Servo sofredor e Salvador sublime - 2/3 1a. parte

 1 Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR? 2 Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. 3 Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. 4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.
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Conforme falei na mensagem passada, sobre o final do cap.52, esta é uma das passagens que melhor explicam o propósito da 1a. vinda de Cristo.
Impressionam a profundidade das explicações sobre o ministério dEle.
Após o resumo no final do cap. 52, o profeta entra em mais detalhes no cap.53.
Os v.1-3 tratam da má compreensão da pessoa do Messias.
Os v. 4-6 dão a explicação real do fatos.

v. 1
Quem fez a pergunta? Parece ter sido o próprio Isaias, representando todos os que iriam falar do Messias.
O fato é que:
a) O objeto da pregação era o Messias.
João deixa isso claro: : Jo 12.37-38
Quanto aos pregadores são o próprio Isaias, o próprio Messias, Paulo ou qualquer um que pregue o Evangelho: Rm 10.16-17

b) A pergunta indica que poucas pessoas creriam nEle.
O braço do Senhor seria revelado a gente de coração duro.
braço do Senhor: expressão indicando poder. Cristo mostrou o poder de Deus em ação.
A pregação do Evangelho não é apenas a exposição de uma filosofia de vida. Mas uma PROPOSTA de muito poder na vida de quem ouve.

Você, sem Cristo, já creu na pregação de Jesus Cristo? Já deixou que “o braço do Senhor” lhe arrancasse do império das trevas? (Cl 1.13)

v.2
O Messias aparece perante o Senhor.
Renovo: ramo que nasce de um tronco cortado: frágil, sujeito a desaparecer.
Lembra Is 11.1: o Messias viria da família de Jessé, pai de Davi.
Raiz de uma terra seca: mesma idéia de algo frágil, sem valor, sem futuro.

não tinha aparência nem formosura:
Alguns acham que refere-se aos momentos de maltratos durante o julgamento, como no final do cap. 52. Mas parece referir-se ao aspecto normal dEle. Não era um homem bonito, atraente (como Saul, Davi,  Absalão).

v.3
desprezado e rejeitado: aspecto social do Messias, como foi recebido pelo povo.
Não tinha aquilas coisas que acompanham pessoas famosas: convites, agrados, etc. Era um homem solitário, com seu humilde e pequeno grupo de seguidores. Quando juntava multidões, era para serem curadas ou fazerem dEle Rei e libertador.

homem de dores e que sabe o que é padecer: era um homem sofrido.
Quanto ao sofrimento físico, não temos informações sobre a saúde dEle. Tudo indica que sentiu dores como nós. Sabemos que teve sede, se cansava.
Mas aqui deve se referir principalmente a sofrimento emocional. Ele se condoía ao ver as pessoas sofrerem as conseqüências do pecado. (Ex.: Lázaro). E qualquer sofrimento nEle devia ter mais intensidade, porque não tinha pecado.
Não fizeram caso dEle. Foi desprezado, debocharam dEle, até O mataram.

Interessante: Ele tinha uma beleza de caráter que homem algum jamais teve. Era manso e humilde, puro.Mas essas coisas não são bem percebidas pelos olhos normais. Ainda mais pelos judeus, que esperavam Messias poderoso e cheio de pompa.
Embora reconhecessem que havia algo de uma autoridade moral diferente, não entendiam bem a origem disso.

A maioria continua não fazendo caso dEle, infelizmente. E você, amigo?
Lembre-se: fazer caso dEle não é apenas achá-Lo uma boa pessoa, mas crer na pregação dEle, crer nEle próprio.

4a
Mateus explical claramente essa profecia: Mt 8.17: curou muitoes doentes. Como se tivesse chamado para si o problema das doenças, deixando os enfermos livres.
Isso não significa que Ele livrou todos os crentes de doenças, conforme pensam alguns. Aqui não há aspecto de substituição no sofrimento terreno, como se Ele tivesse sofrido para que os crentes não mais sofressem  aqui na terra. Ele mesmo e outros escritores do NT preveniram que a vida cristã seria com sofrimento.

Tomar sobre si indica que resolveu mostrar o Seu poder sobre as doenças livrando alguns da sua época e de outros esporádicos no futuro.
Ainda 3 aspectos a considerar:
1. Tomar sobre si pode ter o aspecto adicional de sofrer com as doenças e o sofrimento dos outros. Ele se identificava com os pecadores.

2. Ele de fato tomou sobre si, no aspecto de substituição, o pecado dos homens, que é a causa de todo o sofrimento humano.

3. As curas que realizou na 1a. vinda não deixam de apontar para o futuro, quando todos os Seus discípulos estarão livres de sofrimento: Ap 7.16-17

Por motivo de tempo, continuaremos até o v.6 na próxima pregação.

Que Deus nos abençoe. Amém