PREGAÇÃO

José: poder não dele, mas de Deus (Séries GÊNESIS 44 de 55 e JOSÉ 4 de 14)

Gn 41.1-32      58 minutos      15/05/2016         

Mauro Clark


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v.1-14

Dois anos completos, desde o caso do copeiro, mas como José já estava lá quando chegaram, passou mais de dois anos na prisão.

 

Três observações:

1ª: v.9: Hoje lembro-me...

O copeiro só lembrou porque o Faraó sonhou. Mas tinha esquecido totalmente de José.

Comentamos na pregação passada que José:

* teve ótima oportunidade de falar de Deus para os presos em geral.

* falou ao copeiro e ao padeiro que o poder de interpretação vinha de Deus, não dele.

 

José deve ter ficado torcendo para que o seu testemunho sobre Deus tivesse efeito nas vidas daqueles homens, principalmente do copeiro, que iria continuar vivo.

Mas o assunto interessou tão pouco ao copeiro que esqueceu de tudo durante dois anos.

E quando se lembrou, foi só do aspecto da interpretação. Nada falou sobre Deus.

 

O resultado da nossa pregação geralmente é muito frustrante (do ponto de vista de conversão). É importante se conscientizar que é assim mesmo, para não desanimar.

Além do mais, o “filme” não acabou. Ainda podemos ver bons resultados, mesmo no céu!

 

2ª: v.8: ninguém havia que lhos interpretasse

Faraó estava altamente interessado na solução do seu problema, mas não havia quem pudesse lhe atender.

Todas as alternativas foram utilizadas sem resultado.

Foi aí que o copeiro se lembrou e mandaram buscar José.

José encontrou um homem extremamente necessitado da ajuda dele.

Naque momento José era o único homem no mundo capaz de ajudá-lo.

Deus deu a Faraó a sede e a José a capacidade de saciá-la.

 

É importante estarmos sensíveis às necessidades das pessoas.

Talvez você seja a única pessoa naquele momento que pode ajudá-lo.

Não perca a oportunidade!

E nem permita que os insucessos anteriores lhe desanimem.

Outra coisa: veja o “timing” de Deus: se o copeiro tivesse falado de José ao Faraó dois anos antes, não encontraria o Faraó tão aberto.

 

3ª: v.14: às pressas, barbeou-se, mudou de roupa e foi apresentar-se

Tudo muito rápido, correndo.

José nunca imaginou que Deus queria utilizá-lo assim de modo tão forte e tão urgente.

 

Irmão, você nunca saberá quando o Senhor tem uma missão urgente. Aparece!

Esteja em condições. Como? Em plena comunhão com Deus.

Seria uma pena se José estivesse relaxado e frio espiritualmente, tipo, “Depois eu resolvo isso com Deus.

 

v. 15-16: diálogo de José com Faraó.

De maneira sutil, José, ao mesmo tempo nega e confirma a pergunta de Faraó.

Nega porque diz que não tinha esse poder. Confirma porque diz que vai interpretar, mas com poder de Deus. 

 

Observe:

1. Comentei que não devemos desanimar com inusucessos anteriores de falar de Cristo.

Pois José não desanimou: começou a falar com o Faraó do mesmo jeito com que falou com o copeiro e padeiro dois anos antes. Quem sabe o Faraó seria mais sensível?

 

2. Ao mesmo tempo em que sabe que todo o poder vem de Deus, o crente precisa se DISPOR para o serviço, sabendo que, sem ele, o serviço não será feito.
Dois extremos são ruins:
- Trabalhar muito independentemente, como se Deus quase não tivesse nada a ver
- Enfatizar tanto o poder de Deus, que não se anima a fazer quase nada. “Deus é muito poderoso, não precisa de mim para isso. Mesmo que eu não faça Ele dá outro jeito.”
É preciso equilibrio.

 

v.17-32: Faraó conta o sonho e José interpreta.

Pergunta: qual a missão mais importante de José junto a Faraó naquele momento?

Talvez muitos diriam: “Interpretar o sonho”.

Discordo: era falar de Deus a Faraó.

A interpretação era apenas UM MEIO para alcançar esse objetivo.

Nossos dons e capacidades não são um fim em si mesmo.

Mas MEIO para servimos a Deus.
Nunca devemos cuidar tanto dos dons a ponto de deixar em 2o. lugar o Deus que nos deu esses dons e a Quem devemos servir com eles.

 

E como José se saiu na missão de falar de Deus?

Maravilhosamente bem: além do v.16, falou mais quatro vezes de Deus: v.25,28 e 32.

 

I) v.25, 28: Deus foi não apenas o autor, mas o revelador do sonho a Faraó.

Se Faraó não acreditasse, estaria deixando de crer não em José, mas no próprio Deus.

 

Quem deixa de crer na Bíblia que nós pregamos, não deixa de crer em quem falou, mas no próprio Deus que fez a Bíblia e a revelou.

 

II) v.32a: ... estabelecida por Deus... : SOBERANIA

Deus é o Deus da história. É Ele quem determina tudo: passado, presente e futuro.

E qual o critério que usa para determinar tudo: a VONTADE dEle! E só!

Isso é SOBERANIA: Ef 1.11: conselho da Sua vontade; Is 46.10: meu conselho

 

III) v.28: ... que Ele há de fazer.

Tudo o que Deus planeja, Ele faz acontecer. Isso é PODER! Mesmo vs: Ef 1.11; Is 46.10

 

IV) v.32b: ... e Deus se apressa a fazê-la

Deus tem o seu TEMPO DETERMINADO para fazer as coisas que Ele determinou.

Ec 3.1-8, 11; At 1.7; Ef 1.10; Gl 4.4

 

Segredo da vida cristã: aprender a se alegrar com o tempo de Deus.

Quantos abributos de Deus saíram dos seus lábios nos últimos tempos?

Na próxima pregação (restante do cap. 41), veremos que José foi além de apenas interpretar o sonho e falar de atributos de Deus. E como Faraó reagiu a tudo isso.

Que Deus nos abençoe. Amém.

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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