrescentada: por meio das feras da terra. Descontrole ambiental, multiplicação dos animais, ferocidade aumentada.

As desgraças, as catástrofes, a violência, vão aumentando e se somando numa progressão medonha, a vida no dia a dia cada vez mais precária, sofrimentos aumentando, centenas de milhões de mortes causadas pelos próprios homens e pelos cavaleiros angelicais.

 

E assim, saíram os quatro cavalos com seus cavaleiros para fazer cumprirem a vontade de Deus, desta vez na forma de justiça, vingança, sofrimento e morte.

Agora é irreversível. Forças imensas estão em movimento e não há poder satânico ou humano que possa fazê-las parar.

 

Como o crente deve reagir a essas perspectivas que certamente ocorrerão e talvez estejam próximas?

* Sem ingenuidade, sabendo que assim será e falar abertamente

* Valorizando menos as coisas da terra e mais as do céu

* Cuidando da fé, para diminuir o desânimo e aumentar a confiança.

 

Continuando: seria de se esperar que o próximo selo, o quinto, fosse a execução ou a consequência da ação desses cavaleiros.

De fato, é quase assim, mas não exatamente. O sexto selo será exatamente isso.

Mas o quinto é de natureza completamente diferente dos primeiros quatro.

Passa-se no céu, não na terra. Nem envolve violência nem ação de anjo algum.

João viu uma cena curiosíssima dos bastidores celestiais.

Veremos na próxima semana.

 

Que Deus nos abençoe. Amém

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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