PREGAÇÃO

Cristo, que aplacou a ira de Deus por mim (Série ÊXODO 79)

Ex 32.30-35      35 minutos      16/05/2021         

Mauro Clark


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v.30

Moisés interrompe a matança. Uma grande lição já havia sido dada.

Resolve interceder perante Deus, agindo novamente como sacerdote.

 

Propiciação pelo vosso pecado

Propiciação: hebr.: lit.cobrir. Metaf.: fazer algo que aplaque a ira de Deus. (Lc 18.13: “sê propiciado...”)

Os sacrifícios eram realizados como propiciação pelos pecados do povo: Lv 16.17

Os sacrifícios apontavam para Cristo.

Ele é a propiciação:

Rm 3.25

Hb 2.17 (exatamente a mesma frase de Moisés!)

1Jo 2.1-2; 4.10

 

Propiciatório:  Ex 25.17-22 - peça de ouro, 1,3m x 0,7m, sobre a arca (que continha a Lei), no Santo dos Santos.

Era sobre o propiciatório que Deus iria se manifestar pessoalmente.

Uma vez por ano, no Dia da Expiação, o sumo-sacerdote entrava e espargia sangue sobre o propiciatório.

 

O propiciatórro era tipo de Cristo:
* Por cima da Lei (único que a cumpriu)

* Fez a nossa aproximação com Deus

* É por causa de Cristo que Deus pode vir até nós, ou seja, Deus foi reconciliado, mas para isso Cristo teve de ser manchado de sangue.

 

Em suma, Moisés se propõe a aplacar a ira de Deus: novamente tipo de Cristo.

 

v.31-32a

Até aqui, Moisés se baseia em dois pontos na sua conversa com Deus:

1.   Reconhece que o povo pecou gravemente.

2.   De modo objetivo e direto, pede que Deus perdoe o povo.

 

Até aqui, vemos um modelo de oração simples, mas eficaz: reconhecimento de pecado e pedido de perdão.

 

Quando for tratar de seus pecados com Deus, não precisa complicar, como (lamentavelmente) fazemos às vezes com as pessas.

Simplesmente siga esses dois pontos: reconheça e peça perdão.

 

De repente, a oração de Moisés se torna algo impressionante, extremamente ousado:

 

v.32b

O que Moisés quis dizer?

No AT, algumas vezes “livro da vida” parece indicar apenas os vivos: Sl 69.28.

Já em outras, a ideia é de vida eterna: Is 4.3; Dn 12.1-2

No NT, tem sempre idéia de vida eterna: Lc 10.20; Fp 4.3; Ap 3.5, 13.8 (contrário: “não foram escritos...”); 20.11-15

Pelo contexto, parece que Moisés pensou na vida física, ou seja, se Deus insistisse em matar alguém, que fosse ele próprio, Moisés, não os judeus.

 

Bonito: assume o lugar dos israelitas pecadores. Isso lembra Alguém?

Exemplo claríssimo de tipo de Cristo, na Bíblia: Jo 15.12-13

 

v.33-35

Deus responde: “Não te matarei. Isso eu farei com quem pecou aqui. Não é o teu caso.”

E ao mandar Moisés seguir adiante, ou seja, ao voltar ao Seu plano original, Deus mostra que atendeu a Moisés, desistindo de uma vez por todas de eliminar o povo.

 

Mas o perdão de Deus NÃO significava o cancelamento de toda e qualquer punição.

O perdão garantia que Deus continuaria e se relacionar com eles.

Tanto que promete a companhia do Anjo (falarei desse Anjo na próxima pregação).

 

A punição ficaria para o “dia da minha visitação”. O que significa?

Ou dias de castigo ao longo dos 40 anos no deserto, ou uma referência geral aos próprios 40 anos, quando morreram todos os de 20 anos acima (exceto Josué e Calebe).

 

Feriu...

Quando? Não há certeza. Opções:

* Refere-se aos 3.000 que os levitas já haviam matado

* Logo depois da conversa (em evento não registrado)

* Alguma vez específica durante a peregrinação no deserto (p.ex. Nm 11.33)

* Ao longo dos próprios 40 anos, referindo à geração que morreu.

 

Importante: o perdão de Deus ao crente garante a continuidade do relacionamento com esse crente, mas não anula a necessidade de punição.

Às vezes punição é aplicada para o crente aprender e não repetir.

 

Antes de encerrar.

Deus não aceitou que Moisés morresse no lugar de quem pecou: coerente com o princípio divino de que cada um dá conta do próprio pecado: Dt 24.16; Ez 18.4, 20

 

Mas eu sou um grande pecador e sei que não vou dar conta dos meus pecados.

O que houve com o princípio divino?

Deus fez uma EXCEÇÃO em Cristo, aceitando que Ele morresse no lugar dos pecadores.

É exatamente aí onde residem as BOAS NOVAS do Evangelho: uma notícia tremenda!

Crucial: foi absolutamente mantido o decreto de que o salário do pecado é a morte.

 

Graças a Deus pelo trabalho de Cristo de morrer por nós, aplacando a ira divina.

Que Deus nos abençoe. Amém 

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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