Ec 7.26 60 minutos 07/11/2021
Mauro Clark
Em pregação passada comentei sobre o método de Salomão: fala de um assunto depois sai, fala de outras coisas, depois retorna e logo sai de novo, para depois retornar.
É difícil detectar, às vezes, se de um versículo para o outro, ele continua com o mesmo assunto ou apenas aumentou a abrangência ou se mudou completamente.
Esse trecho v.16-29 traz essa dificuldade, além de outras: várias interpretações.
Como sempre, darei minha sugestão, sem dogmatizar.
Achei coisa mais amarga do que a morte: a mulher cujo coração é rede e armadilha e cujas mãos são correntes. Quem agrada a Deus fugirá dela, mas o pecador virá a ser seu prisioneiro.
De repente, Salomão passa a falar de um assunto novo em Eclesiastes, mas bem presente em Provérbios (que ele próprio escreveu uma parte).
Detalhe interessante: sendo o novo assunto bem amargo, Salomão procurou o exemplo máximo de amargura e encontrou... a morte!
Não detalharei, mas fica para reflexão: a morte é extremamente amarga, pois é antinatural, produto de castigo de Deus.
Voltando:
O assunto é uma mulher cuja atração sobre um homem é imprópria, proibida, maligna.
Obviamente o foco é um homem casado, mas não exclui um solteiro que é atraído com intenções maliciosas, interesseiras, puramente sexuais.
Coração e mãos: as armas de sedução são tanto os sentimentos como a atração física.
Um homem que cair nessa cilada enfrentará uma situação amarga, de terríveis consequências e muito difícil de se livrar – talvez impossível, pois haverá marcas perenes.
Novamente faz distinção entre dois tipos de pessoas, quanto à reação a esse perigosa situação: o que agrada a Deus (hebr.: bom) e o pecador.
A diferença na maneira de reagir é impressionante:
Quem agrada a Deus fugirá dela!
Aliás, eis um segredo para toda e qualquer tentação: fugir!
Quantos crentes fiéis não fizeram isso e caíram desgraçadamente.
O pecador (não crente) virá a ser seu prisioneiro: via de regra, terminará caindo na armadilha: não viu o perigo ou viu mas não deu atenção, não se importou.
Quantas famílias são destruídas exatamente assim.
Até mesmo de crentes, que terminam exatamente porque o marido não agiu como crente, mas como um não temente a Deus.
Passagens semelhantes de alerta: Prov. 2:16–19; 5:3–6; 7:6–27; 9.13-18; 22.14
Que Deus nos abençoe. Amém.