Lições de INTERCESSÃO 1 (Série NÚMEROS 13)

Vimos na última pregação que Deus não permitiu que povo apedrejasse Josué e Calebe.

Apareceu na tenda da congregação e assumiu o controle da situação.

v.11-12

Indignado com a dureza do povo, após tantos milagres, Deus anuncia 3 providências:

1. Ferir ou mesmo matar o povo com pestilência

2. Deserdar o povo - cortar qualquer ligação especial com ele.
Termo forte: implícita a idéia de que povo, como herdeiro de Deus, herdaria não apenas bênçãos materiais, (proteção, etc.), mas principalmente as espirituais (vida eterna)
NT: somos herdeiros de Deus (Gl 4.7); co-herdeiros com Cristo: Rm 8.17

3. Fazer de Moisés um povo maior e mais forte do que aquele.
Deus propõe nada menos do que fazer de Moisés um novo Abraão, ainda maior.

Tentando mostrar humildade, Moisés diz: “Que é isso, Senhor, eu não mereço. Mas já que é a Tua vontade, estou pronto”. Correto? Não:

v.13-16

Moisés nem comentou a idéia de ele se tornar um novo patriarca.

Sem perder tempo, argumenta com Deus e intercede pelo povo.

Antes de comentar a intercessão de Moisés, observe:

Não é a 1a. vez que isso acontece: no caso do bezerro de ouro, em torno de 1 ano antes, Deus dissera a Moisés que iria destruir o povo e fazer dele, Moisés, um povo: Ex 32.9-10

Ponto comum com as 2 intercessões de Moisés: não defende o povo, como se quisesse mostrar que não era tão mau assim.

O que ele defende ardorosamente é a reputação do nome de Deus.

Diferença entre 2 intercessões: as características de Deus que ele quis proteger:

Na primeira (Ex 32.11-14): proteger duas coisas:

a) A honestidade de Deus: os egípcios iriam dizer que Deus foi malicioso, tirou o povo com o propósito de destrui-lo no deserto.

b) Fidelidade de Deus: o próprio Deus havia jurado a Abraão, Isaque e Jacó que eles seriam os patriarcas de um povo escolhido e que multiplicaria a descendência deles.

Se Deus quebrasse o juramento, iriam falar que Ele não cumprira a palavra, fora infiel.

Deus ouviu Moisés e poupou o povo.

Agora: Moisés também tenta defender o nome de Deus, mas com relação ao PODER.

v.15-16: ... as gentes que ouviram a tua fama, dirão: NÃO PODENDO o Senhor fazer entrar o povo na terra que lhes prometeu, os matou no deserto"

O poder de Deus seria questionado.

v. 17-19:

Moisés passa para o pedido explícito, sempre argumentando com muita habilidade.

Baseando-se na longanimidade e na misericórdia de Deus, pede que perdoe ao povo.

Aliás, que continuasse perdoando, como já fizera várias vezes desde a saida do Egito.

Note: Moisés pede que Deus faça a Sua força se engrandecer não usando grande poder, mas simplesmente perdoando e sendo longânimo e misericordioso.

Fica evidente que perdoar e ser paciente é demonstração de poder!

Poder não é só fazer feitos estrondosos.

Mas também mostrar virtudes nobres, que leva em consideração os outros, mesmo onde seja necessário certo sacrifício de si mesmo.

Cada vez que Deus perdoa, age com poder.

E cada vez que conseguimos imitá-Lo, também mostramos poder.

Não é à toa que a Bíblia diz que ser filho de Deus envolve poder! - Jo 1.12

Interessante: Cl 1.11: praticamente as mesmas palavras de Nm 14.17-18: fortalecer, poder, longanimidade.

O uso dessa virtudes é o principal tipo de poder que devemos sempre buscar.

No próximo domingo aprenderemos com Moisés mais três valiosas lições de intercessão.

Que Deus nos abençoe. Amém.