v.8-15
Estêvão era um dos diáconos.
Além de “cheio de fé e do Espírito Santo” (v.5) agora “cheio de graça e poder”.
Devia ser um homem extremamente marcante, convincente e espiritual.
prodígios e grandes sinais
O trabalho estava crescendo, os apóstolos não dariam mais conta, outros passaram a ter os mesmos poderes.
A oposição vem forte, especialmente pelos judeus da sinagoga dos Libertos, helenistas.
Entrando em grande discussão, não conseguiam sobrepor-se à sabedoria que o Espírito Santo dava a Estêvão.
Contrataram falsas testemunhas que o acusavam de 5 coisas:
* dizer blasfêmias contra Moisés e contra Deus
* falar contra o lugar santo (Templo)
* falar contra a Lei
* dizer que Jesus destruiria o lugar (Templo)
* dizer que Jesus mudaria os costumes que Moisés deu (Lei)
Duas coisas muito interessantes:
1. As acusações podiam ter algum fundo de verdade, mas cheias de deturpações, que as tornaram falsas.
Claro que Estêvão não blasfemou e nem disse que Jesus iria destruir o Templo.
Mas deve ter mesmo dito que o Templo e a Lei de Moisés ficariam ultrapassados pela vinda, morte e ressurreição de Jesus Cristo, ou seja, a Nova Aliança.
É como se ele estivesse antecipando doutrinas que viriam de Paulo.
2. Eram basicamente as mesmas acusações que haviam feito contra Jesus e futuramente fariam contra Paulo.
Voltando: esse grupo de judeus jogou contra Estêvão as autoridades religiosas e o povo e o levaram ao Sinédrio.
Uma novidade terrível: a entrada do povo nas hostilidades.
Antes eram a favor, tanto que as próprias autoridades religiosas, temendo o povo, tinha medo de tocar nos apóstolos, mas agora estavam contra. Por que? Porque Estêvão falou na questão do Templo e da Lei.
Ditado muito popular, mas totalmente falso: a voz do povo é a voz de Deus.
A voz do povo é não confiável, instável, resultado de cegueira espiritual e pecado.
Estêvão, antes de dizer uma palavra, fica com o rosto brilhando: maneira espetacular de Cristo mostrar que estava presente ali e honrando o Seu servo.
Ao mesmo tempo, era uma experiência profundamente pertubadora para os opositores.
Talvez lembraram de Moisés, que ficava assim quando falava com Deus no Monte Sinai.
Ironicamente Moisés era exatamente de quem eles acusavam Estêvão de falar mal.
7.1: O sumo sacerdote dá a Estêvão a oportunidade de se explicar.
7.2: Estêvão começa um longo discurso, resumindo a história de Israel, começando com a chamada de Abraão.
Lerei v.2-45 e farei apenas algumas observações:
* Estêvão queria mostrar que Jesus era o grande Personagem anunciado por profetas e pelo próprio Moisés.
* Ao falar da revelação de Deus a Abraão em Ur, a Moisés em Midiã e a José, no Egito, fica implícito que Deus não está limitado a Israel, muito menos a um templo.
* Quanto à acusação de que falava contra Moisés, enfatizou a resistência e mesmo a rejeição encontrada exatamente por Moisés (v.25, 35, 39), e também por José (v.9).
* Quanto à acusação de que falava contra o Templo e a Lei, mostra que já no deserto o Tabernáculo estava com eles e mesmo assim idolataram e desobedeceram à Lei.
* Até aqui, onde está Cristo no discurso? Sutilmente no v. 37, citado pelo próprio Moisés!
v. 46-50: Referência clara ao aspecto provisório e precário do Templo, que os chocou!
51-53: conclusão e final.
Agora Estêvão assume ares, ousadia e autoridade de profeta.
Até aqui, apenas narrara a história do povo judeu.
De repente, passa a acusar duramente, não apenas o Sinédrio, mas todo o povo.
E não estava acusando apenas aquela geração, mas os antecedentes (v.51).
Seis acusações:
1. Dura cerviz (teimosia)
2. Incircuncisos de coração e de ouvidos. Apesar de circuncidados fisicamente eram impuros nas convicções e fechados a ouvir a verdade.
3. Resistência ao Espírito Santo
4. Perseguidores e assassinos de profetas.
Mas o que esses profetas disseram que tanto causou o ódio deles?
... anunciavam a vida do Justo: ponto nevrálgico do discurso. (1Jo 2.1; Zc 9.9; Is 9.6-7)
Pois agora esse Justo, tão anunciado, havia chegado. E como eles O trataram?
5. Traíram e mataram o Justo.
6. Desobedientes da Lei (exatamente a Lei de que o acusavam de falar contra).
v.54: Reação das autoridades: ódio puro.
Na próxima semana continuaremos.
Que Deus nos abençoe. Amém