O profeta: não se sabe nada.
Local e data: Judá, talvez logo após invasão de Judá por Nabucodonosor em 586 aC.
Resumo geral: CONDENAÇÃO DE EDOM e RESTAURAÇÃO DE ISRAEL.
Edom: - nome alternativo de Esaú, gêmeo de Jacó.
- povo descendente de Esaú
- lugar onde habitavam
v.1-2:
Dá o tom do livro: profecia contra Edom, que foi feito pequeno por Deus e desprezado pelo próprio Deus e por todos.
Não adianta alguém se fazer grande, se Deus o faz pequeno. esse alguém um dia será desprezado!
E vice-versa: se alguém se faz pequeno, mas Deus o faz grande, ele será grande! É Deus quem determina!
v.3-4
O real motivo da queda de Edom era referente a atitude: soberba do coração.
Moravam em lugares altos e se julgavam inatingíveis.
Interessante como Deus responde à pergunta de Edom: EU de lá te derrubarei.
E derrubar de onde, dos montes altos? Não, das estrelas (se conseguissem chegar lá!!!).
Quantas pessoas se julgam inatingíveis, protegidos pelo dinheiro, posições, cultura, ou por um tolo orgulho.
Pois mesmo que se tornem ainda mais ricos, mais poderosos, mais famosos, Deus os derrubará de lá. E muitos já caíram!
O autor passa da causa para a descrição em si da queda.
v.5-9
Descrição do trágico destino de Edom.
Será muito pior do que um assalto comum.
Não ficará nada, nem mesmo os tesouros escondidos.
Os próprios aliados se voltarão contra Edom, que na hora da angústia não gozará do apoio de ninguém.
Até os sábios de Edom serão impedidos de enxergar a aproximação do perigo.
Volta a falar da causa da punição, agora externa: crueldade exacerbada.
v.10-14
Violência com o irmão Judá (parentesco entre Jacó e Esaú).
Exterminado para sempre.
Os edomitas de fato desapareceram lentamente:
* Em aprox. 450 aC: invadidos por árabes
* Em aprox. 250 aC: invadidos pelos Nabateanos; perderam identidade como nação. Fgiram para a Iduméia.
* Em aprox. 120 aC: dominados por Judas Hircano, obrigados a se circuncidarem, e a adotar judaísmo
* Após destruição de Jerusalém em 70 dC, os idumeus desapareceram da história.
Descrição do que não deveriam ter feito com Judá, quando foi destruido pela Babilônia:
* Saqueado Jerusalém
* Tido prazer na miséria do “irmão”
* Se alegrado em ver o sofrimento de Judá
* Falado de boca cheia, se gabado (V. Corrig: alargado a boca)
* Entrado pela porta: invadido para saquear
* Olhado com prazer para o seu mal
* Lançado mãos dos seus bens (aproveitando-se da fraqueza)
* Assassinado os fugitivos (nem estavam em guerra contra eles!)
* Entregue alguns aos inimigos (babilônios)
Duas observações:
1. Poder e sensibilidade de Deus em identificar e se irar contras maus sentimentos.
2. Ênfase na angústia de Judá, com oitos repetições: dia da sua calamidade, ruina, angústia.
O gráu de sofrimento dos judeus contrasta com o grau da perversidade dos edomitas.
Que lição! Nunca se deve alegrar pelo sofrimento de alguém, mesmo o pior inimigo.
Quanto mais agir para PIORAR o sofrimento.
Se o livro terminasse aqui, seria estranho: Israel e Edom destruídos: mesmo destino.
Mas não seria assim.
Os edomitas de fato seriam totoalmente aniquilados.
Mas Israel voltaria à sua terra, seria poderoso e utilizado por Deus para castigar os inimigos.
v.15-21
como tu fizeste, assim se fará contigo: Deus é vingador dos seus.
É natural a impaciência de sermos vingados : até quando senhor? Ap
Mas nunca acusemos Deus de não nos vingar. Um dia Ele o fará!
21b: ...e o reino será do Senhor
Depois de falar de uma ocasião na história, de profecia, de escatologia, tudo muito complexo, Obadias termina garantindo que tudo terminará nas mãos do Senhor, reinando.
Por mais complicada que seja a nossa vida e difícil de entender, é maravilhoso saber que, no fim, O REINO SERÁ DO SENHOR!
Que Deus nos abençoe. Amém