PREGAÇÃO

Egito: luz e trevas (Série ÊXODO 27)

Ex 10.21-29      38 minutos      10/06/2018         

Mauro Clark


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v.21-22

9a. praga: trevas sobre toda a terra do Egito... apalpar

Conforme temos visto, Deus queria se revelar aos egípcios, representados por Faraó.

Mas o povo, com todo tipo de deuses, estava obstinado.

Castigado por 8 pragas, o país estava praticamente destruido, mas continuava resistindo.

E agora Deus manda a 9a. praga.

Onde havia egípcio, havia trevas, o país inteiro na escuridão.

Não havia uma brecha onde entrava luz para os egípcios.

 

Bom retrato do homem natural, sem Deus.

Doutrina da depravação total do homem diz que todo homem é espiritualmente perdido, totalmente inclinado ao mal.

Vive em trevas: símbolo do afastamento de Deus: Is 59.9-10; Lc 1.79; Jo 3.19

Não há uma BRECHA, não há um pedaço do homem que não esteja corrompido.

 

v.23

não viram uns aos outros

Mesmo perto uns dos outros, não se viam. Terrível sensação de solidão.

 

Um dos maiores males da atualidade é a solidão.

O fato de estarem juntas, não significa companhia.

Pessoas são sozinhas em seus anseios, angústias.

 

ninguém se levantou do seu lugar...

Não significa deitado na cama, mas preso em casa, talvez andando alguns passos com lamparina para ver alguns centímetros, mas logo voltavam ao seu lugar.

 

O homem que vive em trevas espiritual pensa que tem liberdade, mas é preso.

Preso aos vícios, à sensualidade, ambição, vaidade.

Pode até ter sucesso conforme os padrões do mundo, mas aos olhos de Deus é alguém que passou a vida apenas andando alguns passos, não gozou da plenitude de liberdade que a vida oferece.

Não sabe o que é estar liberto do pavor da morte.

Não sabe o que é estar liberto da sede de vingança, do ódio que lhe corrói o coração.

O homem que vive em trevas praticamente não sai do seu lugar, em termos espirituais.

 

... por três dias

Ou seja, pelo tempo que durou a praga. Se tivesse durado seis dias, teriam ficado daquele jeito durante seis dias.

Enquanto houvesse escuridão ao redor, eles sofreriam as consequências.

E o que fizeram para acabar com a praga? NADA!

Estava acima da capacidade deles. Foi Deus quem resolveu terminar.

 

O tempo em que alguém vive nas trevas não está limitado a um determinado período de crescimento ou desenvolvimento.

E nem a um tipo de cultura que venha a aprender um dia.

Ele já nasce em trevas e continúa em trevas o tempo todo, até morrer.

A não ser que algo ocorra. O QUE? Deus resolva terminar esse período e lhe mandar luz.

 

... os filhos de Israel todos tinham luz nas suas habitações

Contraste com os egípcios. Um em trevas, outro em luz.

Que tipo de tecnologia, ou de magia, Israel tinha para conseguir isso?

Não era questão de tecnologia nem de magia, mas de Deus ter determinado mandar luz para lá.

 

E que tipo de merecimento eles tinham para com Deus?

Também não era questão de merecimento. E era questão de que? Duas coisas:

 

1. Israel era o povo escolhido de Deus.
Aproximadamente 500 anos antes, Deus chamou Abraão e disse que faria dele um povo.
Então foi por pura misericórdia Deus os mandou luz.

 

2. Olhando pelo ponto de vista humano: o povo aguardava pela libertação de Deus, estava sofrido, reconhecia-se sem esperança, jogava em Deus toda a sua ânsia de liberdade. Em suma, o povo judeu esperava em Deus.

 

Comentamos que o homem não tem condições de sair das trevas em que nasceu.

A única condição é Deus mandar luz.

Antes que houvesse mundo, Ele escolheu alguns para serem dEle, alguns dos quais Ele tiraria das trevas.

E Ele o faz, não por merecimento ou capacidade, mas por PURA MISERICÓRDIA.

Assim ensina a doutrina da ELEIÇÃO.

 

Mas há o outro aspecto, o ponto de vista humano: esses se tornam receptivos a Deus em seus corações.

Deus não os força a receberem a luz.

Ao contrário, eles se alegram com a luz que Deus lhes manda, pois reconhecem que estão em trevas, são pecadores, têm ofendido a Deus e, portanto, precisam de luz para enxergarem e se relacionarem com Deus.

Esses desejam intensamente essa luz.

Todo crente sabe que esta luz é Cristo! Jo 8.12; 12.46; Is 9.1-2

O crente vive na luz de Cristo.

Isso significa:

* Fim da sensação de solidão: os crentes se identificam, comungam entre sí, uma  família.

* Adquire liberdade para viver intensamente a vida, dentro dos padrões de Deus: Gl 5.1

*  Já não tem medo da morte, não se amedronta com homens, com crises, anda mais desenvolto na vida.

 

Importante: Apesar de eleito, Israel não era um povo perfeito: tinha pecados e falhas.

Mas isso não evitou que recebessem luz. Deus estava com eles, aperfeiçoando-os, dirigindo-os e disciplinando-os.

 

Talvez alguns estranham: Os crentes tem LUZ mas conheço uns crentes esquisitos.

De fato, infelizmente ainda temos pecados, somos imperfeitos (por enquanto).

Mas isso não impede de sermos chamados filhos de Deus, eleitos e que podemos viver em plena luz de Cristo.

 

Interessante: Israel era uma exceção em toda a terra do Egito, que estava em trevas.

Ao redor de Israel, escuridão total.

Fico imaginando um menino israelita chegando perto da casa dos egípcios, no limite, onde terminava a luz e começavam as densas trevas.

Será difícil imaginar se ele ia para lá ou apavorado iria correndo de volta para casa?

 

O crente é exceção no mundo: O mundo inteiro jaz no maligno - 1Jo 5.19

Vivemos cercados de trevas.

Pena que muitas vezes agimos pior do que o menino: queremos entrar nas trevas e ver o que tem lá dentro!

Deixamos nosso mundo de luz e nos complicamos na escuridão deles!

 

Deixemos de ser tolos e vivamos o mais possível na luz de Cristo, pecando o mínimo possível, sendo o mais puro possível.

Até o dia em que estaremos totalmente na luz de Cristo, que nunca se apagará.

 

Voltando:

v.24-27

Faraó deixa ir, mas com reservas: o gado ficaria.

Moisés insiste nos animais para o sacrifício. Negociação duríssima!

Deus novamente endureceu o coração de Faraó.

 

v.28-29

Faraó, irritado, expulsa Moisés e lhe proibe de vê-lo novamente, ameaçando-o de morte.

Moisés devolve na mesma moeda: confirma que não se veriam mais.

Importante: o diálogo não terminou aqui, apenas no v. 8 do próximo capítulo, como veremos na próxima pregação.

 

O fato é que Faraó podia expulsar Moisés, matá-lo, mas não podia expulsar Deus da sua própria vida.

Os descrentes cortam conversa conosco, mas não a ação do Espírito Santo em seus corações.

Até o crente, quando fraco, deixa de vir à Igreja para evitar os irmãos, mas não evita Deus falando à sua consciência.

Não adianta alguém querer fugir de Deus ou evitar que Deus chegue até Ele, caso queira.

 

Que Deus nos abençoe. Amém

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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