PREGAÇÃO

Dúvida fatal

2Rs 7      52 minutos      30/11/2014         

Mauro Clark


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(Como o texto é muito longo, sugerimos acompanhar diretamente na sua Bíblia).
Época: 860 aC. Exército da Síria cercou Samaria, que sofreu com grande fome.

Resultado: mães devorando filhos; rei Jorão rasgando vestes, culpando Eliseu e mandando matá-lo, etc.

 

v.1-2

Samaria sitiada, fome extrema e o profeta Eliseu tem a ousadia de afirmar que dentro de 24 horas haveria comida em tal abundância que farinha e ceveda seria barato (para o contexto de fome).

Isso era algo simplesmente absurdo, impossível aos olhos humanos.

Mesmo que passasse a noite inteira chuvendo, haveria muita água, mas não comida!

 

O capitão ajudante do rei duvida.

Note que ele não duvida que Deus agiria, mas mesmo se Deus quisesse, não poderia.

Questionou o poder de Deus em fazer o que quisesse: agressão gravíssima contra o Deus de Israel.

 

É comum pessoas dizerem “Esse problema nem Jesus Cristo resolve.”

Isso é extremamente ofensivo a Cristo e a Deus.

Nunca fale assim. Não subestime o poder de Deus.

Não há impossível para Deus: Mt.19.23-26

 

* Se seu casamento está péssimo, não pense “nem Deus resolve.”  Entregue o problema a Ele, faça o que está ao seu alcance e veja o que Ele fará!

 

* Se você tem a mente suja, várias vezes tentou torná-la mais limpa, mas não conseguiu, não pense “nem Deus resolve.” Entregue ao Espírito Santo e Ele vai purificá-la. Não de uma dia para o outro (embora possa fazer isso), mas aos poucos num processo ao ritmo dEle.

 

* Se você é pecador inveterado e alguém lhe fala de salvação, não pense que o seu estado é tão miserável que nem Cristo poderá salvá-lo. Peça a Ele, confie e Ele vai salvá-lo, sim.

 

Voltando, Eliseu reage com uma frase:

Eis que tu o verás com os teus olhos, porém disso não comerás

Interessante: deixa no ar o motivo pelo qual não vai comer: Estaria sem fome? Teria viajado? O rei iria proibir?

Deixemos a pergunta no ar e vamos a outra história dentro da história.

 

v.3-4

Dentro do terrível contexto deles, os leprosos até que foram sensatos: resolveram conscientemente correr altíssimo risco, pois compreenderam que não tinham muito a perder. E talvez fosse poupados por caridade.

O fato de serem leprosos contribuiu para lhes dar coragem e incentivá-los a ir.

Se foi o caso, naquela situação o ponto fraco tornou-se o ponto forte.

 

Não desprezemos nossas crises e momentos de dificuldade.

Elas nos fazem mais destemidos, mais ousados.

E quantas vezes por causa dessa ousadia terminamos por conseguir coisas que jamais teríamos tentado se estivesse tudo bem.

Um judeu de boa saúde jamais teria pensado em ir até o acampamento inimigo.

 

v.5-8

História diferente, fantástica: um exército inteiro abandonar tudo por causa de ruídos!

Incrível que não fugiram nos cavalos. Talvez para não fazerem barulho.

Fico pensando na euforia dos leprosos.

Imagine-se com sede, fome e maltrapilho no Iguatemi, abandonado, à sua disposição.

Fizeram a festa: comeram, beberam e levaram o que quiseram.

 

Ler v.9

A consciência bateu e resolveram contar ao rei. Por dois motivos:

1. Era um dia especial de boa notícia, de salvação física para o povo faminto.

E eles compreenderam que não era correto usufruir os benefícios só para si.
Aqueles homens, leprosos e desprezados, que tinham tudo para ser amargos e invejosos, sentiram vontade de compartilhar com os outros a boa notícia.

