At 2.47b 53 minutos 19/03/2023
Mauro Clark
... acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos
O assunto aqui é crescimento numérico. Três características desse crescimento.
1a característica do crescimento: É determinado por Deus em Sua plena soberania.
Deus é soberano sobre todas as coisas:
No Universo:
Sl 135.6: Tudo quanto aprouve ao Senhor, ele o fez, nos céus e na terra,
1Cr 29.12 Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força.
Na existência humana e de seres celestiais:
Dn 4.35: Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?
Na mente humana:
Pv 21.1: Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do Senhor; este, segundo o seu querer, o inclina.
Destaco três áreas bem específicas:
* Na eleição: Rm 9. 11-13
A Bíblia não dá pista sobre o critério de Deus para eleger uns e não eleger outros.
Por que eu e não o meu pai ou meu filho? Não sabemos.
Isso é tão desconcertante para o homem que surgiu a heresia Arminiana: com base na morte de Cristo, Deus dá uma graça geral a toda pessoa e cada um decide se quer ser salvo ou não.
Mas não é assim. Deus considera elementos humanos na salvação mas a decisão é dEle.
Desconcertante ou não, esse é o ensino da Bíblia. A eleição é prerrogativa divina.
*No controle dos corações: Rm 9.14-18
Deus não apenas amolece os corações dos Seus eleitos, mas endurece os corações dos não eleitos. Isso é dificílimo de aceitar. Mas é a verdade!
Ao mesmo tempo, cada ser humano é responsável por rejeitar a salvação. Como pode? Não sabemos. Mas é o que Deus diz nas Escrituras.
*Na conversão de almas: At 2.47b (nosso texto)
Em lugar nenhum a Bíblia manda que o crente converta almas. Isso não é tarefa dele.
A obrigação do crente é pregar o Evangelho e fazer discípulos, conforme Cristo mandou: Mc 16.15; Mt 28.19-20.
O resultado é totalmente com Deus. Foi exatamente isso o que ocorreu em Jerusalém.
Em nossa igreja, cada alma ganha foi decisão pessoal de Deus. Não nossa.
A nossa participação foi convidar as pessoas e orar por elas. (Fora as que vieram sem nosso convite!)
Cada convidado que entra aqui não temos a menor ideia se vai ou não se converter.
Alguns “chegam perto”, mas não se convertem.
Outros parecem tão longe e de repente se convertem.
Como funciona isso? Não sabemos. É decisão de Deus.
E em que taxa Deus nos dará conversões? 10% ao ano; 20%, 100%?
Não sabemos e nem temos qualquer controle sobre esses dados.
Em suma: o crescimento numérico da igreja não é determinado pelos líderes ou membros, com alvos numéricos, em decisões de diretoria ou sessões. É decisão de Deus!
CRUCIAL: o fato do crescimento vir de Deus não implica que Ele age à parte dos crentes.
Deus conta com o nosso esforço para pregar o Evangelho e ganhar mais convertidos.
Paulo se esforçava nisso, movido por genuína compaixão pelas almas perdidas dos judeus: 1Co 9.19, 22.
Em suma: de maneira misteriosa, Deus, sem abrir mão da Sua soberania, leva em conta o trabalho da igreja em prol do próprio crescimento numérico.
Passagem valiosa que mostra lado a lado os fatores divino e humano: 1Co 3.6-7
2a característica do crescimento: … dia a dia…: era continuo!
Se o trabalho de uma igreja é bom, Deus normalmente não para de dar crescimento.
Pode mudar as taxas, mas de modo geral o crescimento que Ele dará é contínuo.
Nunca devemos desanimar – nem quando parece que ninguém se converte há 1 ano!
3a característica do crescimento: Era um acréscimo dos ... que iam sendo salvos.
Não era acréscimo de convidados, ou de pessoas religiosas, ou de simpatizantes do Evangelho, mas de novos convertidos a Cristo!
A você, que nos visita hoje, pela 1a. ou pela 10a. vez, queremos ser bem francos: o nosso interesse em você é ganhar a sua alma para Cristo.
Você sempre será bem vindo, é um prazer recebê-lo, pode frequentar por anos a fio, mas sinceramente, só vamos mesmo ficar totalmente satisfeito quando lhe vermos convertido, parte do rebanho cujo maravilhoso Pastor é o próprio Jesus Cristo.
E por que desejamos tanto a sua conversão?
* Porque queremos uma igreja bem grande e você será mais um para somar. Certo? Não!
* Porque queremos uma igreja forte financeiramente e seu dízimo vai ajudar. Certo? Não!
* É porque sabemos o que é ser perdido, sem Cristo, angustiado, sem rumo.
Por outro lado, sabemos o que é ter sido perdoado e salvo.
Conhecemos os dois lados da moeda. Um lado é terrível e o outro é magnífico.
E estamos ansiosos para que você mude de lado!
Conclusão disso tudo: Cristo se compraz em acrescentar salvos a uma igreja saudável.
Aliás, isso é lógico! Se Cristo mandou que os crentes pregassem sem parar, é natural que o plano dEle seja honrar a pregação dando conversão de almas.
Certo que não podemos afirmar que uma igreja obrigatoriamente crescerá e que se um trabalho não cresce é porque algo está errado, pecado, etc.
Deus é soberano e pode fazer com que certo trabalho não progrida. Mas não é a regra!
A regra é conforme vimos em Jerusalém: uma igreja que prega a doutrina, pratica o amor, ora, serve, trabalha, deverá crescer. Pouco que seja. Mas deverá crescer.
Que Deus nos abençoe a todos.
A nós, que fazemos a igreja, permitindo que o nosso trabalho e o nosso amor pelos não salvos, O agrade e O leve a acrescentar à igreja, dia a dia, os que vão sendo salvos.
E a você, que ainda não se rendeu a Cristo, lhe dando o privilégio de ser incluído nesse grupo maravilhoso dos salvos.
Peça a Ele para estar nesse grupo... e entre!
Amém