PREGAÇÃO

Igreja, cuide da fidelidade! (Série APOCALIPSE 8 de 75)

Ap 2.8-11      62 minutos      18/03/2018         

Mauro Clark


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v.8

Esmirna: linda, portuária, muito antiga, rica, com estádios, biblioteca, medicina avançada.

Extremamente idólatra. É a única das sete cidades que existe ainda hoje: Izmir, Turquia.

 

Policarpo: discípulo do próprio João, um dos principais pastores da igreja de Esmirna.

Seu martírio ficou famoso, em 159 dC, aos 90 anos.

Depois de várias tentativas para que blasfemasse contra Jesus, jogaram-no no fogo.

 

primeiro e último

Outra forma de dizer Alfa e Ômega (1.8).

Ideia de abrangência total. Antes dEle nada houve, depois nada haverá: isto é eternidade!

Sem Ele não há sentido falar em Criação: Cl 1.15-17

 

esteve morto:

Como um Ser divino, eterno, pode ter morrido?

Como, não sabemos. Mas o por que todos nós sabemos: para nos salvar!

Interessante a naturalidade com que Jesus se auto atribui divindade ao mesmo tempo em que mostra aparente fraqueza, dizendo que esteve morto.

Para um judeu, isso era um escândalo e para os gregos, loucura! (1Co 1.23).

E como para nós, crentes, é tão natural? Por causa da fé. É o poder da fé.

 

tornou a viver:

A morte não O segurou! Era impossível que Ele fosse retido por ela (At 2.24)

Era impossível que ao menos o Seu corpo se deteriorasse (At 13.35-37). 

A morte foi derrotada na ressurreição de Jesus: 1Co 15.54-57

Essas características de Jesus têm tudo a ver com o ânimo a uma igreja perseguida:

 

v.9

Jesus diz que conhece três coisas: Conheço...

1) ... a tua tribulação (perseguição),

2) ... a tua pobreza (certamente consequência de perseguição – Hb 10.34

mas tu és rico

Eram pobres de coisas materiais, mas ricos de coisas espirituais.

 

É bonito dizermos para não procurarmos riquezas materiais, que são fúteis, etc. e que o importante são os valores espirituais, eternos.

Mas nosso comportamento mostra essa convicção na prática?

Quanto vale para você Jesus dizer: “Você não tem muita coisa, mas para mim, tu és rico”.

 

3) ... e (conheço) a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são...

Blasfêmia: ou “calúnia”, contra os crentes, ou blasfêmia mesmo contra Cristo.

Judeus apenas na raça, que rejeitaram o próprio Messias.

Seja como for, deviam ser extremamente hostis e perseguidores dos crentes da igreja.

 

Importante:

Na carta a Éfeso, haviam os que a si mesmos se declaravam apóstolos e não eram.

Agora temos os que a si mesmos se declaravam judeus e não eram.

Nem sempre as pessoas são o que dizem ser (crentes ou não). Prudência!

 

... sendo, antes sinagoga de Satanás

sinagoga: lt.: ajuntamento. Ou uma sinagoga literal, ou grupo informal.

O importante é que eram liderados por Satanás.

 

v.10

Antes de revelar um futuro sombrio, a curto prazo, Jesus diz:

Não temas

Quantas vezes essa frase foi dita para tranquilizar o povo de Deus:

Abraão (Gn 15.1), Moises (Dt 3.2), Josué (Js 8.1), Elias (2Re 1.15), Isaias (Is 7.4)

 

No NT, o próprio Jesus também falou assim:

Discípulos (Mt 14.27), Pedro, João e Tiago (Mt 17.7), Maria Madalena e outras mulheres, quando O viram ressuscitados (Mt 28.10), Paulo, numa visão em Corinto (At 18.9), ao próprio João, que caiu como morto na visão de Ap 1.17.

 

Nesta simples frase “Não temas” podemos ver:

* A preocupação de Deus com o bem-estar de Seus filhos

* Assistência e companhia na hora difícil. Com Ele ao lado, não precisava temer.

* Afirmação implícita de que Ele é maior do que aqueles problemas.

 

Só que aqui há uma grande diferença. Nos exemplos vistos, não deviam temer porque nada de ruim iria acontecer, já que Deus ou Cristo estava com eles.

Mas agora Ele diz: não temas o que tens de sofrer

Bem diferente de “Não temas pois estou aqui e não permitirei que ninguém lhe faça mal”.

Não seria uma contradição? Daqui a pouco responderei.

 

tens de sofrer (lit.: estás para sofrer)

Era necessário que eles sofressem. Jesus não explica porque, mas era!

