Ex 33.1-3 29 minutos 23/05/2021
Mauro Clark
v.1
Continuando o diálogo, Deus manda Moisés continuar a jornada para Canaã, a terra que jurou dar a Abraão, Isaque e Jacó (uma promessa incondicional).
Era como se Deus estivesse querendo afirmar a Sua fidelidade: “Se Eu prometí, darei.”
Algumas promessas de Deus para nós são condicionais: paz, alegria.
Outras são incondicionais: preservação da fé, salvação, arrebatamento, coisas futuras.
Muitos crentes sofrem porque confundem e pensam que podem perder a salvação.
O céu é nosso, de qualquer forma. Ele prometeu e vai cumprir.
v.2-3
Uma notícia ruim e uma boa.
Ruim: Deus pessoalmente não iria mais, como antes.
Inclusive isso talvez explique o silêncio sobre a construção do Tabernáculo (cujos detalhes tomaram 7 capítulos de Êxodo (25-31)!
Se Deus não iria mais com Ele, para que o Tabernáculo, onde Deus se faria presente no Santo dos Santos?
Mas há um aspecto meio contraditório da ausência de Deus: a proteção do povo, pois, com a rebeldia típica, terminariam sendo consumidos por Deus.
Claro que o ideal seria que fossem mais fiéis e dessem a Deus prazer de estar com eles.
Qual a diferença entre Deus estar ou não com o povo, se Ele é onipresente e onisciente?
A proximidade da presença pessoal de Deus exige mais do homem.
Moisés teve que tirar a sandália no Monte Sinai. Com Deus ali, o lugar tornou-se santo.
Então, a presença pessoal de Deus no meio do povo, exigiria muito mais deles.
Boa: O povo não iria só. Deus mandaria um anjo comum (32.34). Não mais o Anjo do Senhor. Mesmo assim o anjo providenciaria para que o povo fosse vitorioso na conquista.
Interessante como, agindo assim, Deus deu certa “liberdade” para eles:
“Querem ser rebeldes? Então vão só. Eu garanto apenas proteção física, porque já prometi dar a terra aos patriarcas. Mandarei um anjo para garantir isso. Mas eu, pessoalmente, não estarei com vocês. Não terei prazer em estar com vocês.”
Quase que ouvimos Ele completar: “Que pena, pois eu gostaria de acompanhar vocês bem de perto nessa jornada tão cara ao meu coração.”
Deus nos dá certa liberdade de escolhermos se queremos ou não a companhia dEle em nosso caminhar, dependendo da nossa atitude com o Espírito Santo.
Se formos fiéis, Ele estará bem perto de nós, extremamente ativo.
Se não, Ele ficará entristecido e se afastará. Não terá prazer em nós.
Ainda habitará, ainda nos protegerá do inimigo, nos garantirá salvação, mas sem prazer. Mesmo assim, honrará a Nova Aliança que fez com Cristo.
Agora, se quisermos que Deus fique perto, tratemos de estar atentos.
Nossa responsabilidade de honrá-Lo e ser fiéis aumenta à medida que Ele se aproxima.
Vemos esse princípio na frase de Cristo: Mas àquele a quem muito foi dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão. Lc 12.48b
Que Deus nos abençoe! Amém