PREGAÇÃO

Consequência de participação errada na Ceia (Série CEIA 12)

1Co 11.27-32      42 minutos      07/08/2022         

Mauro Clark


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 Na pregação atrasada vimos o que, em essência, é a verdadeira Ceia do Senhor.

Na passada vimos as condições para se participar corretamente da Ceia do Senhor.

Hoje veremos a consequência de não agir assim, mostrada de diversos ângulos.

 

Pessoas tendem a fazer duas ideias erradas e opostas de Deus: um velho durão, de barba grande, carrancudo, briguento, sempre exigindo.

Ou, no outro extremo, um velhinho bonzinho, também de barba, mas tipo Papai Noel, rindo sempre, aprovando tudo.

Noções de velho e barba à parte, o fato é que Deus é um Deus bom, cheio de misericórdia e amor, mas, ao mesmo tempo, um Deus santo e puro, que exige respeito, que tem repulsa ao mal e que castiga quem lhe desobedece.

A Bíblia é recheada de passagens que mesclam promessas maravilhas e ameaças terríveis, das quais a pior é o sofrimento eterno.

Mesmo para os crentes, existem ameaças divinas - não mais de condenação – mas de:

* Disciplina através da igreja

* Disciplina direta: sofrimento e até de  morte.

* De perdas de galardão (aliás, é pena que não damos muito valor a esse assunto, uma vez que não sabemos exatamente do que se trata. Mas lá no céu veremos o que deixamos de ganhar!)

Pois bem, a Ceia é um assunto tão importante que o Espírito Santo julgou necessário, através de Paulo, ameaçar os crentes que participassem dela indignamente.

 

v.27

Já comentamos sobre “comer o pão e beber o cálice do Senhor indignamente”: participar da Ceia de maneira leviana, ou irresponsável, sem a conscientização do ministério de Cristo, que entregou o Seu corpo para sofrer agressões terríveis, permitindo o Seu precioso sangue escorrer do alto daquela cruz.

Pois quem comer o pão e beber o cálice indignamente será “réu do corpo e do sangue do Senhor”.

Réu: orig.: culpado.

 

Mas será réu perante que juiz? O próprio apóstolo Paulo, ou o pastor da igreja? Ou perante a própria igreja?

Veremos a seguir.

 

v. 29

come e bebe juízo para si: outra maneira de dizer a mesma verdade: fica exposto a julgamento.

Continua a pergunta: Julgamento perante quem?

E ainda outra: Que tipo de julgamento: repreensão pastoral? Disciplina da igreja, saida do rol de membros?

 

v.30-32

Aqui ambas as perguntas respondidas:

O julgamento é perante Deus (v.32): Ele é pessoalmente o juiz dessa causa.

Aliás, não poderia deixar de ser, pois a participação indigna da Ceia na maioria das vezes ocorre através de atitude interna.

Uma atitude externamente reverente pode esconder grande indignidade dentro.

Quem sabe o que passa no coração do irmão?

Ou Deus chamaria para Si esse julgamento ou ninguém mais poderia fazer.

E quanto ao tipo de julgamento?

Interferência na saúde (v.30). Parcial (doença física, mental ou espiritual) ou total (morte).

Aqui não é apenas ameaça para assustar: é tão real, que muitos já estavam doentes e outros (“não poucos”) já haviam morrido!

 

Estaria aqui a explicação para doenças e até mortes de crentes? Sem dúvida!

Mas não temos meios de poder afirmar.

 

Tudo isso pode parecer muito radical, mas observemos 2 coisas:

1) A seriedade do assunto.

Não se brinca com nada que envolva o Senhor Jesus Cristo, especialmente o Seu sangue sem defeito. Hb 10. 26-29; 6.6

2) A disciplina de Deus ao nos tirar saúde ou a própria vida é pequena, comparada com a  condenação que vem para os do mundo, sem Cristo (v.32).

Sabemos que a condenação deles será morte eterna no lago de fogo.

 

"Ah, se é assim, nunca mais vou participar da Ceia; estou nervoso; prefiro não arriscar."

Essa não é a atitude correta.

Em vez de terminar assunto deixando os crentes com a sensação de desespero ou pavor, do tipo “Nunca mais participo da Ceia” Paulo aponta o que deveríamos fazer:

v.31: se nós julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados

Aí está a solução: julgue a si mesmo!

Um autojulgamento responsável dará paz ao coração e aceitabilidade aos olhos de Deus.

 

Sejamos mais cuidadosos ao participar da Ceia e concentrados em valorizar mais esse grande privilégio que temos de participar de algo tão precioso aos olhos de Deus.

 

Que Deus nos abençoe. Amém

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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