PREGAÇÃO

Jesus ensina sobre o Outro Consolador

Jo 14.16-17      56 minutos      28/04/2013         

Mauro Clark


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Continuando a série sobre os capítulos 14, 15, 16 e 17 de João.

Última pregação:

*Jesus disse que os discípulos fariam obras ainda maiores dos que a que Ele fez

* Para fazermos grandes obras, teríamos de obedecê-Lo

* Mas só consegue obedecê-Lo quem O ama.

* Jesus introduz a Pessoa do Espírito Santo na atuação em benefício dos crentes, e O chama de Outro Consolador (sendo o próprio Jesus o primeiro)

 

Ficamos de ver alguns ensinos de Cristo sobre o Espírito Santo nesses 2 versículos:

 

1) O Espírito Santo seria mandado em SUBSTITUIÇÃO à presença pessoal de Cristo junto aos discípulos.

A “primeira” perda da presença visível do 1o. Consolador seria algo brutal, traumatizante.

A “segunda” vez que os discípulos “perderiam” Jesus (ascenção) seria mais suave, embora também muito sofrida.

Mas além da própria dor da perda, haveria a ausência de instrução, orientação: o que fazer? Como fazer? Quando fazer?

Pois tudo isso seria plenamente suprido com o envio do Outro Consolador.

A presença pessoal, física, de Jesus seria substituída por uma presença íntima, calorosa, reconfortante, tão real quanto a presença de Cristo ao lado deles.

E o ensino, a orientação que o Espírito Santo daria seria também tão real quanto a de Jesus ao lado. (Falarei mais sobre isso em outra pregação).

 

Conseqüência prática: é lícito suspirarmos sentindo falta de presença de Cristo ao nosso lado, como era com os discípulos.

Mas se esse suspiro for muito profundo, pode entristecer o Espírito Santo, que veio exatamente suprir a falta da presença de Cristo em nós.

Sugiro algo como: “Ah, meu Pai celeste, como seria bom ter o próprio Jesus ao meu lado, como Pedro e os outros tiveram. Mas sei que Ele está me esperando no céu e sou extremamente grato por esse Espírito maravilhoso que falou de Cristo para mim e me orienta.”

 

2) O Espírito Santo viria para os crentes por pedido direto de Cristo ao Pai.

Cristo atuando claramente como o Paráclito, ou intercessor.

Esse ministério Ele desenvolve atualmente no céu: 1Jo 2.1; Rm 8.34; Hb 7.24-25; 9.24

 

3) O Espírito Santo seria enviado pelo Pai, a pedido do Filho.

Como em Jo 16.7 Jesus diz que Ele próprio enviaria o Espírito Santo, podemos dizer que o Espírito Santo é enviado pelo Pai, mediante pedido do Filho.

 

4) Quando começa a falar do Espírito Santo, Jesus escolhe apenas uma qualificação para Ele: o Espírito da Verdade 

* Semelhança com Cristo, que é a própria Verdade: Jo 14.6

* Oposto ao diabo, que é o pai da mentira: Jo 8.44

Influências enganosas e mentirosas estão ao seu redor, impossível de distinguir.

É óbvio que essas influências são altamente prejudiciais, nos arrastam para baixo.

Mesmo que o crente queira FUGIR desses perigos, é muito difícil.

Pois a maneira mais segura é estar profundamente influenciado pelo Espírito Santo.

 

5) No mundo há 2 grupos que se relacionam com o Espírito Santo de modo oposto:

Primeiro grupo: o mundo - os que não são de Cristo, incrédulos.

Relação com o Espírito Santo: INEXISTENTE.

Não podem recebê-Lo, porque não O vêem, não O conhecem, não O percebem.

Note que aqui estão incluídas pessoas que acreditam em Deus, são religiosas, etc., mas não têm conhecimento pessoal de Deus.

Conhecem a Deus de modo IMPERFEITO.

 

Se pedirmos um índio vendado para segurar um celular e descrevê-lo, que disparates!

Quem se atrever a falar de Deus sem receber o Espírito Santo, dirá disparates.

 

Segundo grupo: vós = discípulos de Cristo.

Relacionamento com o Espírito Santo: conhecem-no.

Não de ouvir falar, mas de MANEIRA ÍNTIMA, descrita de duas maneiras:

 

a) habita convosco

habita: mesma raiz de morada no v.2: “o Espírito Santo FAZ MORADA em vós”.

Por que Jesus usou o tempo presente?

OU não utilizou o termo no sentido de habitação definitiva (na época em que falava) OU não dá muita importância ao aspecto de tempo e considera como se já houvesse ocorrido.

 

b) estará em vós: aqui fica mais claro algo que acontecerá no futuro.

No dia de Pentecostes, 50 dias depois daquela fatídica noite, os crentes se tornariam HABITAÇÃO DEFINITIVA do Espírito Santo.

Na 1a. expressão, a ênfase é na COMPANHIA do Espírito Santo (no meio de vós).

Na 2ª, é na COMUNHÃO ÍNTIMA que Ele teria com o discípulo de Cristo (em vós).

 

O que significa exatamente o Espírito Santo habitar conosco, não sabemos.

São realidades acima da nossa experiência de vida.

Mas para Jesus era tão natural o Espírito Santo estar em nós quanto Ele próprio, Jesus, estar no meio de nós fisicamente.

Devemos fazer dessas verdades algo comum em nosso dia a dia, nos habituar com elas, nos encher delas, para usufruirmos o máximo na prática.

 

6) O Espírito Santo estaria PARA SEMPRE com os discípulos de Cristo.

A vinda do Espírito Santo sobre um convertido é definitiva, irreversível.

Aliás, é a própria segurança da salvação da pessoa, como um SELO: Ef 1.13

Os decretos dos reis eram marcados com selo real: ninguém poderia alterar.

 

Irmãos, que tantos ensinos maravilhosos sobre o Deus triuno seja edificante e útil às nossas almas.

E você, amigo, desista de querer conhecer a Deus por si só e decida pedir ao Espírito Santo que lhe ensine!

Que Deus nos abençoe a todos. Amém.

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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