PREGAÇÃO

Quer um ministério excelente? Imite Josias (Série JOSIAS 4 de 5)

2Cr 34.29-33 2Re 23.4-10      61 minutos      27/09/2020         

Mauro Clark


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Estamos aprendendo com a vida do rei Josias grande reformador espiritual de Judá e Israel, que reinou 31 anos, de 640 a 609 aC.

1o. passo: Destruiu imagens e tudo o que atrapalhava o povo de adorar a Deus.

2o. passo: Mandou reformar o Templo, dando condições ao povo de adorar corretamente.

O Livro da Lei foi achado e Josias, ao ouvi-lo, se humilha e manda consultar a Deus.

Pela profetisa Hulda, Deus anuncia que iria castigar duramente Israel, conforme a Lei.

Além disso, manda dizer a Josias que ele não veria o mal que viria sobre Judá. 

v.29-30:

Josias convoca um encontro gigantesco no Templo em Jerusalém: anciãos, sacerdotes, levitas, profetas (2Re 23.1-2), pessoas importantes, gente do povo, todos.

O próprio rei leu as palavras do Livro da Aliança perante o povo.

… desde o menor até o maior

O rei não chamou apenas os pobres e os desprivilegiados para ouvir a Palavra de Deus.

Mas também os ricos, os poderosos, os nobres. Chamou TODOS! 

Existem pastores que não pregam sobre certos assuntos para não magoar alguns.

Outros tratam com diferença o pobre e o rico.

Numa igreja séria, a pregação do púlpito é a mesma, esteja quem estiver no auditório. 

Josias repassa para o povo tudo o que tinha ouvido e aprendido da Palavra de Deus.

Fazendo assim, agiu mais como um pastor, do que propriamente um rei.

A principal missão do pastor é aprender de Deus e repassar para o povo da igreja.

A maneira mais nobre e efetiva de um pastor cuidar das ovelhas de Cristo é alimentá-las com a pura Palavra de Deus, aplicada de maneira clara e atual para cada um. 

Mas, a rigor, não precisa ser um pastor para repassar o que leu e aprendeu na Bíblia.

Isso pode ser feito de maneira um a um, ou para pequenos grupos. 

Se os astros no céu não aguentam ver a glória de Deus e ficarem calados, e o firmamento se sente obrigado a anunciar as obras das mãos dEle, como você consegue suportar?Fale, espalhe, compartilhe com quem puder a glória de Deus, os ensinos, as promessas, as ameaças, tudo o que você aprendeu na Palavra dEle.

Josias fez isso com o povo.

Mas Josias não ficou apenas em ler para o povo o Livro da Lei. Ele foi muito além. 

v.31-32

Josias fez aliança com o Senhor Jeová, no sentido de que o povo, dali em diante, se comprometeria a seguir a Deus, obedecer de coração os mandamentos, testemunhos, estatutos… TUDO o que a Lei prescrevia.

O povo concordou e fez aliança com Deus. 

Pergunta: Mas essa aliança, feita com Moisés 800 anos antes, não estava em pleno vigor? Para que fazer novamente?

Mesmo em vigor, não estava sendo seguida pelos judeus, há muito tempo.

Conforme o rei na época, chegavam mais perto e depois se afastavam novamente.

E aquela geração de Josias, que estava muito longe de Deus, resolveu se aproximar.

A rigor, o que eles fizeram foi renovar a aliança que Deus já fizera com o povo, via Moisés. Dentro da triste realidade da situação, foi uma boa atitude. 

Hoje, quando um pecador arrependido se converte, entra na Nova Aliança com Deus, com base no sangue de Jesus. E torna-se um filho de Deus, para sempre.

É uma Aliança irreversível, feita no exercício da fé.

Mas… se Deus é fiel e nunca falha, infelizmente não é o nosso caso.

Somos falhos, pecamos e às vezes nos afastamos da Nova Aliança que fizemos com Deus, em Cristo.

Sempre que for o caso, não deixe de renovar essa Aliança.

Não no sentido de aceitar Cristo de novo. Mas de renovar o compromisso de segui-Lo.

