PREGAÇÃO

Um novo homem... todo dia! (Série COLOSSENSES 20 de 30)

Cl 3.10-11      62 minutos      16/07/2017         

Mauro Clark


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Terminamos a pregação passada com a figura das vestes: nos despimos do velho homem e nos revestimos do novo homem.

Falamos que precisamos deixar de lado a roupa de escravos e andar com a roupa digna de filhos do Rei: justiça, retidão.

Comentamos que do v. 10 em diante Paulo iria falar sobre o novo homem.

É isso o que veremos hoje, satisfeitos por termos à frente tema tão agradável, em contraste com o tema passado, obras da carne, pecado que nos envergonham, etc.

Hoje veremos duas informações valiosíssimas sobre o salvo e na próxima pregação, características do novo homem - em contraste àquelas características do velho homem, que vimos semana passada.

 

v.10

Já explicamos que “novo homem” é a nova criatura, criado segundo Cristo, filho de Deus. Em suma, um salvo, um crente.

 

... que se refaz para o pleno conhecimento...

refazer: “tornar-se novo, com a implicação de ter se tornado superior” Louw-Nida

NVI: ... o qual está sendo renovado em conhecimento...

 

A primeira coisa que aprendemos aqui é que o novo homem não é estático, parado, apenas evitando pecar enquanto aguarda o dia de ir para o céu.

Do dia da conversão até a partida para o céu, ele tem toda uma caminhada pela frente, um caminho de crescimento, de progesso, de amadurecimento.

E é uma experiência tão forte, que é como se fosse tornando novo todo dia.

 

Interessante: isso é coerente com a idéia da conversão como um novo nascimento.

Do jeito que bebê se desvolve e amadurece, o crente também.

Um crente estagnado é tão anormal quanto uma criança de 4 anos que não anda.
Como está você? Uma pesquisa com 10 pessoas próximas de você, o que revelaria?

 

Voltando:

E esse “renovar-se”, tem que objetivo? Vir mais aos cultos? Conhecer melhor a Bíblia? Pregar com mais poder?

Mesmo sendo boas todas essas coisas, esse não é o alvo. Mas...

... para o pleno conhecimento...

... para: εις eis: para, em direção a (entre outras).

pleno conhecimento: επιγνωσις epignosis: conhecimento preciso e correto (usado no NT para o conhecimento de coisas éticas e divinas) - Strong.

 

O objetivo dessa renovação constante do novo homem é CONHECIMENTO.

Interessante: Hoje é comum dizer-se que o mais valioso patrimônio humano é conhecimento, informação.

Pois a Bíblia esta dizendo há dois mil anos que o grande objetivo do aperfeiçoamento espiritual do crente é conhecimento!

Quer dizer que a Bíblia está bem afinada com o mundo? Nem tanto.

Concorda conhecimento é fundamental.

Mas discorda radicalmente quanto ao CONTEÚDO do conhecimento.

O conhecimento que o mundo valoriza é das coisas do próprio mundo: descobertas científicas, dados e informações de pessoas e de coisas, etc.

Mas o conhecimento que o novo homem precisa para se renovar é de outra natureza.

Enfim, é conhecimento DE QUE ou DE QUEM?

Nossa passagem não responde diretamente, mas Paulo já havia falado antes:

1.6: da graça de Deus

1.9: da vontade de Deus

1.27: de Cristo no crente, a esperança da glória

1.28: da sabedoria

2.3: de Cristo, como o mistério de Deus

Poderíamos resumir tudo numa palavra: conhecimento da Pessoa de Cristo!

 

E esse conhecimento leva o novo homem a se renovar segundo um padrão claro:

 

... segundo a imagem daquele que o criou

Logo pensamos em Gn 1.26-27

Mas a imagem que o primeiro Adão trouxe de Deus foi estragada pelo pecado.

O segundo Adão, Cristo, traz a imagem de Deus de maneira muito mais forte.

O conhecimento de Cristo e de tudo o que se relaciona a Ele torna o crente cada vez mais parecido com Cristo e assim, transforma-o cada vez à imagem de Deus.

