PREGAÇÃO

O segundo mandamento: Proibido veneração de estátua (Séries ÊXODO 51 e OS DEZ MANDAMENTOS 2 de 16)

Ex 20.4-6      43 minutos      21/07/2019         

Mauro Clark


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 v.4-5a

Não farás para ti imagem de escultura... não as adorarás, nem lhes dará culto

Este mandamento é consequência do primeiro.

Ali se trata de adoração íntima, invisível. Aqui, de adoração exterior, visível.

Quem obedece ao 1o. mandamento, obedece a este.

E quem desobedece, provavelmente desobedecerá a este (pecado não vem só).

 

Na realidade, aqui há 3 ordens com reação a imagens:

1) Não fazer

2) Não adorá-las

adorar: hebr.: lit. inclinar-se.

(V.Corr. é mais literal e melhor: não te encurvarás a elas.

NVI também: não te prostrarás diante deles (“deuses” do v.3)

 

3) Não dar culto a elas (V.Corr. novamente mais literal: não as servirás)

dar culto: hebr.: lit. servir (ou a outro, como subordinado, ou a Deus).

 

O paganismo era diretamente associado com a confecção e adoração de todo tipo de imagens, inclusive algumas altamente imorais.

Só que Deus não proibe apenas esse tipo de imagem imoral, mas de todo e qualquer tipo.

Inclusive, até mesmo uma imagem que fosse para lembrar Ele próprio!

O motivo é simples: se Deus é invisível, como poderia ser retratado?

Quando desceu no Monte Sinai, ninguém o viu: Dt 4.15-18

 

Quanto a imagens de animais e coisas, é implícito que a proibição era para fins de adoração.

Tudo indica que não era proibido desenhar ou pintar ou esculpir alguma coisa criada, como o propósito de admirar, decorar, dar vazão a dotes artísticos.

Alguns judeus entenderam como sendo proibido, mas deve ter sido exagero.

O próprio Deus mandou fazer os querubins em cima da arca (Ex 25.18).

Moisés fez a serpente de bronze (Nm 21.9)

No templo, Salomão fez desenhos de querubins, leões e palmeiras - 1Re 7.36.

 

Mas infelizmente, o fato é que Israel caiu abertamente no pecado de adorar ídolos.

Logo depois de receber essas ordens, fez o tristemente famoso bezerro de ouro.

O povo passou por fases piores e melhores, quanto a esse costume pecaminoso.

Alguns reis levaram à idolatria grosseira.

 

Isaias debochou da fabricação de imagens: Is 44.9-20

 

NT

Como já comentei antes, não vemos referência aos judeus adorando imagens após o exilio babilônico. Parece que não praticavam mais esse tipo de idolatria.

Mesmo assim, o NT nos alerta contra os ídolos, certamente incluido idéia de imagens para fins de algum tipo de adoração.

 

Antes de continuar, duas perguntas:

1) E os católicos que dizem apenas VENERAR os santos representados por imagens?

Independemente do termo, geralmente há atitude de convicção, de respeito, que indica um exercício de fé, caracterizando adoração íntima ao ídolo (ou santo) representado pela imagem.
Quanto aos que dizem que veneram o santo, não a imagem, experimente mexer numa imagem colocada num altar no canto do quarto!
O fato é que qualquer explicação não escapa da proibição de até se inclinar diante de uma imagem.

 

2) E imagens de Cristo, tipo desenho, pintura, escultura, etc?

Quando utilizada em termos didáticos, a título de mera ilustração, não vejo problema, pois não há menor intenção de adorar ou venerar.

Mesmo assim, respeito quem não concorda.

 

Agora, ter na parede de algum ambiente, em lugar de destaque, acho desaconselhável:

I) Tendência de respeitar aquele desenho, entrando no limite de temer, reverenciar, etc.

II) Mesmo que seja apenas para se lembrar de Cristo, a imagem tradicional NÃO é o retrato de dEle. Ninguém sabe como era.
Quem usaria o retrato de uma pessoa para se lembrar de outra?

 

Na próxima pregação veremos o motivo pelo qual Deus deu o 2o. mandamento.

 

Que Deus nos abençoe. Amém

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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