Se for o seu caso, faça isso hoje! 

v.33

Resumo panorâmico quanto a Josias, com relação a esse assunto: tirou as abominações idólatras, obrigou o povo a seguir a Deus e enquanto viveu, o povo não se desviou.

Esse relato da destruição das abominações pode parecer repetição dos v. 3-7 (já falei).

Mas aquilo tinha sido 6 anos antes, qundo Josias tinha 20 anos. Agora estava com 26.

O v.33 deve se referir a um aprofundamento da limpeza espiritual que Josias fizera.

Na passagem paralela de 2Re 23, as providências foram descritas com muitos detalhes e colocadas após a renovação da aliança com Deus.

Lendo apenas algumas partes, 2Re 23.4-5, 7, 10

Vejam a que ponto o pecado havia levado o povo de Deus:

* Postes-ídolos e prostituição cultual dentro do Templo

* Adoração ao Sol, à lua e às estrelas, como os pagãos

* Ofertas dos próprios filhos, que matavam, queimavam e ofereciam a Moloque. 

Importante: não chegaram a esse ponto de um dia para o outro.

Foi um afastamento gradual, mal percebendo o tamanho que já estava o desvio.

Não pense que o fato de você ser salvo em Cristo evitará que você se afaste muito de Deus. O pecado é traiçoeiro como uma serpente e pode lhe levar para muito longe.

E geralmente aos poucos, impedindo que você perceba o quanto está ficando distante.

Quando se dá conta, abre os olhos, olha para os lados e só vê penumbra, num estado tenebroso e você se sente só, angustiosamente só e percebendo que tem adicionado pecado sobre pecado. Agora está muito longe de Deus.

Você entristeceu o Espírito Santo. O seu coração está cheio de um vazio terrível.

Você quer Deus. O que fazer?

O último versículo descreve a ação purificadora de Josias:

2Re 23.20: matou todos os sacerdotes dos altos (idólatras).

Mate o pecado, destrua. Renove a aliança com Deus e volte para os braços de Cristo. 

Voltando a 2Cr 34, o v.33 diz ainda:

a todos quantos se acharam em Israel, os obrigou a que servissem ao Senhor

Pode parecer mau gosto tê-los obrigado, já que adoração a Deus deve ser espontânea.

Mas não é tão simples assim.

Josias era rei sobre um povo espiritualmente imaturo, irresponsável, influenciável. Uma pressão forte traria muito mais benefício do que malefício.

Suponha um judeu servindo a Deus forçado (no Templo, oferecendo sacrifícios etc).

Ele colheria pelo menos 3 consequências positivas:

1) Poderia vir a se influenciar pela Palavra de Deus e se converter

2) Poderia servir de exemplo positivo e influenciar outros a servirem a Deus

3) Não estaria sacrificando nos altos aos ídolos (ruim para ele e mau exemplo aos outros). 

Não estou fazendo defesa de adoração a Deus feita de maneira forçada.

Mas, conforme o caso e em certas situações, alguma pressão pode ser benéfica. Exemplos: 1) Filho criança. Um grande problema para os pais é definir o limite onde obriga e não obriga. Um certo grau de pressão se faz necessário.

2) Crente fraco, imaturo, instável. É benéfico um irmão mais forte forçar um pouco.

3) Até mesmo crentes estáveis e maduros, ao enfrentarem problemas, forçam a si mesmos a certas atitudes ou atividades, sabendo que será uma ajuda no retorno. 

Resultado das providências de Josias:

Enquanto ele viveu, não se desviaram de seguir o Senhor, Deus de seus pais.

Talvez não haja maior elogio a um líder crente, do que este.

Aliás, no currículo de um pastor, a principal informação não deveria ser idade, escolaridade, formação, particularidades sobre a personalidade, família - por mais importante que sejam.

Mas o PRINCIPAL é: nas igrejas que pastoreou, enquanto lá esteve, manteve o povo firme nos caminhos de Deus?

Ou introduziu doutrinas e ensinos estranhos à Palavra de Deus?

Feliz do obreiro de Deus que recebe como resumo de ministério, o mesmo de Josias. 

Que Deus nos abençoe. Amém

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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