Ef 3.18-19; Fp 3.8-10; 2Pe 1.3-4

 

O fato do aumento no conhecimento de Cristo tornar o crente mais parecido com Ele, tem três implicações fantásticas:

1. O conhecimento de Cristo não é apenas um conhecimento a nível mental de alguns dados sobre a Pessoa dEle. Mas nos leva a alinhar todo o nosso comportamento, todo o nosso SER na direção dEle!
Imaginem o impacto que isso terá sobre nós mesmos e sobre os que nos rodeiam.

 

2. O conhecimento maior de Cristo vai automaticamente gerar um crente mais ativo (na igreja e na vida cristã), mais sedento da Palavra, mais dependente da oração, em suma, um crente mais maduro em todas as áreas da vida.

 

3. À medida que o crente conhece mais a Cristo, não apenas O louvará mais, pessoalmente, mas, através da sua própria semelhança com Cristo, fará com que as pessoas, por seu intermédio, também O louvem mais.
Quer que Cristo seja mais louvado na Terra? Conheça-O mais e, assim seja cada vez mais transformado à imagem dEle!

 

v.11

A 2ª. coisa que aprendemos do novo homem é que todos são iguais perante Cristo.

Paulo coloca quatro pares de contrastes, cada um bem significativo.

 

1) grego x judeu, ou seja, raça.

No cristianismo não há raça. Todos são chamados à fé.

E uma vez salvos em Cristo, deve desaparecer diferenças raciais.

Ridículo: igrejas só de negros, ou só de brancos.

 

2) circuncisão x incircuncisão: práticas religiosas

Circunciso: judeu, obediente à lei de Moisés. Incircunciso: pagão, talvez idólatra.

Esse contraste pouco representa para nós, hoje, mas na época era muito forte.

Imagine um um muçulmano, um budista e um católico.

Se todos eles se converterem a Cristo, ficarão na mesma posição perante Deus.

Não importa o que fizeram ou deixaram de fazer em sua religião, se certo ou errado, se bíblico ou anti-bíblico.

Uma vez convertidos, estão nivelados. São apenas “novo homem”.

 

3) bárbaro x cita: cultura.

Bárbaro: nome para distinguir da cultura civilizada greco-romana.

Entre os bárbaros, os citas eram tidos como extremamente rudes e atrasados.

Ou seja, a cultura não é barreira no cristianismo.

Cultos e pouco letrados crentes devem conviver perfeitamente bem.

 

4) escravo x livre:  situação social.

Não temos escravatura hoje, mas podemos extender para grupos de constraste sociais: patrão/empregado; dominadores/dominados; rico/pobre.

No cristiansmo não há lugar para essas barreiras.

 

Observação importante: à parte da prática religiosa, a conversão em si não elimina a condição de cada um: o brasileiro continua brasileiro, o americano, etc.; o rico pode continuar rico e o pobre continuar pobre; o culto continua culto e o inculto pode continuar assim. Mas essas diferenças não mais provocam distanciamento. A conversão elimina esse distanciamento.

 

Cristo é tudo em todos

tudo: Para ser tudo em todos, Ele precisa ser tudo em cada um, individualmente.

Pergunto: Ele é tudo em VOCÊ? Ele é o seu Senhor absoluto?

 

em todos: entre os crentes, não deve haver um só que não esteja totalmente debaixo do jugo de Cristo.

 

O fato de Cristo ser tudo para o crente é algo tão forte, que as outras condições (raciais, sociais, etc) ficam sem efeito.

 

Grças a Deus pelo “novo homem” que somos.

E que Ele nos ajude no desafio de nos tornarmos cada vez mais parecidos com Cristo.

Graças a Deus por termos irmãos em Cristo, tão diferentes de nós, mas com quem temos vínculo tão forte e tão gostoso.

 

E você, que ainda resiste a Cristo, que tal permitir que Ele seja também TUDO  em você?

Que Deus nos abençoe. Amém 

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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