Mc 14.60-65 Mt 27.11-14 Mt 27.27-44 Lc 23.6-11 minutos 02/04/2017
Mauro Clark
QUASE MUDO
Série AGINDO COMO JESUS: ênfase não nos ensinos e doutrinas, mas na atitude, no comportamento dEle, para imitá-Lo em situações semelhantes.
Na madrugada e durante a manhã da Sua morte, Jesus enfrentou as piores afrontas da vida: agredido de várias formas, profundamente humilhado, alvo de cruéis deboches.
Como reagiu?
Em poucas vezes, falou de modo breve e o mínimo necessário. O restante, calado.
* Com Caifás: Mc 14.60-62. Primeiro não respondeu. Depois responde com uma frase.
* Com pessoas que cuspiram nEle e guardas que O esbofetearam: Mc 14.65: mudo.
* Com Pilatos: resposta de 3 palavras e depois calou-se: Mt 27.11,13-14
* Acusado pelos sacerdotes e anciãos, mudo: Mt 27.12
* Com Herodes Antipas: Lc 23.6-11 - nenhuma palavra
* Com soldados romanos, após Pilatos: Mt 27.27-31: nenhuma palavra
* Na cruz: Mt 27.35-44: perante acusações e blasfêmias: nenhuma palavra
Lição valiosa sobre modo de você reagir a acusações falsas, calúnias, agressões morais na sua presença.
Geralmente a nossa reação é raivosa, exigindo reparação e brandindo pelos direitos.
E se nos perguntarem, estamos cheios de explicação:
“É para limpar a minha honra. É para preservar o meu nome e dos meus filhos. É para manter limpo o meu testemunho de Cristo”.
Bonita resposta e pode ser sincera. Mas, e Ele próprio, Cristo, agiu assim?
Reação explosiva e irada é errada e mostra orgulho ferido, vaidade contrariada.
Olhando para o exemplo de Cristo, como deveremos reagir? Duas atitudes:
1. Falar sobre a nossa pessoa, posições, etc., mas de maneira objetiva, sem repetições, sem afetações, sem gritos.
Geralmente quem agride sabe quem o outro é e não está interessado em explicações.
2) Depois de falar o pouco que deve, aguentar calado. Deixa que gritem, acusem, mintam.
Essa forma de reagir (falar pouco, serenamente, e depois calar) é aplicar o princípio de Cristo dar a outra face.
Aliás, no julgamento, quando um guarda O esbofeteou, Ele agiu assim: Jo 18.22-23
Falou um pouco, deixou claro que não concordou que tivesse dado motivos àquela agressão, depois calou-se. Não tinha mais nada a falar.
Ao perguntar "Por que me feres?" deixou exposta a brutalidade do guarda, mas ao mesmo tempo não o agrediu.
E ao ser gentil com alguém tão bruto, é como se Jesus tivesse dado a outra face, arriscando a qualquer momento a sofrer uma 2o. agressão.
Da próxima vez em que for moralmente agredido, fale pouco, depois cale e sofra as consequências, sem impropérios, ameaças e sem ferver de ódio no coração.
O coração de Cristo era cheio de amor e perdão.
Que Deus nos ajude nessa maneira tão sábia, tão nobre, mas tão difícil, de agir. Amém