PREGAÇÃO

Moisés: grande zelo e humildade (Série ÊXODO 75)

Ex 32.7-14      39 minutos      20/12/2020         

Mauro Clark


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v.7-8

Com Moisés ainda no monte, Deus reage profundamente irado com a idolatria do povo, acusando o povo de se corromper.

corromper: hebr: deteriorar, arruinar.

A mágoa é tão grande que Deus nem quer mais chamar Israel de povo dEle, como se estviesse deserdandao-o. E diz que o povo é de Moisés.

E nem tem mais prazer em dizer que Ele tirou o povo do Egito, mas Moisés. 

Cinco acusações das consequencias de haver se corrompido:

1. Se desviou

2. Fez para si um bezerro fundido

3. Adorou o bezerro

4. Sacrificou ao bezerro

5. Creditaram ao bezerro (e outros deuses) a saída do Egito 

Nada no mundo magoa mais a Deus do que a idolatria.

Não apenas a idolatria aberta e descarada, como estavam fazendo, mas qualquer atitude que mostre mais consideração a qualquer outra coisa do que a Deus.

Nunca deixe Deus em segundo plano! 

Você tem dado motivos a Deus para que Ele não tenha gosto de lhe chamar de filho?

Ou para que Cristo não tenha prazer de dizer que lhe salvou da condenação, morrendo por você?

 v

.9-10

A ira de Deus assume proporções gravíssimas: a própria existência do povo corre perigo.

Deus manda que Moisés o deixe para que possa agir contra o povo, eliminando-o.

E mais: Deus propõe fazer um povo de Moisés. 

Pergunta curiosa: Era possível Deus ter feito isso?
A rigor, Deus não estaria mudando o pacto com Abraão, pois Moisés era descendente dele, mas a profecia messiânica de Jacó sobre Judá (Gn 49.8-12) perderia o sentido.
Ou seja, parece ser daquele tipo de situação real mas não possível.

Dois exemplos:

* A tentação de Jesus foi real, mas Ele não podia pecar.

* O convite para conversão é bona fide, de boa fé: tão real e sincero que o pecador é responsabilizado se não aceitar, mas é impossível aceitar se não for um eleito.

Como explicar isso, de modo a satisfazer a nossa noção de lógica, justiça, de razoabilidade?

A explicação é tão fina, complexa, tão santa, tão perfeita, que está fora do nosso alcance e jamais satisfaria nossa pobre e defeituosa noção de lógica, justiça, de razoabilidade.

E quanto a Moisés? Já pensou na honra de ser convidado para ser origem de um povo?

Que proposta atraente! Moisés deve ter se sentido altamente tentado a aceitar. Será?

 

v.11-13

Começa praticamente corrigindo o que Deus dissera acima, lembrando que o povo era dEle, Deus, não de Moisés. E que Ele, Deus, é quem tirara o povo do Egito.

Não aceita a proposta de Deus e dá três motivos:

1. Deus escolhera aquele povo para ser o povo dEle.

2. Os egípcios iriam falar mal de Deus, dizendo que tirou os judeus do Egito já com intento de matá-los no deserto.

3. Lembrou a aliança que Deus fizera com Abraão, Isaque e Jacó.
Será que tudo voltaria à estaca zero?

 

O que vemos aqui é difícil de acreditar: Moisés corrige a Deus, recusa um convite de Deus, e ainda termina dizendo a Deus como fazer, quase uma repreensão, para que se afastasse daquele ira e se arrependesse!

É muita ousadia. Deus irá tolerar isso?

v.14

A narrativa continua a nos surpreender!

Deus se arrependeu: antropoformismo (aplicação a Deus de algo humano).

Obviamente não no sentido de que fez ou faria algo errado, pecaminoso.

Mas, aqui, de considerar a maneira como Moisés agiu e continuar no projeto original. 

Acho que o segredo dessa reação favorável de Deus à intensa ousadia de Moisés, é que os três motivos da recusa da altíssima honra e até o conselho para Deus mudar de atitude e se arrepender, tudo isso visava os interesses de Deus, não os do próprio Moisés.

Moisés pensou em Deus, antes de pensar nele mesmo! 

Lição de ouro: em todas as suas palavras, atitudes, pense em Deus, nos interesses dEle, no reino dEle.

Deixe você próprio em segundo lugar, por mais atraentes que sejam as opções.

A rigor, ao fazer isso, você estará automaticamente fazendo o melhor para si mesmo, pois agradará a Deus e Ele lhe recompensará como quiser.

 

Além de não egoísta, Moisés age como verdadeiro intercessor, mediador, sacerdote.

Ser líder daquele povo era tarefa duríssima para Moisés.

Seria muito fácil e cômodo começar tudo do zero, sem falar na honra.

Mas ele preferiu orar, interceder, por amor ao povo.

Tipo de Cristo: teria sido mais fácil escapar da cruz, mas resolveu seguir por um caminho duríssimo, sofridíssimo, por amor a nós.

Você, crente, é um sacerdote de Cristo. Sua função é de interceder, especialmente pelos irmãos, mas também pelos perdidos.

Lutemos com Deus em oração por crentes e por descrentes.

 

Que Deus nos abençoe. Amém  

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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