Essa expressão “boa notícia” lhe lembra algo? Boas novas, o Evangelho!
Você, crente, também descobriu uma boa notícia.

Chegou ao pé de uma cruz, melada de sangue e vazia. Quem estivera lá havia morrido, ressuscitado e voltara para o céu. Não com medo de ninguém, mas para reassumir a Sua glória.
E agora aquela cruz estava ali, lhe convidado a usufruir de todo o benefício que o Senhor Jesus Cristo adquiriu enquanto estava nela: a salvação.

Bastava que você cresse no poder daquele sangue. E você creu, foi salvo e se banqueteou espiritualmente, feliz.
Mas espere! E os outros? Os outros? Não estão sabendo. É preciso avisá-los! É dia de boa nova! Você está fazendo isso?
Seu coração sente vontade de transmitir? Não é bom sinal se não sente.

2. Quando descobrissem, seriam considerados culpados por não terem avisado.
Pois é isso o que ocorrerá com o crente que não se apressar para falar da boa nova. Deus o considerará culpado: Ez 3.18-19; 1Co 9.16

 

v.10-12

Reação do rei: “Esta história está muito bonita. Só pode ser uma armadilha”.

Em termos militares, estava certo: foi desconfiado e prudente

Só que havia um detalhe: a profecia de Eliseu!

Deus disse que haveria abundância de comida no dia seguinte e para isso acontecer algo fantástico teria que ocorrer.

Se o rei houvesse dado a mínima atenção para as palavras do profeta, teria visto de imediato a mão de Deus. E teria caído de joelhos agradecendo de antemão.

Mas era duro de coração. Simplesmente desprezou a profecia e agiu de modo normal.

 

Pena que está cheio de rei Jorão por aí. Pessoas que desprezam a pregação das boas novas no Evangelho.

Acham a história boa demais para ser verdade. “Ser salvo sem fazer nada? Conversa!”

De fato a história seria muito esquisita... se não fosse amparada pela Palavra de Deus.

A profecia de Eliseu dava pleno sentido à notícia dos leprosos.

A Bíblia dá todo o sentido à boa notícia do crente.

v.13-16

Resolveram mandar uns soldados examinarem de perto.

Mesmo que fosse armadilha e eles morressem, valia a pena arriscar, pois de qualquer forma, todos em breve morreriam de fome.

A notícia dos leprosos se confirmou: tudo estava abandonado.

O povo todo correu até o arraial e se saciou de comida.

Os que vinham de lá vendiam comida aos que não puderam ir, mas por um preço muito barato para a ocasião, pois havia fartura.

Estava assim cumprida a profecia de Eliseu.

 

Mas, espere, havia uma 2a. profecia a ser cumprida: a de que o tal capitão veria a comida mas não comeria.

 

v.17-20

Falei que Eliseu não disse o motivo pelo qual o capitão não usufruiria da comida.

Agora está claro: morreu. E não uma morte por acaso, enfarte, etc.

Mas relacionada com a profecia: atropelado pelo povo que correu para buscar comida.

 

Amigo, você tem sido duro de coração para crer na espetacular história do Evangelho?
Deus disse que quem cresse pela fé seria salvo.

De fato é fantástico, mas também foi fantástico o que Deus fez em Israel.

Não é boa idéia fazer pouco do que Deus disse.

Não brinque com a Palavra de Deus, não duvide do que Deus diz que fará. O zelo de Deus por Ele próprio é grande demais.

Aceite e usufrua da abundância de uma vida em Cristo.

 

Quanto a você, crente, nunca esqueça da fome, da sede, do desespero que você passou antes de ouvir o Evangelho e aceitar Cristo.

Nunca banalize a fartura de bençãos que Deus lhe dá hoje.

Nunca se acostume a ponto de esquecer de agradecer pela riqueza que você possui hoje como filho de Deus, com a certeza de uma herança eterna, juntamente com Cristo.

 

Que Deus nos abençoe! Amém

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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