Não me conformo em Te conhecer tão pouco! (Série ÊXODO 84)

Conversa certamente ocorrido dentro da tenda, quando Deus apareceu a Moisés.

v.12-13

Moisés quer fazer um pedido forte a Deus.

Mas antes usa 3 argumentos, como que “preparando o terreno”:

1. Tu me mandas fazer o povo subir, mas não me disseste quem iria comigo.
Certo que um anjo acompanharia, mas que anjo? E o que ele faria?

2. Tu disseste que me conheces pelo nome, isto, é, intimamente

3. Também disseste que achei graça aos teus olhos

É perfeitamente válido argumentarmos com Deus ao fazermos pedidos.

Exemplos:

* Preciso de sabedoria, aliás Tu prometestes dar sabedoria a quem te pedisse (Tg 1.5-6)

* Disseste que não daria provação maior que poderíamos suportar. Pois estou no limite!

* Disseste que conheces Teus filhos pelo nome, mas me sinto tão só!

Moisés faz o pedido.

Já começa de maneira meio ousada, como que testando a Deus:

Se (já que) achei graça aos teus olhos

Ou seja, se é para valer o que disseste, então me ouve.

Com o devido respeito e temor, não se intimide em agir assim com Deus, tipo:

“Senhor, se de fato eu estou justificado em Cristo, então...”

rogo-te que...

Moisés pediu duas coisas:

1. ... me faças saber neste momento o teu caminho
O que isso significa?
* Algo sobre a decisão definitiva de Deus quanto a ir ou não com o povo.
* Que planos Deus tinha para o futuro, quanto ao povo.

A parte mais profunda, mais íntima, mais espiritual vem agora:
I. para que eu te conheça
Esta é a chave de tudo aqui: a determinação de Moisés em conhecer mais a Deus.

Este é o primeiro passo de Moisés numa bela sequência de pedidos que visavam maior intimidade com Deus.

Você tem feito o grande alvo da sua vida conhecer cada vez melhor a Deus?

Ótimo! Mas tem insistido com isso junto a Deus? Pedido, implorado?

II. ... e ache graça aos teus olhos...
Ora, Deus já tinha dito que ele achara graça aos olhos dEle.
O próprio Moisés acabara de dizer isso.

Parece até sem sentido a repetição:

“... se achei graça aos teus olhos, rogo-te que... para que eu ache graça aos teus olhos”!

Como explicar?

Entendo como um tipo de bendita inconformação e da cuidadosa ousadia de Moisés.
Tudo bem que achara graça diante de Deus, mas queria mais... muito mais!
Como se dissesse: “Senhor, quanto mais eu te conhecer melhor, quanto mais eu souber de Ti, mais eu achar graça diante de Ti, mais eu serei agradável a Ti! E quanto mais eu for agradável a Ti, mais Tu se fará intimo meu...”

É um ciclo virtuoso, uma coisa alimentando a outra!

2.500 anos atrás, Moisés nos dando uma lição de ouro do viver com Deus aqui na terra!

Antes de examinarmos o segundo pedido de Moisés, um ponto importante:

... neste momento...  
Moisés pediu a resposta imediatamente. Era um momento muito especial para ele e para o povo! Na visão dele, não daria para esperar, teria que ser agora!

Salmos contém vários exemplos de orações em que o salmista pede pressa a Deus.

O crente deve sentir essa liberdade nas orações, sempre que achar necessário e tiver a atitude correta diante de Deus.

2º. pedido e final da oração.

... e considera que esta nacão é teu povo

Vejo três coisas aqui:

a. Ao encerrar, Moisés novamente inclui o povo, deixando claro que o que ele estivesse pedindo, tinha a ver com o povo. A oração foi mesclada de aspecto pessoal e nacional.

Novamente chama a atenção a posição de Moisés como líder do povo.

b. Moisés toma a liberdade de sugerir a Deus que levasse em consideração que o povo de Israel era... de Deus!

De vez em quando, “lembre” a Deus que você é filho dEle, em Cristo. E que a IBLM faz parte do corpo de Cristo.

c. Com cuidado, vejo aqui quase uma “chantagem pessoal” de Moisés com Deus.

“Senhor, Tu vais abandonar o teu próprio povo? Como o teu próprio povo ficará, sem a Tua companhia?”.

Quase ouvimos Moisés complementar: “Não faça isso, não, Senhor!”

O que Deus respondeu? Próxima pregação!

Que Deus nos abençoe. Amém