PREGAÇÃO

Iminência: a hora vem chegando - 2de 3 (Série APOCALIPSE 73 de 75)

Ap 21.1-22.17      57 minutos      01/12/2019         

Mauro Clark


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Continuemos vendo as passagens dos cap. 21 e 22 que não falaram da Nova Jerusalém.

 

22.5b: ... e reinarão pelos séculos dos séculos.

A ideia de reinarmos com Cristo não terminará com o Milênio.

 

Do v.6 em diante parece começar de fato a fase final do livro.

João fica visivelmente perturbado com o que está vendo e ouvindo.

Já vimos que Deus teve de dizer “Escreve, João”, como se ele tivesse parado, absorto.

À medida que o fim se aproxima, é como se João fosse aumentando o ritmo com que escrevia, inclusive sacrificando um pouco a ordem lógica dos assuntos.

Os assuntos vêm, vão, e voltam novamente.

Não fica claro quem exatamente está falando, como se as falas se interpusessem.

Às vezes, é João. Outra, é um anjo. Quando menos se espera, é Deus quem fala, sem sabermos se é o Pai ou o Filho. De repente, Jesus se identifica claramente.

O ritmo é quase alucinante. E espetacular!

 

22.6b:

O Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas...

São muitas as qualificações do Filho, feitas ao longo de Apocalipse por João, por algum anjo ou mesmo pelo próprio Jesus Cristo.

Essa atesta a autoridade dos profetas na Bíblia: não falaram por si mesmos, mas tomados por um espírito que vinha de Cristo (de Deus): 2Pe 1.20-21

 

.. enviou seu anjo... mostrar aos seus servos as coisas... em breve devem acontecer

Quase repetição de Ap 1.1. Ali, abrindo o livro. Aqui, fechando o livro.

 

22.7: Adianta dois assuntos que voltará a repetir mais à frente:

a. Virá sem demora.

b. Feliz o que guarda as palavras da profecia de Apocalipse. Importância da obediência.

 

22.8-9:

Confuso, enlevado, emocionado, tocado, perturbado – tudo ao mesmo tempo – João comete um erro, aliás repete um erro que já havia cometido (19.10): prostrou-se aos pés de um anjo para prestar-lhe adoração.

Usando praticamente as mesmas palavras do outro, o anjo recusa com elegância, dizendo-se conservo (ou seja, tão servo quanto) o próprio João, os irmãos de João (talvez os judeus), os profetas e dos fiéis em geral.

E aponta a única opção para quem deseja adorar alguém: adora a Deus.

...aponta a única opção para quem deseja adorar alguém: "adora a Deus".

 

Talvez impressione a lentidão de João em perceber a impropriedade de agir assim.

Mas, é melhor ficarmos calados, antes de alguma crítica.

Nenhum de nós tem ideia do que é ver, experimentar tudo o que João estava passando.

Como já falei, ele estava profundamente perturbado.

Seria injustiça taxá-lo de idólatra por dois gestos isolados e em situações excepcionais.

 

É razoável acusar João de idólatra? Acho que não.

Que ele cometeu dois atos  isolados de idolatria, é óbvio.

Mas seria exagero, mesmo uma injustiça, qualifica-lo de idólatra.

É diferente de pessoas que por anos a fio, a vida inteira, praticam a idolatria, tendo a Bíblia nas mãos, ensinando que isso ofende a Deus.

Mesmo assim, tenhamos cuidado ao julgar, mesmo tratando-se de julgar atitudes.

O que parece ser idolatria ou heresia, às vezes pode ser fé modesta exercida por alguém com desconhecimento e fraquezas.

 

22.10: Disse-me ainda: Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo.

Novamente a questão do tempo estar próximo.

Ideia de que o tempo que faltava para ocorrer tudo aquilo era tão curto, que não adiantaria selar, para abrir logo depois.

- O problema é que já se vão 2 mil anos!

De fato, mas observe:

a. Para Deus, mil anos é como um dia.

 

b. Pelo relógio escatológico, o próximo passo é a 1ª. fase da 2ª. vinda de Cristo nas nuvens, para arrebatar a Igreja.

Ou seja, o “próximo” de João deve ter também um forte o sentido de iminência.

 

c. Quando se olhar para trás, tudo terá sido muito rápido!

O fato é que, se João tivesse selado o que escrevera, não teríamos o livro de Apocalipse!

 

22.11: Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se.

Esquisito, pois parece recomendar (imperativo) que o iníquo continue fazendo o errado.

Mas a ideia é que a revelação está feita e tudo será muito rápido até o cumprimento.

Quem quiser que faça o que lhe aprouver.

Se o pecador quiser continuar no seu pecado, como se nada tivesse sido revelado, que continue. E aguente as consequências!

Como o pai que ameaça para o filho: “Pois me desobedeça, para ver o que acontece”.

Quanto ao crente, se aproveitar as revelações para fazer exatamente o contrário do ímpio, ou seja, continuar a crescer, ótimo. É o que se espera que faça.

Seja como for, cada um será responsável pela própria reação e tudo será feito como revelado.

 

Jesus agora assume a palavra (v.12 a 16). Interessante que João não ressalta isso.

Talvez faça parte do ritmo veloz das revelações de que falei.

 

Continuaremos na próxima semana.

 

Que Deus nos abençoe. Amém!

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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