PREGAÇÃO

Perdão, mas com punição 2/2 (Série NÚMEROS 16)

Nm 14.20-38      38 minutos      25/09/2022         

Mauro Clark


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Na pregação passada, respondendo à intercessão de Moisés, Deus perdoou o povo.

Mas o perdão não seria do tipo “Não houve nada, vamos esquecer tudo”.

O povo pagaria um preço alto pelo pecado da rebeldia.

Deus fornece duas garantias de a pena seria cumprida: a própria vida dEle e que “toda a terra se encherá da glória do Senhor” (no Milênio, como vimos).

Terminamos perguntando qual seria e pena.

 

Deus anuncia a pena: o povo andaria errante pelo deserto por 40 anos e todos os de 20 anos para cima (exceto Josué e Calebe) morreriam antes de entrar na Terra Prometida.

 

Pergunta: se eles iriam morrer, onde estava o perdão? O perdão verdadeiro não esquece tudo?

Não obrigatoriamente.

Perdão é não levar em consideração a ofensa, para efeito de relacionamento.

A ofensa obstrúi o relacionamento, o perdão desobstrúi.

Lembro que Deus quis cortar totalmente o relacionamento com o povo, a ponto de dizer que iria deserdá-lo e destrui-lo.

Com o perdão, não apenas o povo iria continuar a existir, como Deus continaria sendo o Deus deles, protegendo etc.

A promessa da terra estava de pé, tudo estava valendo.

Mas isso não significava que os rebeldes e blasfemos iriam ficar impunes.

Mesmo havendo perdão, havia um alto preço a ser pago pelo pecado deles.

 

Lição importante: muitas vezes o perdão de Deus no relacionamento com os crentes não é do tipo “está tudo esquecido”.

A comunhão conosco está garantida (filiação, bênçãos, proteção, paz), mas Ele poderá achar necessário nos disciplinar, para aprendermos a não ofendê-Lo mais.

 

Vemos então um dos momentos mais trágicos da história de Israel: a Terra Prometida bem à frente, mas não poderiam entrar.

Deus manda que retornem para onde vieram (v. 25), e ali ficariam rodando 39 anos (mais 1 que havia passado = 40), esperando que morressem, um a um, os de 20 anos acima.

Quanto aos 10 espias, esses morreriam de imediato (v. 36-37).

 

Três observações:

1) Dos milhares que morreriam no deserto, apenas duas exceções: Josué e Calebe.

Lição: Vale a pena ser fiel a Deus, lutar por Ele, morrer por Ele, pois Ele é detalhista e extremamente fiel a quem Lhe serve. 1Co 15.58

 

2) Os filhos, dos quais disseram que seriam presa dos inimigos (v. 31), esses seriam exatamente os que entrariam na Terra.

Os pais exageraram ao assumir papel de protetores dos filhos, como que defendendo-os de um Deus malvado ou irresponsável, que os deixaria morrer nas mãos dos cananeus.

Deus provou que tinha interesse nos filhos deles.

 

Lição para pais cujos filhos querem se entregar ao serviço de Deus de modo mais definito ou ousado: seminário, África, etc.

Os pais querem proteger: “Não desperdice a sua vida, você correrá muito perigo, etc.”

Isso é ofensivo a Deus. Ele os protegerá!

                                            

3) Eles mesmos deram a pena para si (v.28), que na realidade era dupla:

a) Preferiam morrer no deserto? Poi morreriam no deserto!

b) Rejeitaram a terra? Pois não entrariam na terra!

 

Quantas vezes fazemos coisas que ofendem a Deus com medo de algo e Ele permite que ocorra exatamente o que estávamos temendo.

* Moça não espera um crente e casa com descrente com medo de ficar solteira: o marido a abandona

* Empresário sonega com medo de não poder pagar: quebra.

* Crente não paga dízimo com medo das contas não darem no fim do mes: demissão

 

Jamais devemos desobedecer a Deus, alegando medo do que for.

Que Deus nos abençoe. Amém 

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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