Ex 23.20-33 30/08/2020 45 minutos
Mauro Clark
Logo após ouvir os 10 mandamentos do próprio Deus, o povo temeu e se afastou, pedindo para Moisés representá-los perante Deus.
E Moisés subiu o monte Sinai, pela quarta vez desde que chegaram.
De Ex 20.22-23.19 Deus instrui Moisés sobre várias leis (chamado Livro da Aliança).
v.20-23
Ao terminar, Deus promete enviar um Anjo. Talvez aqui seja Deus Pai falando.
Três coisas sobre o Anjo:
1. Características pessoais:
* Não perdoará a transgressão: extremente sensível ao pecado e, portanto, exigente.
(observe o poder de perdoar ou não pecados)
* Nele está o meu nome - nome: essência, divindade.
Como se dissesse: “Nele, Eu estou”. Lembra Jo 10.37-38
Tudo indica que era o Anjo do Senhor, divino, que tinha aparecido para Moisés no meio da sarça ardente: Cristo pré-encarnado (que inclusive perdoou pecados quando na terra).
2. Tarefa do Anjo
* Guardar o povo pelo caminho, ou seja, não apenas mostrar o caminho, mas proteger.
* Preceder o povo, levando-o até a Terra Prometida
O Senhor Jesus Cristo...
* Não apenas nos orienta, mas nos acompanha e protege no caminho até o céu: Mt 28.20
* Nos precedeu para o céu, para onde nos levará: Jo 14.2-3
3. Como Moisés deveria se comportar perante o Anjo
*Guardar-se diante dEle. Lit. “tem cuidado, fica muito atento”. Idéia de temor.
*Ouvir a voz dEle: obediência irrestrita
* Não se rebelar contra Ele. Duas ideias:
Conformação com a vontade dEle (não murmurar)
Tomar sempre o partido dEle
* Devemos nos guardar diante de Cristo, ter cuidado: em suma temê-Lo
* Devemos ouvir Cristo: Mt 17.5 (transfiguração). Obediência é o grande segredo.
* Ficar do lado dEle. Afinal, quem com Ele não ajunta, espalha: Mt 12.30
Do v.24-31, Deus repete algumas ordens e dá outras novas, ao mesmo tempo em que faz promessas espetaculares condicionadas com a obediência.
Dividirei em três partes:
1ª. O que eles NÃO deveria fazer
v.24, 32-33
* Não adorar e nem cultuar os deuses deles
* Não imitar o procedimento deles
* Além de não cultuar os deuses deles, não deviam fazer nenhuma aliança com eles, pois isso seria uma cilada.
Crucial: esse tipo de proceder seria provisório, enquanto não houvesse sido alcançado o grande objetivo final: expulsão total daqueles povos da terra prometida.
Veja que Deus não se contentaria com que eles apenas deixassem de adorar aos deuses dos povos da Palestina. Ao longo do tempo, eles teriam de destruí-los!
2ª. O que eles deveriam fazer
v.25a: Servireis ao Senhor, vosso Deus (NVT: Prestem culto...)
É só, em todo o texto! O conceito é desconcertante, de tão simples: “Apenas me sirvam!”
3ª. O que Deus prometia, caso o povo obedecesse
25b-30
* Comida e bebida garantidos
* Não haveria doença
* Mulheres férteis, ou seja, reprodução abundante
* Vida long
* Amedrontaria e venceria os inimigos por eles, de maneira sobrenatural.
Interessante: Deus não expulsaria os inimigos de uma só vez, mas aos poucos, para que o povo se multiplicasse e enchesse a terra, até os limites indicados.
Pergunta: essas promessas valem para nós, hoje? Literalmente, não.
O relacionamento de Deus com Israel enfatizava muito o aspecto terreno (embora incluisse o espiritual).
Hoje é o contrário: o relacionamento de Deus enfatiza o espiritual, embora inclua o terreno.
Então o texto é apenas para nossa curiosidade histórica e aprendizado teológico?
Não! As aplicações são extremamente úteis. Quero fazer duas:
1. Eliminação do pecado
Vivemos em meio hostil, com tentações por todo lado.
Somos altamente solicitados a fazer alianças.
Não com deuses pagãos, mas com o mundo, com a carne, com o pecado.
Por isso é tão importante eliminarmos o pecado o mais completamente que pudermos.
Pecado por perto é cilada.
O segredo é servir a Deus, pensar em Deus, se concentrar em Deus, adorar a Deus.
Com isso, Deus estará sempre bem pertinho de nós.
E com Deus por perto, é bênção pura, proteção, saúde espiritual.
Esse é um tipo de proteção muito mais valioso, nobre, do que no tempo do AT.
2. Escolha de amizades e associações
Se formos obedientes, escolheremos amigos a quem Deus também chamará de amigos.
Se não, escolheremos inimigos a quem Deus também chamará de inimigos.
Cuidado com Tg 4.4: nesse caso você próprio termina como inimigo de Deus!
Que Deus nos abençoe. Amém