Após deixar claro a fundamental importância do amor, sem o qual nada vale, Paulo agora passa a listar uma série de características desse dom tão valioso.
O amor é paciente
Falhamos muito nessa questão de paciência, tanto com pessoas como com situações.
Obviamente o contexto se refere a paciência com as pessoas.
A impaciência com os outros é evidenciada de duas maneiras:
1) Incapacidade de sofrermos algum tipo de dissabor por causa da ação de outro.
* Carro no trânsito, lhe atrapalhando
* Patrão ou superior áspero
* Alguém que se opõe a você, mesmo com educação (inclusive um irmão na igreja)
* O cônjuge, ao fazer o que o outro não gosta
* O vizinho que coloca a música alta
...e muitas outras coisas, mesmo pequenas, mas que nos levam a grande impaciência.
O fato é que geralmente somos muito indispostos a sofrer qualquer tipo de ação que venha a frustrar nossos planos ou nosso bem estar.
Poderíamos alistar mil expicações para cada reação. (Somos bons de explicações!)
Mas Paulo nos embaraça ao dizer que, na base, o motivo é falta de amor!
Se tivéssemos mais amor pelas pessoas, teríamos muito mais paciência, muito mais capacidade de sermos prejudicados ou contrariados no trânsito, no trabalho, na igreja, no lar, em qualquer lugar, no mundo, na vida.
2) Dificuldade de se dar para as pessoas, de se expor a elas, dar atenção.
Se nos perguntassem: “Por que você é assim impacinte?”, creio que responderíamos umas das opções:
* “Ah, porque esse é o meu gênio; já nasci assim.”
Claro que o tipo de personalidade inflúi no relacionamento de alguém com os outros.
* “Porque não posso perder tempo.”
De fato, hoje em dia tudo tem que ser feito cada vez mais rápido.
O tempo é um patrimônio cada vez mais raro, que temos que aplicar bem.
* “Porque já tenho muitos problemasa para resolver, não posso escutar os dos outros”
Também procede. Qual de nós não tem muitos problemas que nos consomem?
* Ora, se ninguém tem paciência comigo, (ao contrário!), por que terei com os outros?”
Apesar de não ser uma razão nobre, pelo menos é compreensivel.
Poucos lhe dão atenção, você termina se isolando e se fechando para os outros.
E por aí seguem os argumentos. Tudo explicado, então? Negativo.
Lá vem o apóstolo Paulo de novo e lança no nosso rosto:
- Não é nada disso. Todos esses motivos são mera consequência de um motivo maior, aliás o único motivo real da impaciência: falta de amor!
Se vocês tivessem amor, certamente...
... conseguiriam subjugar o gênio irrequieto e ter paciência com as pessoas.
... estariam prontos para gastar o tempo necessário para ajudar alguém.
... mesmo com seus problemas, arranjariam alguma boa vontade para ajudar alguém.
... não deixaria de ajudar alguém pelo fato de você não receber atenção dos outros.
Termino com uma observação:
Depois do calor da situação que nos levou a uma reação de impaciência, se honestamente encarássemos o assunto, ficaríamos constrangidos, envergonhados.
Ou seja, nós sofremos com a nossa própria impaciência.
Sendo assim, é bom notar que, ao sermos pacientes com as pessoas, e assim lhes demonstrarmos amor, estaremos fazendo um grande bem a nós mesmos!
Aliás, ainda veremos ao longo deste estudo sobre amor que o grande beneficiário de amarmos as pessoas somos nós mesmos!
Não vamos resolver amar as pessoas por isso, mas que nos sirva de incentivo.
Da próxima vez que sua impaciência vir à tona, pense “Como eu sou fraco de amor!”
E decida amar mais e peça a Deus que lhe faça capaz de honrar a sua decisão.
Que Deus nos abençoe. Amém