Deus não vende poder, Ele dá! (Série ATOS 23)

v.2

Homens piedosos sepultaram Estêvão com grande comoção.

v.1b

Parece que Estêvão foi a última gota, o motivo que o Sinédrio tanto esperava.

Começa uma feroz perseguição em Jerusalém, especialmente dos judeus helenistas.

... todos, exceto os apóstolos foram dispersos pela região da Judéia e Samaria

Todos os líderes, não todos os crentes.

Vejamos 1.8: observe a sequência: Jerusalém, Judéia, Samaria, confins da terra.

Jerusalém já estava evangelizada, com a Igreja forte e crescendo.

Mas parece que estavam acomodados, precisavam sair de Jerusalém.

Para onde? Judéia (região onde ficava Jerusalém) e Samaria, ao norte.

Pois foi exatamente para onde foram os que se dispersaram!

Pode parecer estranho Deus permitir perseguição à Igreja logo no início.

Isso não iria enfraquece-la?

Foi o contrário: a perseguição causou a dispersão pela Samaria e Judéia.

Deus se glorifica e realiza Seus planos de maneiras interessantes: uma perseguição, em vez de fazer a Igreja murchar, faz com que se espalhe!

v.3

A violência de Paulo descrita aqui contrasta com a tristeza dos discípulos no v.2.

De simpatizante por uma morte isolada, Paulo passa a perseguidor ativo e implacável de homens e mulheres – não apenas proibindo reuniões públicas ou no Templo, mas entrando em casas.

A lenta entrada de Paulo na narrativa, deixa o leitor curioso quanto a esse pesonagem.

A 1a. etapa, Jerusalém, estava concluida, através dos apóstolos e de Estêvão.

Quanto à 2a. etapa, Lucas agora se concentra na evangelização Samaria, por Filipe.

E para a 3a. e mais abrangente etapa da expansão, confins da terra, Paulo seria o principal instrumento de Cristo. Lucas deixará para o próximo capítulo.

v.4

por toda parte: Judéia (região onde ficava Jerusalém) e Samaria.

Samaria: refere-se à cidade ou à região.

Os samaritanos era um povo misto: judeus e gentios enviados pelos Assírios quando invadiram o reino de Norte em 722 aC.

Eram rivais dos judeus, que os consideravam mistos.

v.5-8

Resumo do ministério de Filipe na Samaria. Quatro pontos:

* Pregação sobre Cristo

* Operação de sinais (milagres)

* Expulsão de demônios

* Curas físicas

Dois resultados:

1. Aceitação maciça: as multidões atendiam, unânimes...

Parece que pessoas ali estavam sedentas de Deus.

Quando chegou Felipe pregando o reino de Deus e o nome de Jesus, converteram-se muitos.

As conversões não ocorreram por causa dos sinais, mas pela Palavra pregada. Os sinais apenas confirmavam que a mensagem vinha de Deus.

2. Grande alegria naquela cidade

Grande parte deve ter sido pelas curas e libertação dos demônios.

Mas com certeza a alegria mais profunda e duradoura foi sentida pelos convertidos, que receberam a fé salvador de presente!

v.9-13

Lucas aumenta a lente sobre o ministério de Filipe, contando um caso específico.

Simão: mágico perigoso, pois iludia o povo, fazendo-se passar como o próprio poder de Deus em pessoa. Tinha prestígio e poder.

É fácil enganar o povo em assuntos espirituais pois todos tem sede de Deus por natureza.

E só há uma fonte verdadeira que fornece a água que sacia esse sede: o Evangelho .

No v.12 é implícito que a atividade extremamente poderosa de Filipe arrasou Simão e povo deu crédito a Filipe, muitos de converteram e foram batizados.

Simão abraça a fé (aceita o que foi pregado, pelo menos publicamente) e foi batizado.

Começou a acompanhar Filipe, mas de olho nos milagres.

Lucas deixa Simão de lado para voltar logo depois.

v.14-17

Os apóstolos ouviram falar na campanha de Filipe e enviaram Pedro e João para verem de perto a situação.

Oraram para que os crentes receberam o Espírito Santo, pois não tinham recebido, tendo sido “apenas” batizados em nome de Jesus.

O que é esse “receber o Espírito Santo”?

* Não é conversão, pois já estavam convertidos.

* Não é salvação, pois já estavam salvos.

* Não é ser templo do Espírito Santo, pois já eram desde a conversão.

Resposta exata: o texto simplesmente não diz.

Mas é seguro concluir que era uma manifestação visível da presença do Espírito Santo, provavelmente, falar em outras linguas, como foi com os judeus no dia de Pentecostes.

O ocorreu aqui, a propósito, é conhecido como o “Pentecostes dos samaritanos”.

Essa manifestação visível de falar em línguas estrangeiras após a conversão, ocorreu primeiro com os judeus puros, em Jerusalém.

Depois, com os judeus misturados com gentios, em Samaria (após o batismo).

E depois veremos que ocorreu só com os gentios.

Era importantíssimo que os apóstolos e os outros judeus crentes de Jerusalém vissem que o Evangelho tinha o mesmo efeito também nos outros.

Importante: era uma época de transição, de início da igreja, tudo era inicial e nem sempre normativo para a igreja futura.

v.18-24

Simão volta à cena – e de maneira vexatória.

Já devia estar se controlando desde quando vira Filipe.

Mas agora com Pedro e João, não se conteve: propôs comprar o poder de fazer os outros falarem em lingua, ao impor as mãos.

Quando as pessoas vão entender que Deus não está à venda?
Querem comprar salvação. Lutero revoltou-se contra venda de indulgências.

Querem comprar bênçãos.

Reação de Pedro duríssima.

Falou em perdição, que Simão não tinha parte naque ministério, que seu coração não era reto diante de Deus, estavam em fel de amargura e laço de iniquidade.

Mas deu a saída: arrepende-te da tua maldade e roga ao Senhor.

... talvez te seja perdoado: mas o perdão não é garantido para quem se arrepende?

Sim, mas parece que Pedro não confiava nem no arrependimento de Simão.

Simão ficou tão assustado que pediu para Pedro mesmo orar por ele.

Pergunta que todos fazem: Simão era de fato um convertido? Parece que não.

v.25

Os apóstolos voltaram para Jerusalém, evangelizando aldeias samaritanas no caminho.

Se você, amigo, está sem Cristo, em fel de amargura e laço de iniquidade, o caminho é o mesmo: arrependa-se e peça perdão.

E sendo sincero, não é apenas talvez, mas com certeza Cristo lhe perdoará!

Que Deus nos abençoe. Amém