Esta é a 2a. pregação sobre a Transfiguração de Cristo.
Tudo indica que fora de Israel, ao norte (Síria, talvez no monte Hermon).
Durante 3º ano do ministério, seis a dez meses antes da crucificação em Jerusalém.
Deus quis exaltar Seu Filho, o o fez de três maneiras. Já vimos as 2 primeiras:
1. FÍSICA (Seu corpo ficou resplandecente, de modo indescritivelmente belo).
2. CONFIRMAÇÃO SIMBÓLICA DE QUE ELE É O CUMPRIMENTO DO AT
Hoje:
3. CONFIRMAÇÃO EXPLÍCITA (VOZ) DE QUE DEUS PAI ESTAVA COM ELE
v.34-35 (ler Mt 17.5-6)
Já devia ser impressionante a visão de Jesus com o rosto e roupas brilhantes, totalmente diferente do que estavam acostumados a ver.
Agora vem um nuvem luminosa e os envolve.
Ficaram apavorados quando se viram envoltos pela nuvem. E logo depois ouvem uma voz do céu: este é o meu filho, o meu eleito; a ele ouví.
Mt: Este é o meu filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi.
Evidente que eles entenderam que tratava-se do próprio Deus falando. Pedro disse isso claramete no texto que lemos, inclusive referindo-se a Deus Pai.
Deve ter sido de extrema importância essa CONFIRMAÇÃO DIVINA sobre Jesus, que se somou à visão dEle transfigurado.
Cinco coisas o Pai diz:
1. Este é o meu Filho (Lc; Mt 17.5; Mc 9.7)
Dezenas, centenas de vezes Jesus falou “meu Pai”.
Duas vezes o Pai falou alto “meu Filho”. Aqui e no batismo.
Um dando testemunho do outro.
Relacionamento perfeito, harmonia total.
2. Eleito (NVI: Escolhido) (Lc)
Escolhido em sentido pleno e absoluto.
Diferente de Moisés e Elias: servos com uma tarefa específica.
Cumprimento de Is 42.1, sobre o Servo do Senhor
Jesus era o Profeta de que Moisés falara: Dt 18.15
3. Amado (Mt 17.5; Mc 9.7)
Amor entre as duas Pessoas divinas
Forma mais pura de amor que podemos imaginar
4. Em quem me comprazo (Mt 17.5)
O Filho é o prazer do Pai
Pergunta:
A todos: Você é o prazer do seu pai físico?
Aos crentes: Você é o prazer do seu Pai celeste?
5. A Ele ouvi (Lc, Mt e Mc)
Como se o Pai dissesse:
Se Ele é o meu Filho Eleito, amado e fruto do meu prazer, quero que todos O obedeçam!
Esta parte o Pai não falou no batismo.
Agora, no final do ministério dEle, quis enfatizar esse aspecto.
Na pregação passada, falei que não há sentido falar em Jesus à parte da Bíblia.
Do mesmo modo, não há sentido falar em Deus à parte de Cristo.
Muitos dizem crer em Deus mas não em Jesus como Deus, apenas como um grande homem.
Quem diz isso não está “ouvindo Jesus” como o Pai mandou.
O próprio Jesus disse Eu e o Pai somos um. Ora, se um é Deus, o Outro também é!
Com essa ordem de Deus, fica mais fácil entender quando Jesus diz: Ninguém vem ao Pai senão por mim! - Jo 14.6
Alguns acham que além de confirmação, foi reação por Pedro ter IGUALADO Jesus com Moisés e Elias, ao sugerir fazer um tenda para cada um.
Jesus era muito acima deles. Aliás, os dois SUMIRAM e só ficou Jesus.
No futuro, em momentos de fraqueza e perseguição em que a confiança na Pessoa de Jesus começava a se enfraquecer, os três devem ter se lembrado da confirmação de Deus quanto ao Filho e da necessidade deles OBEDECEREM a tudo o que Jesus havia dito. E se sentiam revigorados.
v.36 (Mt 17.6-9)
Moisés e Elias desapareceram.
Jesus aproxima-se deles, de costas, caídos, com muito medo.
E com doçura os convida a se levantarem e não temerem.
Por recomendação do próprio Jesus, os três não contaram a ninguém o que ocorrera. Estavam liberados para isso apenas quando Jesus ressuscitasse.
Observações finais:
1. Por que uma plateia tão pequena, em vez de enorme? “Afinal, muitos creriam!”
Ilusão. Creriam apenas os mesmos que creram quando ouviram dos apóstolos depois.
Talvez Jesus não quisesse burburinho, mas algo bem especial para os três.
2. A iniciativa de toda aquela experiência foi de Deus Pai.
Lembre-se que Jesus subiu para orar, quando tudo aconteceu.
O Pai fez questão de revelar o Seu Filho aos três apóstolos.
Bom exemplo do relacionamento de Deus conosco: Ele nos exalta quando e como quer. O importante é que estejamos afinados com Ele e Lhe agrade, como Cristo sempre esteve e sempre O agradou.
3. Temos a tendência de achar que o normal de Jesus era como estava aqui na terra e algo extraordinário aconteceu quando Ele se transfigurou.
Mas é exatamente o contrário: o NORMAL dEle é no estado de glória.
Extraordinário mesmo foi Ele, que é o próprio Deus, assumir forma humana, sem gloriosa aparência e nem formosura. Esse foi o grande milagre!
Dizendo de outra maneira: ao transfigurar o Filho, o Pai tirou rapidamente o manto de humildade e servitude que cobria Cristo, permitindo que os três apóstolos vissem um flash de como Ele realmente é.
Quando se lembrar de Cristo, procure imaginá-Lo glorioso, não apenas como esteve em Israel há 2000 anos.
4. Há fases na vida em que estamos meio deprimidos, sonolentos.
E através do Espírito Santo, Deus nos revela Seu Filho de maneira especial.
São momentos raríssimos, infinitamente valiosos, em que sentimos o Senhor Jesus Cristo bem perto de nós, quase como se O estivéssemos vendo.
E mais do que nunca, O vemos como Filho amado do Pai, Eleito, Ungido, Cristo.
O prazer de Deus. O nosso Salvador.
Mais do que nunca entendemos que, sem Ele, a Bíblia não tem nenhum valor.
Mais do que nunca temos o prazer de fazer exatamente o que o Pai deseja: ouvir o Filho dEle, cair aos Seus pés.
Mais do que nunca temos o desejo de adorá-Lo!
Nesses momentos, não temos nada a fazer, nem a dizer.
Apenas ver e ouvir (com olhos e ouvidos da alma) e APRENDER, ABSORVER, BEBER dessa água que jorra dentro de nós, desse gozo que nos enche o coração!
E quando o momento SUBLIME passar e você voltar à sua vidinha difícil, mesmo com Cristo ao lado, lembre-se: no FUTURO essa SUBLIMIDADE nunca passará!
Que Deus nos abençoe. Amém