UM PAI MUITO MELHOR QUE O OUTRO
Mateus 7.7-11
Jesus encoraja os crentes a pedirem o que desejarem ao Pai celestial.
Mas Ele não se limita apenas a dizer “peçam”.
Queria ensinar algo sobre o relacionamento do Pai com Ele - o que pouco sabiam.
É importante lembrar que no Velho Testamento, nas poucas vezes em que Deus aparece como Pai, é referindo-se a Israel como filho, ou seja, todo o povo.
Por isso os discípulos de Jesus tinham muito que aprender sobre o tratamento individual que Deus dispensa aos salvos.
Jesus faz então uma comparação entre o Pai celeste e uma figura muitíssimo conhecida de todos: o pai terreno.
v.9-10
Jesus faz duas perguntas cujas respostas eram óbvias, uma vez que todo pai normal dá o melhor para os filhos.
E o interesse paterno é uma verdade que cada pessoa aprendeu não porque alguém disse, ou porque leu em algum lugar, mas descobriu por si, desde o berço.
É na infância que a mente está mais aberta para o conhecimento, para ser moldada.
E é nessa fase da vida que a pessoa está mais carente de segurança e proteção.
Por isso é que as recordações que temos dos nossos pais ficaram tão fortemente marcadas em nossas mentes e corações.
Quem não se lembra do carro, ou da bicicleta ou do cavalo do Papai? Até de detalhes, como o relógio, um certo sapato, os óculos do Papai?
Quem não se lembra das crises da infância em que recebemos amor dele? (Sempre do jeitão dele de amar, é claro!).
Jesus, ao fazer aquelas perguntas, sabia que estava tocando num ponto muito sensível a qualquer um: o amor do pai ao filho.
Então parte para a comparação, mas utilizando um contraste ao mesmo tempo chocante e revelador, que daria muito mais força ao que desejaria ensinar.
v.11
O que esperaríamos normalmente seria algo assim: "Se vocês, que são bons pais, dão boas coisas aos seus filhos, imaginem que coisas maravilhosas dará aos seus filhos um Pai que além de também ser bom, é divino."
Mas não foi o que Ele disse. Com toda a naturalidade, chamou os pais de pessoas más!
(Aqui está uma boa passagem sobre a doutrina de que todo homem é pecador).
Mesmo chamando os pais de maus, Jesus admite que dão coisas boas aos filhos.
O instinto paterno é tão forte que age de maneira contrária à natureza pecadora que todo homem carrega dentro de si.
Em suma, o que Jesus ensinou foi: se pessoas humanas más dão coisas boas aos filhos, quanto mais um Deus com caráter santo, puro e bom!
É evidente que esse Pai celestial haverá de dar coisas tão boas, mas tão boas, que nossos lábios não saberiam exprimir.
Hoje é um dia em que estamos pensando em nossos pais, recordando das coisas boas que eles fizeram ou nos deram no passado.
Sugiro aproveitarmos esse pensamento e, explorando a analogia feita por Jesus, também nos lembrarmos das coisas boas que o nosso Pai celestial nos tem dado.
Algumas sugestões:
* Pai terreno: sustento (para manter a vida).
* Pai celestial: deu a própria vida e tudo o mais para mantê-la (começando com o ar que respiramos!).
Aliás, Ele sustentou o nosso próprio pai terreno para que pudesse nos sustentar!
* Pai terreno: cuidou para manter a nossa saúde (remédios, médicos, etc).
* Pai celestial: deu a própria saúde!
* Pai terreno: proteção (física e psicológica).
* Pai celestial: proteção muito mais profunda (além de física e mental, também espiritual).
* Pai terreno: nos ensinou e providenciou para que outros nos ensinassem.
* Pai celestial: nos ensina direta e pessoalmente através do Espírito Santo e através dos servos dEle que pregam a Palavra.
Como nosso Deus é bondoso, em ter dado aos homens o privilégio de um relacionamento humano que imita o relacionamento dEle próprio com os Seus filhos!
Encerro com mais uma analogia, mas também com uma diferença.
Analogia:
* Pais terrenos: para proporcionarem coisas boas a nós, deram muito de si: trabalho, dinheiro, tempo de lazer, noites sem dormir.
* Pai celestial: para nos dar a melhor coisa que poderíamos imaginar, a salvação da nossa alma, Ele deu o que tinha de mais precioso: o Seu único Filho!
E é exatamente por causa desse Filho maravilhoso, Jesus Cristo, que podemos chamar Deus não apenas de Pai, mas com intimidade: Papai! - Gl 4.4-6
Diferença
* Pais terrenos: já nos deixaram ou a qualquer momento poderão nos deixar sem pai.
* Pai celestial: jamais nos deixará sem Pai. Ao contrário: cada vez Ele será mais presente em nossas vidas, à medida que amadurecemos espiritualmente.
E quando formos para o céu, aí é que vamos conhecê-Lo ainda melhor e nos deliciarmos eternamente na Sua presença.
Graças a Deus pelo nosso pai terreno e mais ainda por Ele mesmo, nosso Pai celestial.
Que Ele nos abençoe. Amém