PREGAÇÃO

José : quem sou eu, para dar conselho? (Séries GÊNESIS 45 de 55 e JOSÉ 5 de 14)

Gn 41.33-57      58 minutos      22/05/2016         

Mauro Clark


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Terminamos a pregação passada no v. 32, quando José interpretou o sonho de Faraó, ao mesmo tempo em que falou de Deus.

Mas José não parou aí:

 

v.33-36

Parece incrível: José está dizendo a Faraó O QUE FAZER!

Há poucos minutos um esquecido prisioneiro, agora aconselhando o no.1 do país!

Segredo da OUSADIA: autoridade da Palavra de Deus.

Tudo estava sendo diretamente revelado por Deus.

 

Pena que hoje não temos revelação direta como José, certo? Errado!

Temos revelação, sim: a Bíblia.

E qual a revelação mais forte, mais valiosa: a de José ou a Bíblia? Idênticas.

Ora, se o valor é o mesmo, devemos ter a mesma OUSADIA de José, ao falar do Senhor Jesus Cristo para qualquer pessoa, mesmo muito importante.

O Pe. Anibal pregou para o Papa!

 

Mas, se possível, além de apenas falar, devemos ACONSELHAR em nome de Deus.

Sei que isso é muito delicado, adultos geralmente não gostam de conselhos sem solicitar.

Mas, com sabedoria e prudência, Deus pode permitir que você dê conselhos tão benignos a não crentes que talvez eles nunca esquecerão e, quem sabe, até servirão para a conversão deles um dia.

Claro, tenha certeza que são conselhos baseados nos padrões de Deus!

 

Voltando, ressalto duas coisas:

1. A CORAGEM de José. Se Faraó não tivesse gostado, José estaria correndo grande perigo só por ter ousado falar de Deus e dar conselhos.

Detalhe: o conselho incluia colocar alguém ajuizado e sábio: ora, e Faraó não era?

Existem riscos de pregar o Evangelho, alguns grandes outros pequenos.
Muitas vezes é preciso coragem pura e simples para pregar.
Pois preguemos também nessas situações. O resultado é com Deus.

2. No caso particular de José, a simples DISPOSIÇÃO dele de sugerir algo a alguém é surpreendente. Afinal, ele teria motivos para não querer sugerir mais nada a ninguém:

* Implorou aos irmãos para não o venderam: não foi ouvido.

* Tentou convencer a mulher de Potifar a deixá-lo em paz: não foi ouvido.

* Deve ter argumentado com Potifar que era inocente: não foi ouvido.

* Pediu ao copeiro que não esquecesse dele: não foi ouvido.

 

Depois disso tudo, como ele acharia que o próprio Faraó, muito mais importante que todos eles, iria ouví-lo num assunto político/administrativo de enormes proporções?

Mas José se preocupava apenas em falar o que era correto. Se iriam aceitar ou não, isso não era mais com ele.


Sabemos que o plano de salvação do Evangelho não é simpático para a maioria das pessoas. A maior prova é que quase todos rejeitam.
Mas aqui e acolá alguns reagem favoravelmente e acham-no tão simpático que o abraçam por toda a vida.
Como você não sabe quem vai aceitar, fale e fale e fale. Tão somente não canse de falar!

 

Vejamos a reação de Faraó.

v.37

Na realidade, a reação de Faraó veio em dois níveis:

Primeiro: achou simpático o plano: v. 37 (ele e os oficiais).

Finalmente alguém ouviu José! E logo quem! E num projeto gigantesco.

Não é dificil saber O QUE causou a simpatia de Faraó: o poder de Deus no seu coração.

 

Mas o trabalho de Deus no coração de Faraó ainda não havia parado.

Depois de deixar José lhe aconselhar, depois de achar simpático o plano de José, agora vem o absolutamente inacreditável, que é o segundo nível da reação de Faraó:

 

v.38-44.

O homem ajuizado e sábio sugerido por José foi ele próprio!

E instantaneamente foi feito o homem mais poderoso do Egito, depois de Faraó.

 

Duas observações:

1. O motivo de Faraó achar que José era o homem certo: tinha o Espírito de Deus e era ajuizado e sábio porque recebera tudo de Deus.

Embora Faraó devia estar pensando em outros deuses, José já havia dito que cria em Deus e sabemos que esse Deus era o Deus de Abraão.

A porta estava aberta para o Deus Único e Criador ser falado no Egito.

Vemos o interesse de Deus pelo Egito. Aliás, Deus se interessa por todos os povos.

O papel de Israel era exatamente ser um canal para divuglar Deus entre os povos.

 

2. José não buscou o próprio interesse.

Tão somente fez o que deveria ter feito: falou de Deus,  interpretou o sonho e aconselhou Faraó como Deus lhe mandou.
Mas Deus quis honrá-lo e fez com que Faraó o colocasse numa posição extremamente especial e cobiçada. (Já pensou o que os políticos não dariam para um cargo desses?)

1Co 10.24: Ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o de outrem
Se Deus quiser colocar o crente em altas posições, Ele o fará: 2Co 10.18

Numa sociedade altamente competitiva, é bom nos lembrarmos disso.

 

Resumidamente, vejamos José em ação

v.45-57

* Casamento e dois filhos, Manassés e Efraim: ambos com o nome de Deus.
* Depois de 7 anos de abundância, começa a seca, tudo como predito.
E José tornou-se um dos homens mais poderosos do mundo antigo.

 

Quero encerrar com mais uma lição:

Além de nos maravilharmos com os milagres grandiosos na natureza e na saúde humana, devemos refletir também naqueles em que Deus interfere no coração de homens ímpios.

O que Deus fez com Faraó foi um MILAGRE tão poderoso quanto abrir o Mar Vermelho.

Abrir montes de água não é mais dificil que abrir o coração de um homem extremamente poderoso, pagão.

Várias vezes a Bíblia fala de Deus interferir no coração de descrentes:

Js 2.9-11; 5.1; 2Re 7.6-7

 

E por que não achar que Deus ainda interfere hoje nos corações de poderosos?

Se sentir-se inclinado, seja ousado em orações, nesse sentido.

 

Ah, irmãos, dá gosto servir ao mesmo Deus de José!

Só que o trabalho que Deus iria realizar através de José, ainda estava começando!

Que Deus nos abençoe! Amém

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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