PREGAÇÃO

Poder de Deus: apavorante, mas só para alguns (Séries ÊXODO 65 e OS DEZ MANDAMENTOS 16 de 16)

Ex 20.18-21      44 minutos      23/08/2020         

Mauro Clark


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v.18-19

Final da entrega verbal dos Dez Mandamentos, pelo próprio Deus.

Quatro fenômenos da natureza: trovões, relâmpagos, som de trombeta, fumaça no monte.

Em Dt 5.22-23 mais dois: fogo e escuridão:  cena apavorante.

Reação do povo: estremeceu e ficou de longe.

Ficaram com tanto medo de morrer que pediram a Moisés que falasse com Deus por eles.

Ao se sentirem indignos, pequenos e apavorados perceberam institivamente a necessidade de alguém entre eles e Deus. Alguém aceito por Deus.

Sem saber, apontavam para o ministério do sacerdote, a ser criado logo depois.

E quando falamos em sacerdote lembramo-nos do nosso sumo-sacerdote Jesus Cristo.

É como se nós, precisando falar com Deus, tivéssemos medo por Ele ser tão santo e poderoso e nós tão pequenos e pecadores. E pedíssemos para Cristo interceder por nós, diminuisse essa distância e de alguma forma nos fizesse aceitáveis  perante Deus.

Foi exatamente o que Ele fez. Só que, para isso, teve que morrer por nós.

v.20

A primeira coisa que Moisés disse:

Não temais. (NVI: não tenham medo).

Eles não estavam correndo perigo.

Mas, observe que Moisés não disse “Que é isso, irmãos, não entendam mal, está tudo bem, Deus só quer dar uma pequena demonstração do poder dEle.”

Ao contrário de diminuir a solenidade da ocasião, Moisés fez questão de enumerar três  motivos pelos quais aquilo tudo estava acontecendo:

1. Deus queria prová-los (testá-los).

À primeiro vista pode parecer estranho Deus um Deus onisciente querer provar alguém.
Mas Ele sempre se mostrou sensível ao comportamento humano com relação a Ele.

O maior exemplo disso é que Ele criou Adão com livre arbítrio.
Pois agora chegara a vez do povo de Israel ser provado.
Deus queria ver o quanto o povo O valorizava.
Já lhe ocorreu que você está diariamente sendo testado por Deus?
Coisa chata viver sendo provado, não? Não.
Ao contrário: isso indica interesse de Deus em nós!

2. Para que tudo o que estavam vendo, os levasse a TEMER a Deus.

Aqui, sim, “temer” = respeitar, reverenciar, reconhecer que o poder de Deus afeta a vida.
Um dos grandes males do cristianismo hoje é falta de conhecimento de Deus.
E uma das consequencias mais prejudiciais é a falta de temor a Deus.
Dizer “Sei que estou errado, mas faço por motivo tal”, indica falta de temor.
Não está considerando o quanto Deus poderá mexer fundo na sua vida para corrigir isso.

3. Uma vez temendo a Deus, que não pecassem.

O fato de Moisés ter falado em pecado naquele momento de medo, temor, com fogo e terremoto, deve ter deixado o povo profundamente marcado.
Como se Moisés dissesse:

“Esse Deus super poderoso, que faz isso tudo, é sensibilíssimo ao pecado. Não pequem.”

É trágico que o conceito de pecado é tão distorcido, ridicularizado no mundo.
Digo mais: mesmo entre crentes, o conceito de pecado é inferior ao que deveria ser:
* Não costumamos enfatizar o fato do pecado ao evangelizarmos.
* Parece que nós próprios não evitamos pecar como deveríamos, e nem ficamos
tristes com o pecado o quanto deveríamos ficar.
Se você tivesse estado lá no monte Sinai, talvez a sua atitude fosse outra!
Mas é bom lembrar: o Deus contra o qual você peca hoje, é o mesmo Deus do terremoto, fogo e fumaça daque tempo.
E sua repugnância contra o pecado é absolutamente a mesma.
 

v.21

Dt 5. 23: Parece que o povo se afastou e mandou representantes falarem com Moisés.

Contraste: o povo se afasta do monte onde Deus estava, enquanto Moisés se aproxima.

O povo nada conhecia de Deus, ainda estava recebendo o b-a-bá.

Moisés já estivera com Deus naquele mesmo monte antes, ao receber a tarefa de tirar o povo do Egito.

E mesmo desta vez, já estivera de novo.

Moisés estava muito acima do povo em termos espirituais. 

Tem gente que morre de medo de trovão! Imagine se estivesse lá, no Monte Sinai.

Quem não conhece a Deus, na menor demonstração de poder, se assusta com a majestade dEle

Mas com o crente é, ou deveria ser, o contrário: a demonstração do poder de Deus faz é animá-lo, estimulá-lo a chegar ainda mais perto desse Deus. 

Que Deus nos abençoe. Amém

 

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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