PREGAÇÃO

Sua parte é encher o pote 1/3 (Série FAÇA A SUA PARTE 1 de 3)

Jo 2.1-12      minutos      28/07/2013         

Mauro Clark


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1 Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, achando-se ali a mãe de Jesus. 2 Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento. 3 Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm mais vinho. 4 Mas Jesus lhe disse: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora. 5 Então, ela falou aos serventes: Fazei tudo o que ele vos disser. 6 Estavam ali seis talhas de pedra, que os judeus usavam para as purificações, e cada uma levava duas ou três metretas. 7 Jesus lhes disse: Enchei de água as talhas. E eles as encheram totalmente. 8 Então, lhes determinou: Tirai agora e levai ao mestre-sala Eles o fizeram. 9 Tendo o mestre-sala provado a água transformada em vinho (não sabendo donde viera, se bem que o sabiam os serventes que haviam tirado a água chamou o noivo 10 e lhe disse: Todos costumam pôr primeiro o bom vinho e, quando já beberam fartamente servem o inferior; tu, porém, guardaste o bom vinho até agora. 11 Com este, deu Jesus princípio a seus sinais em Caná da Galiléia; manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele.
 12 Depois disto, desceu ele para Cafarnaum com sua mãe, seus irmãos e seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias.
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0772 - SUA PARTE É ENCHER O POTE - 1ª parte (*)

 

Jo 2.1-12

 

v.1-4: Cena: casamento de casal pobre (em casa de rico não falta nada!).

Falta vinho: seríssimo em termos socias. As festas de casamento duravam até 7 dias.

Até processo poderiam mover contra o noivo ou o pai.

No mínimo o novo casal seria marcado ou mal falado para o resto da vida.

Eram amigos ou talvez até parentes de Maria.

Talvez Maria tivesse alguma função na festa, pois quis tomar providência e deu ordem.

 

Duas perguntas:

1) Por que Maria disse para Jesus que o vinho faltara?

Pela resposta dEle, parece que ela esperava um milagre, ou algum tipo de providência de tal magnitude que revelaria ser Ele o Messias.

Mas se este foi o primeiro (v.11) como ela sabia que Ele faria milagres?

Talvez Ele próprio tenha dito, embora não deva ter especificado o momento.

 

2) O que sginfica a resposta de Jesus?

Esclarecer logo: “mulher” naquela época, não era desrespeitoso. Ele usou na cruz.

Mesmo assim, não era comum entre filho e mãe.

Ele mostrou que a relação entre eles mudara com o início do Seu ministério, meses antes.

Isso fica ainda mais claro com o restante da frase:

Que tenho eu contigo? Grego: “O que entre eu e ti?”. Indica diferença de interesses.

Espíritos imundos falaram assim com Jesus: Mc 1.24; 5.7

 

Como se dissesse: “Nossa relação mudou, os interesses são diferentes. Mais importante do que ser o filho de Maria, é a missão, como Filho do Homem, que recebi do Pai celeste”

Logo no início do ministério, Jesus deixa claro para a sua mãe (e por extensão para irmãos, parentes e amigos presentes à festa) que não eles não deveriam se aproveitar dos Seus poderes para realizar desejos e necessidades pessoais.

Isso era muito forte para Maria: é como se ela estivesse perdendo uma parte do filho.

 

Ainda não é chegada a minha hora

Que hora? Alguns acham que hora de começar os milagres. Outros: morte na cruz.

Mais provável: a hora de Ele se apresentar e atuar como o Messias.

 

v.5: Interessante: fica-se com a idéia de que Jesus não iria fazer nada.

Mas Maria entendeu o contrário: talvez um jesto dEle, uma palavra tipo “mas”.

O fato é que ela estava certa. E manda os serventes obedecerem a Jesus.

Também não sabemos porque ela achou que Ele iria se utilizar de serventes para realizar o milagre. E novamente estava certa.

 

v.6-10: Jesus manda encherem 6 potes (talha, vaso grande) com cerca de 100 litros cada.

As potes eram usadas para purificação (lavagem de mãos e de objetos).

Faziam parte do sistema sacrifical dos judeus (lei de Moisés).

Eles obedecem. E Jesus transforma a água em vinho. E de primeira qualidade!

E assim deu ao casal de noivos um presente valiosíssimo: livrou-os da profunda vergonha e das péssimas consequências de faltar vinho na festa de casamento.

 

Jesus manda levarem o vinho ao mestre-sala, que o acha excelente e diz para o noivo que era melhor que o primeiro.

Os milagres de Jesus eram feitos de forma completa, plena, abertas.

Nunca fez milagres pela metade (fez uma vez por etapas, mas não incompleto).

Não como os milagreiros de hoje, com milagres esquisitos, parciais, encomendados.

 

v.11-12

Este foi o primeiro milagre de Jesus. Em certo sentido “provocado” por Maria.

Note que João não chama de milagre, mas de sinal.

Os milagres de Jesus não eram um fim em si mesmos. Apontavam para algo além deles. Sempre continham uma lição espiritual.

 

manifestou a Sua glória

Mostrou algo do Seu poder, revelando a presença do próprio Deus entre eles.

 

Creram nEle

Provavelmente uma fé salvadora, mesmo ainda sujeita a aperfeiçoamentos.

Seja como for, causou profunda reação nos discípulos. E foram para Cafarnaum.

 

O que podemos ver por trás desse sinal? Como podemos aplica-lo? De vários modos:

* O fim da lei de Moisés (representada pela água da purificação) e início da Nova Aliança (representada pelo vinho, muito superior).

* O vinho apontava para a Ceia do Senhor e para o sangue dEle.

* Moisés trouxe julgamento quando transformou água em sangue. Jesus trouxe alegria quando transformou água em vinho.

 

Todas são aplicações boas, com bons ensinos.

 

Mas prefiro focalizar num princípio muito bem simbolizado por este milagre: em muitas áreas da vida, Deus age como um complemento à ação do homem.

 

Fato curioso: utilização dos serventes.

Isso não era necessário. Jesus bem poderia ter feito o milagre sozinho.

Bastava querer que as potes ficassem cheias dágua, e depois transformá-la em vinho.

Ou mais simpes ainda: encheria de vinho de uma vez.

Mas fez questão de utilizar pessoas como intermediárias na execução do milagre.

 

Mesma coisa conosco: Deus age a partir do ponto em que nós chegamos ao limite.

E faz questão que cheguemos a esse limite.

 

Veremos CINCO exemplos, um hoje e o restante na próxima pregação.

1) Sustento financeiro.

Deus manda que trabalhemos para o pão: Gn 3.17-19

Ao mesmo tempo, Jesus diz que Deus é quem nos sustenta: Mt 6.26-30

Contradição? Não: com o Seu poder, Deus supre o limite humano.

 

Trabalhe pelo seu sustento, como se Deus não tivesse nada com isso.

Ao mesmo tempo, entregue o resultado totalmente a Deus, como se você não tivesse nada com isso. Por estranho que seja, esse é o caminho bíblico.

 

Que Deus nos abençoe. Amém

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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