 

Quando sofremos, temos a tendência de pensar: “Por que Deus deixa? Se eu visse um filho com os dedos presos numa porta, eu correria para livrá-lo. Por que Deus não corre para livrar a minha alma, que está presa nessa angústia”?

Mas essas não é a comparação correta. Certo seria você se imaginar como um pai cujo filho precisa costurar um corte na cabeça e o menino grita e implora que o pai o tire dali, e o pai ainda ajuda a segurá-lo! É para o bem dele, mas não adianta explicar na hora.

Deus sabe o que é necessário para nós e então permite e faz o que é preciso.

O fato de não entendermos o motivo não altera a necessidade!

Quanto ao acidente da criança na porta, ah irmãos, quantas vezes o nosso Deus já impediu que sofrêssemos acidentes horríveis. E as que não sabemos?

 

o diabo

Ele não disse “as autoridades dominadas pelo diabo”, mas se refere ao próprio diabo.

O domínio do diabo sobre os homens é tão grande, que é como se agisse pessoalmente. Os homens, nesse sentido, são meros instrumentos nas mãos dele.

São cegos por ele (2Co 4.3-4), cativos dele (2Tm 2.24-26).

 

Prisão, provas, tribulação, morte: que futuro terrível!

Sê fiel ...

Ele só pede uma coisa: fidelidade! Como se dissesse: “Apenas não me negues!”

É impressionante o valor que Jesus dá ao testemunho do crente por Ele: Mt 10.32-33

 

... até à morte...

Com muita franqueza, Ele diz que a tribulação levaria alguns à morte por martírio.

Mas isso em nada alteraria a expectativa dEle de fidelidade de cada um, que deveria ser total, levada às últimas consequências.

 

O máximo que alguém pode dar por outro é a própria vida.

Pois, para alguns, Cristo diz “Eu quero que você chegue a esse máximo. Dê-me a sua vida, morra por mim!”

Pergunto: É pedir demais? Claro que não! Se alguém tem direito de pedir a sua vida, é exatamente Ele, que deu a dEle por você! E enquanto você era ainda pecador!

 

Mas depois de tantas predições sobre sofrimentos, finalmente vem promessa de recompensa infinitamente mais valiosa:

 

... e dar-te-ei a coroa da vida

Contraste: “até à MORTE” x “coroa da VIDA”! Vida eterna, claro.

Hora de responder à pergunta “Não é contradição Ele dizer “Não temas” e ao mesmo tempo permitir sofrimento?”

Não, não é. A razão para eles não temerem é que depois da perseguição viria algo de valor muitíssimo maior.

Os sofrimentos seriam necessários como uma PONTE para levá-los ao grande galardão.

O NT fala de várias coroas:

* Da vida: Ap 2.10: contraste com morte. Prêmio por fidelidade.

                Tg 1.12: prêmio após provações

* Incorruptível: 1Co 9.25: comparada com a coroa do atleta, ideia de vitória.

* Da justiça: 2Tm 4.8: dada pelo reto Juiz, por nossa justificação em Jesus

* Da glória: 1Pe 5.4: para pastores, homens que tomaram conta do rebanho

 

Graças a Deus por Suas inúmeras promessas.

Se mesmo com elas, às vezes fracassamos e nos desesperamos, imaginem sem elas!

São nessas promessas de vida eterna que os crentes se agarram no sofrimento.

Podemos imaginar os crentes de Esmirna sofrendo e se lembrando da carta de João!

 

v.11

Recado do Espírito para todo o que tem ouvidos, ouvir.

O vencedor: a vitória é simplesmente permanecer crente.

 

segunda morte

Ap 20.11-14: o perdido, depois de julgado, será jogado dentro do lado de fogo, onde passará toda a eternidade.

Os crentes não sofrerão a segunda morte.

Isso corrobora ainda mais o sentido de “Não temas os sofrimentos”, pois o futuro seria tão glorioso que as perseguições seriam esquecidas e teriam valido a pena.

Pois assim é a confortável posição de cada crente!

 

Quanto a você, amigo, não tem nenhuma promessa de vida eterna, coroa da vida, etc.

E ainda tem medo de doença, assalto, desemprego!

Isso não é nada comparado com a condenação que pesa sobre a sua cabeça.

Tema a Deus, reconheça-se pecador e peça que não lhe dê a punição que você merece.

Arrependa-se e vá Àquele que é o Alfa e o Ômega, que esteve morto e agora vive.

 

Que Deus nos abençoe. Amem

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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