Mt 23.13-36 Mt 7.15-16 Mt 15.1-14 28 minutos 11/12/2016
Mauro Clark
Hoje: Denunciando o erro e a hipocrisia
Sem detalhar o conteúdo, vejamos apenas alguns pontos em que Jesus denunciou os escribas e fariseus.
* Má liderança - atrapalhavam liderados de entrar no reino dos céus
* Atitudes morais
- Hipocrisia: diziam uma coisa e faziam outra
- Prestavam atenção em minúcias e desprezavam as importantes
- Justos por fora, mas o interior podre de iniquidade
- Homenageavam profetas mortos mas perseguiam quem que lhes contradissesse
* Comportamento: exploração disfarçada de espiritualidade (extorsão de viúvas)
* Ensino - questão do juramento, errada.
Outros alertas:
Mt 7.15-16 - aparência de ovelha, sendo lobo.
Mt 15.1-14 - Palavra de Deus em 2o. lugar, preferindo as tradições; cegueira espiritual.
Como os crentes hoje devem imitar Jesus nessa questão de denunciar falsos mestres?
Não é assunto fácil. Quando feito, deve ser com responsabilidade e coragem, mas ao mesmo tempo, prudência.
Antes de tudo, compete principalmente aos pastores a responsabilidade de denunciar líderes, seitas, igrejas ou movimentos que estejam ensinando doutrinas erradas ou líderes se comportando abertamente de maneira incompatível com o Evangelho.
Quando há LOBOS ao redor, as OVELHAS de Cristo precisam ser prevenidas.
Mas essa responsabilidade não compete exclusivamente aos pastores.
Uma ovelha vê um lobo se aproximando: ela deveria ficar caladinha, se afastar em silêncio para livrar a própria pele, mas deixando as colegas no perigo? Claro que não. Mesma coisa com vocês. Conversem entre si. Denunciem erros, igrejas, falsos pastores.
Mas, enfatizo, deve haver responsabilidade e prudência.
E cuidado com a calúnia, com a difamação, fofoca.
Calúnia é mais fácil evitar pois é mais grosseiro: falar mal do que não existe, inventar algo ruim.
Difamação/fofoca: mais delicado, significa simplesmente “espalhar má fama”.
A linha é fina entre denúncia legítima e difamação.
Chave: QUEM está sendo comentado, O QUE está sendo dito e o PROPÓSITO.
Uma pessoa em situação pública, que lidera uma organização ou representa um grupo, pode ser comentado dentro da função que ela representa.
Exs:
1) Se o pastor de uma igreja tem obviamente um mau casamento e é conhecido por ser grosseiro com a esposa, um comentário pode não ser difamação.
Agora, se alguém trabalha na casa dele e ouviu discussão dele com a esposa e fica espalhando na igreja a boca miúda, então é difamação e fofoca.
2) Uma coisa é criticar o fundador e líder de uma seita que não ensina o verdadeiro Evangelho e se concentra em dinheiro. Mas se o seu médico espalhar um detalhe constrangedor sobre ele, é difamação. Até mesmo uma malvadeza com a pessoa dele. Nunca esqueça: amar até os inimigos.
Com certeza Cristo amava os inimigos deles - fariseus, escribas, etc. E os denunciava para o bem deles. Sabemos que alguns se converteram (Paulo!).
O equilíbrio nessas coisas é difícil. Afinal, não somos Jesus. Ele não tinha pecado.
Nós estamos cheios deles. Facilmente podemos descambar no prazer carnal de falar mal, contar coisas chocantes, etc.
Por outro lado, não devemos ir para o extremo da ingenuidade, ou daquela atitude “não vou comentar nada, deixemos que cada um dê conta de si”. Isso é acomodação.
Solução: dependermos do Espírito Santo para sabedoria na imitação a Cristo na denúncia do erro - Ele que denunciou duramente e corretamente falsos mestres e falsos ensinos.
Que Deus nos abençoe. Amém