Nm 13.31-33 36 minutos 10/07/2022
Mauro Clark
Vimos a luta de Calebe para não deixar o povo esmorecer depois do relato derrotista dos dez espias.
Não é difícil imaginar o valor para o trabalho de Deus de crentes como Calebe.
Animam, puxam para cima, confiantes nas promessas de Deus e sem medo dos perigos.
v.31-33
Animar os outros não é trabalho fácil. Se é o seu caso, prepare-se para resistências.
Calebe sentiu isso na pele: antes os espias disseram apenas que o povo lá era poderoso e as cidades reforçadas.
Ou seja, mostraram apenas derrotismo.
Agora “tiram a máscara” e revelam pura rebeldia.
Varios pecados aqui:
* Infamaram (criticaram) a terra excelente que Deus havia reservado para eles.
* Exageraram ao avaliar a situação: terra que devora moradores, os inimigos ficaram gigantes, e eles, gafanhotos.
* Pior: concluíram com grande incredulidade: não podemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós.
Detalhe: é fato que o povo era muito mais forte que eles, mas isso não era motivo para concluir que não poderiam subir.
À primeira vista aparentaram prudência e zelo pelo povo.
Mas... as aparências enganam!
Agora os espias entram em confronto direto com a promessa de Deus de que daria a terra ao povo (com ou sem gigantes!)
É uma falta muito mais grave que a anterior.
Imagine alguém que ficou perturbado com a possibilidade remota de perder o emprego.
Mas Deus apareceu e lhe garantiu que, apesar de grandes dificuldades, ele ficaria naquela empresa por mais cinco anos.
Detalhe: o sujeito continuou igualmente perturbado!
O problema de derrotismo ficou pequeno comparado com o de não confiar em Deus.
O crente comete exatamente esse tipo de pecado cada vez que, por exemplo, ...
* ... diz que Deus o abandonou (Deus nunca abandona um filho, mesmo que o discipline)
* ... conclúi que Deus não quer o seu bem
* ... diz que as suas tentações são acima das suas forças.
* ... não aceita que salvo vai para o céu se morrer em pecado
Isso é pura rebeldia à Palavra de Deus.
Ainda há outra grave ofensa dos espias: crítica dura à terra que Deus dera aos judeus.
De “terra que mana leite e mel”, passou para “terra que devora os seus moradores”.
Não sabemos exatamente o que significa: ou os povos desapareciam com facilidade (mudavam da Palestina com frequência) ou a terra era perigosa para qualquer pessoa por algum motivo, ou viram muitos funerais quando espionaram.
Seja como for, aqui 2 problemas:
1) Miopia em ver o que é bom. A terra era especialíssima! Fértil.
A incredulidade e o medo cegam ou, no mínimo, turvam a visão.
Quantas vezes temos bênçãos bem à frente, e não enxergamos, só porque não são coisas agradáveis, fáceis.
Ex.: Cadê o presente?
2) Mesmo que a terra não fosse boa, era sagrada: Deus a escolhera para dar a eles.
É o princípio de que tudo que Deus nos dá é bom para nós.
Mesmo que não consigamos enxergar de imediato.
Não é à toa que a Bíblia ordena: Em TUDO dai graças. - 1Ts 5.18
E o povo, como reagiu? Próximo domingo.
Que Deus nos abençoe. Amém