Na 1ª palestra, vimos a resposabilidade dos pais perante Deus.
Na 2ª, o método divino de educação: amor e disciplina.
Estivemos portanto falando no relacionamento direto pais-filhos.
Agora abordaremos um fator importantíssimo na questão da educação, mas que não se refere ao relacionamento direto entre pai e filho.
Refiro-me ao relacionamento do casal entre si.
Ler Ef 5.22-33
É fundamental a criança ver esses dois pilares no relacionamento entre os pais: amor do pai pela mãe e submissão da mãe ao pai, como cabeça da família.
Em vez de dissecar o texto, quero focar em algumas características que todo casal deve buscar para seu lar, lembrando que quanto mais o casal segue o princípio de Ef 5, mais naturalmente essas características irão surgir.
* Harmonia - Am 3.3
É ótimo quando o filho tem os pais com os mesmos ideias religiosos, morais, éticos e alvos materiais.
Se a religião for diferente, que procurem respeitar a do outro.
É um mau costume discutir na frente das crianças assuntos básicos (mesmo discussão em termos educados).
Um dueto desafinado é desagradável de ouvir. Assim ocorre com pais em desarmonia.
* Respeito e cordialidade: 1Pe 3.7; Cl 3.19
Maneira educada e atenciosa de se dirigirem entre si (sem gritos, ironia, etc.) - tanto a sós quanto na frente dos filhos.
Em público é mil vezes mais grave.
* Amizade: Pv 18.24
Num casamento, pouco adianta respeito formal, sem amizade.
Ex.: Filmes com mesa enorme, um em cada ponta.
É importante os filhos verem os pais conversando descontraidos, rindo.
Quatro tristes consequências no filho que não vê AMOR entre os pais:
1) Insegurança
Os pais representam tudo para a criança, em termos de sustento, conforto, saúde, em suma, a própria subsistência.
Ora se pai e mãe estão em conflito, a segurança dela está ameaçada.
Imagine-se num avião com piloto brigando com o co-piloto.
2) Tendência de jogar pai contra mãe e vice-versa.
Criança é muito esperta: tira proveito do que puder para o próprio benefício.
Se ele notar rachadura no relacionamento entre os pais, vai entrar por aí.
Dois perigos:
a) Falar mal de um para ganhar simpatia do outro
b) Pedir para um, certas coisas que o outro não aprova
O filho sabe que dará briga entre pai e mãe, mas, e daí? Não vivem brigando mesmo?
3) Falta de respeito aos pais
* Se meu pai não respeita minha mãe, porque eu vou respeitar?
* Se mamãe grita com o papai, eu vou gritar também.
4) Abalo na imagem dos pais
* Se papai disse que mamãe é burra, só pode ser, pois quem a conhece mais do que ele?
* Se mamãe vive dizendo que papai é um irresponsável, só pode ser.
Esses dois últimos fatores serão grande OBSTÁCULO para os pais na aplicação do método divino de educação, que é baseado na AUTORIDADE PATERNA.
O filho que tende a não ter respeito ao pai e que tem má imagem dele, terá grande dificuldade em reconhecer a autoridade desse pai.
Dez sugestões práticas:
1. Nunca tire ordem ou determinação que o outro deu.
Se um deu uma ordem não razoável, o outro deve tentar convencê-lo a desfazer
2. Nunca tire do castigo que o outro colocou
3. Pai: exija respeito à mãe
4. Resolvam uma mesma linha na educação, mesmo que seja difícil chegar a um acordo e que cada um tenha que abrir concessões.
5. Idem para instrução religiosa
6. Quando ofender a mulher na frente dos filhos e depois se arrepender, peça perdão na frente deles. Se pedir em particular, informe aos filhos que o fez
7. Perdoe o outro sempre que for solicitado.
8. Digam na frente dos filhos que vocês se amam
9. Marido: se mulher não trabalha, cuidado para não dar a entender aos filhos que você vê alguma inferioridade nisto.
10.Marido crente: sem arrogância, deixe claro que você é o cabeça do casal e da família.
11.Mulher crente: deixe claro que você é submissa a seu marido e tem prazer nisso.
Que Deus nos abençoe. Amém.