Jesus cura um homem cego de nascença. No capítulo anterior, Ele havia se declarado “a Luz do Mundo” (8.12).
Veremos toda a história de maneira panorâmica, dividindo em 4 partes.
1ª. parte: v.1-7: O MILAGRE
v.2-3: A cegueira não foi causada por pecado específico. (Embora todos os sofrimentos de determinada pessoa possam ser explicados pela natureza pecadora dela).
Deus tinha um propósito bem definido para aquela cegueira em particular.
Cuidado para não tirar conclusões apressadas sobre o problema de alguém (ou seu).
v.4: Referência à Sua morte próxima.
v.5: a luz que daria aos olhos do cego mostraria que Ele era a luz espiritual do mundo.
v.6-7: O cego foi SUBMISSO à ordem de Cristo. Sem isso, não teria sido curado.
Sem submissão a Cristo, não há salvação, não há luz, só trevas.
2ª. parte: v.8-12: O TESTEMUNHO INICIAL ENTRE CONHECIDOS
v.11: ... o homem chamado Jesus: até aqui, pensava em Jesus apenas como homem.
Falou de maneira fria, sem implicações espirituais.
Daqui em diante ele foi forçado a meditar e tomar uma posição sobre Jesus.
3ª. parte: v.13-34: COM OS FARISEUS
Como viram que algo extraordinário havia sido feito, levaram-no aos fariseus.
Os fariseus fizeram nada menos que 3 interrogatórios:
I) v.13-17: Com o próprio ex-cego. Diálogo curto, mas forte, causou divisão entre eles.
No v. 17, ele O chama de profeta.
Veja a sequência na forma como ele fala de Jesus: homem, profeta...
II) v.18-23: Com os pais dele.
Os pais agiram com medo e recusa em se envolver com Jesus.
Para negar Jesus, não precisa criticá-Lo, desrespeitá-Lo, basta não querer se envolver.
III) v.24-34: Novamente o ex-cego. Discussões ásperas.
v.24: Dá glória a Deus = “Confesse essa trama”. Queriam que o homem dissesse que Jesus era pecador, ou seja, por trás do pretenso milagre, havia algo falso, combinado.
v.25: O homem não entra no mérito de quem Jesus era, mas do que havia feito!
Nenhum argumento anularia o valor da experiência!
E o feito havia sido tão poderoso, tão sublime, que dificilmente viria de um charlatão!
Não se angustie por não saber cada explicação teológica da sua salvação.
O importante é você SABER que é salvo.
E se lhe apertarem com mil perguntas, não se acanhe: "Amigo, eu sei uma coisa: eu era perdido, agora sou salvo".
v.26-27: Desesperados, eles insistem em saber como tudo aconteceu.
O homem perde a paciência. Quase atrevido, ironiza que eles queriam seguir Jesus.
v.28-29: Irritadíssimos, os fariseus se consideram ofendidos e devolvem a “ofensa”, dizendo que o ex-cego é que era discípulo de Cristo.
Quanto a eles, fariseus, eram discípulos de Moisés, este sim, era merecedor de ser seguido, pois Deus havia falado com Ele.
Mas esse Jesus, era um mero desconhecido.
Colocação errada, Jesus já era conhecido. Eles é que não queriam averiguar.
Se quisessem mesmo, concluiriam que Jesus era muito maior que Moisés.
Qualquer um que considere Jesus igual ou menor que alguém, não entendeu Jesus.
v.30: Ironia do homem aos fariseus: ... é de estranhar...
Ainda hoje é de estranhar que “autoridades religiosas cristãs” conheçam tão pouco o próprio Cristo.
v.31: Verdadeira aula de teologia: temer a Deus e praticar a vontade dEle é tudo!
v.32-33:... se este homem não fosse de Deus:
Consciente da magnitude do milagre, cada vez mais avança no entendimento de quem é Cristo: “homem”, “profeta”, “homem de Deus”.
v.34: Primeiro, o humilham por ter nascido cego (atribuindo a cegueira de nascença a uma situação de pecado generalizada (como disse um autor, esqueceram de Jó!).
Depois o expulsam da sinagoga. Era o rompimento com o sistema religioso em vigor.
Agora o homem estava preparado para o 2º. ENCONTRO com Jesus (quarta parte).
O orgulho dos fariseus não permitia que abrissem um milímetro o coração para Jesus, mesmo com tremenda demonstração de poder bem à frente deles.
Não seja orgulhoso, fechando o coração para aprender coisas certas sobre Cristo.
4ª. parte: v. 35-41: REENCONTRO COM JESUS
v.35: Filho do homem: título messiânico, do qual o homem já devia ter ouvido falar.
v.36-38: Ele estava preparado para exercer a fé e permitiu que Jesus indicasse quem era.
Quando Jesus se revela, o homem crê nEle e O adorou.
Finalmente o homem chegou onde Jesus queria e era necessário para a salvação dele.
Reconhecer Jesus apenas como homem, profeta ou homem de Deus era INSUFICIENTE.
Muitos crêem em Jesus como profeta, bom homem, etc.
Mas enquanto não crêem nEle e O adoram como o Filho de Deus, sendo Ele próprio Deus, Cristo não se satisfaz.
Tomar o instinto de adorar ao Deus Criador e direcionar a objetos ou outros seres humanos, é desagradar profundamente a esse Criador.
A verdadeira adoração a Deus somente é obtida através de Cristo, do reconhecimento dEle como Deus que tornou-se homem, e morreu para dar vida aos pecadores.
Amigo, pergunte com sinceridade em seu coração: "Quem é esse Salvador, para que eu creia nEle e O adore?"
Quanto a você, irmão em Cristo, mostre o Salvador às pessoas.
Seja mais ativo no sentido de indicar Cristo aos pecadores.
Nos v.39-41 Jesus faz uma importantíssima aplicação espiritual do milagre, aproveitando para falar da cegueira espiritual dos homens. Veremos na próxima mensagem.
Que Deus nos abençoe. Amém