Pai nosso que estás nos céus (Série APRENDENDO A ORAR COM JESUS 1 de 7)

Vamos passar algumas semanas meditando sobre a oração modelo ensinada por Jesus.

Pai...

Se uma criança de dez anos quiser imaginar o privilégio de simplesmente poder chamar pai”, basta conversar com um órfão.

Pois todo crente, indepedente de situação, pode a qualquer momento clamar “Pai”.

Que privilégio, para quem nasceu filho do diabo!

Nunca chegaremos perto de imaginar plenamente o que significa termos sido feitos filho de Deus (Jo 1.12).

Quando um filho diz “pai” para seu pai terreno, pode até ocorrer que o pai não ouça.

E se ouvir, pode não dar atenção, não querer atender, etc.

Mas quando um crente clama “Pai”, terá os ouvidos mais atentos do mundo e coração mais bondoso do Universo à sua disposição. É muito privilégio!

Pai NOSSO...

Não é “Pai meu”, mas Pai nosso!

Às vezes agimos como se fôssemos filho único.

Queremos que Ele seja paciente, misericordioso, amoroso SÓ CONOSCO, talvez até em detrimento dos outros.

Esta simples expressão “Pai nosso” deve nos lembrar que Ele tem outros filhos também  e com o mesmo amor para com todos.

Somos muito egocêntricos e se pudéssemos monopolizarimaos até o próprio Deus para nós mesmos.

Confesso que nesse egoísmo, pode até haver algo que agrade a Deus, pois Ele gosta de ser amado.

Mas claro que não podemos abusar disso.

Ao mesmo tempo em que nosso relacionamento com Deus é estritamente pessoal, esse relacionamento deve ser desenvolvido considerando-se a nossa relação com os irmaõs, com o próximo em geral.

Então, quando agradecer a Deus por uma coisa que Ele fez a você, agradeça também pelo que Ele fez com outros.

Quando pedir uma coisa para si, peça também para os outros.

Isso é ter no coração o fato de que Deus é o NOSSO Pai.

... que estás nos céus

Um Pai soberano, transcendente, cujo trono é lá no alto, incontaminado.

Vendo tudo de maneira panorâmica, altaneira.

Bem diferente do modo míope como vemos daqui de baixo.

Um Pai cujos valores são espirituais.

Se Ele está nos céus, é porque o ceu é o ambiente natural dEle.

O lugar da Sua presença imediata.

Lá é a sede do Seu poder.

É no ceu onde se encontram Seus grandes e principais interesses.

E se somos filhos dEle, é no céu onde também deveriam estar nossos interesses.

E se não estamos ainda lá, é só questão de tempo.

Mas todas as nossa atenções deverão estar voltadas para lá: Cl 3.1-2

Os nossos maiores investimentos deverão estar no céu: Mt 6.19-21

Só esse brado na oração deveria nos lembrar que as coisas daqui são secundárias e muitas vezes confusas, que nos atrai como um grande e maldito ima, puxando o nosso pensamento para baixo - exatamente o contrário de como deve ser.

Quando pensar no Pai, pense no céu. E quando pensar no céu, pense no Pai.

santificado seja o teu nome

santo: separado, incontaminado, puro

É um desejo de que o nome de Deus seja mantido separado, puro, respeitado.

Mas não adianta você dizer “Ah, que todos santifiquem, respeitem o teu nome”, se você é o primeiro mesmo que não faz isso.

Pois comece hoje a ser um grande “santificador” do nome de Deus.

Mas o que seria mesmo santificar o nome de Deus?

A primeira ideia que vem é falar bem, sem blasfêmias, etc.

Está certo. Mas o mais importante é viver de tal maneira que as pessoas nos vejam e respeitem o nome de Deus: Mt 5.16.

Exemplo de quem fazia exatamente o contrário: os judeus: Rm 2.24.

Que maravilha de privilégio é termos como próprio Pai o Todo-Poderoso Deus Criador.

Um Pai soberano, que mora no céu, santo, cujo nome nos dá prazer em manter santo e respeitado.

E pensar que todo esse privilégio nos foi concedido por Cristo a um alto preço.

Bendito Pai celeste. Bendito Filho Unigenito desse Pai.

Que Deus nos abençoe. Amém