PREGAÇÃO

Jesus orando só (Série AGINDO COMO JESUS 9 de 38)

Mc 1.35-39 Lc 6.12-13 Mc 6.44-47 Mc 14.32-36      32 minutos      01/05/2016         

Mauro Clark


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Na série AGINDO COMO JESUS, a ênfase não é nos ensinos e doutrinas, mas na atitude, no comportamento dEle, para imitá-Lo em situação semelhante. 
Gostaria de examinar o costume dEle de orar.
Observando as orações dEle, podemos ver três tipos de situações em que Ele orava: 1) sozinho; 2) com os discípulos e 3) em público.
Nesta mensagem veremos o costume de orar sozinho. Na próxima mensagem, as outras duas.

1) Orando sozinho

* Após intensa atividade espiritual: Mc 1.35-39 
Contexto: alta madrugada, sozinho - nem avisou os discípulos. 
Interessante: na véspera Ele fizera muitas curas (veja os versículos 32-34).
Provavelmente estava esgostado espiritualmente; precisava de carga espiritual.
É muito sugestivo que ele tenha ido orar na madrugada seguinte a um dia de muitas curas e antes da hora normal de acordar, como se estivesse mesmo necessiando de ter contato com o Pai e se fortificar espiritualmente.

Uma outra passagem, Lc 5.15-16, também associa a atividade de curar com o costume de se retirar para orar.
Após grande esforço espiritual, não se assuste caso sinta algum tipo de fragilidade e necessidade especial de buscar a Deus. A solução você já sabe qual é: vá orar!

* Antes de uma grande tarefa: Lc 6.12-13
Contexto: noite anterior à escolha e convocação dos doze apóstolos.
Impressiona a conexão direta que Lucas faz entre a noite toda em oração e a delicadíssima tarefa.
Observe que aqui temos o contrário do exemplo anterior. Lá, oração após intensa atividade espiritual. Aqui: oração antes de missão importante.

Ore antes das grandes decisões.
Dar tempo antes de decisão é costume saudável até entre não-crentes.
Só que o máximo que eles conseguem é pensar por si mesmos, conversar com amigo, etc.
Tudo bem, é bom ganhar certo tempo. Como dizem: consultar o travesseiro.
Só que nós, além de amigos e travesseiros, temos o Espírito Santo a quem consultar!
Consultemos, pois…

* Após momentos de crise: Mc 6.44-47
Contexto: crise no ministério. Como consequência da primeira multiplicação de pães e peixes, multidão queria fazê-lo rei. Detalhe: à força: Jo 6.14-15
Jesus teve de tomar providências rápidas: obrigou os discípulos a embarcarem, separando-os da multidão (talvez para não serem influenciados), depois dispersou a própria multidão.
Depois de ficar sozinho, talvez. abalado, chegou a hora de relaxar, avaliar tudo, meditar, orar. Ficou longo período só: desde a noitinha até alta madrugada (entre três e seis horas da manhã).
Pode ser que tenha orado sem parar o tempo todo. Mas não é obrigatório. Pode ter descansado um pouco, meditado, relaxado. Mas o tom desse período especial foi de recolhimento para orar e estar a sós com o Pai. 

Nas grandes crises, em que muito é solicitado de você, muita agitação, procure tempo a sós com Deus . É importante aquietar a alma. Estar face a face com Deus, pedir orientação, sabedoria, rumo.

* Durante grande angústia: Mc 14.32-36
Contexto: jardim do Getsêmani, aguardando a chegada de Judas e turba, para prendê-Lo.
Jesus deixa os discípulos, exceto Pedro, Tiago e João, afasta-se um pouco com eles, dizendo que ia orar.
Com os três ao lado, começou a ter pavor e a angustiar-se
ter pavor: palavra muito forte – no grego ekthambeo – angustiar-se, ficar apavorado, perplexo.
angustiar-se: no grego ademoneodistúrbio, transtorno, aflição, angústia, depressão.
Strong: das três palavras usadas no Novo Testamento para depressão, esta é a mais forte.
E uma das outras duas está logo a seguir, quando Jesus declara abertamente para os três que estava triste até a morte
triste: no grego perilupos – triste, com lamentação profunda.

Adiantou-se um pouco mais, deixando os três apóstolos, e ficou absolutamente só. E orou, pedindo ao Pai que se possível afastasse dEle aquele cálice e aquela hora. 
Não vamos entrar no mérito da oração. Importante notar que vemos aqui Jesus talvez no momento mais angustiante, triste e deprimido da Sua vida.
Ele certamente teve muitas tristezas e agitações internas, aqui na terra.
Por duas vezes, teve forte comoção no túmulo de Lázaro. Pertubou-se muito e chorou (Jo 11.33, 38).
Noutra ocasião Ele chorou sobre Jerusalém.

Tudo isso era de se esperar: Is 53.3 (o Messias seria um homem de dores).
No hebraico a palavra traduzida por dores é muito mais abrangente do que apenas dor física: sofrimento, padecimento, aflição.
Em suma: Jesus orava quando estava aflito, deprimido, triste. 

Grande recurso para depressão e perturbação de alma: oração.
Dizer que é grande recurso não significa que resolve completamente, que passa na hora, ou muito menos que não se deva utilizar outros recursos válidos, até mesmo orientação médica, certos procedimentos (férias, descanso) e até mesmo medicamentos (com cuidado médico).
Mas, nunca deixando de lado o poderoso recurso da oração. Jesus fez isto.
Que Deus nos abençoe e nos ensine mais a orar sozinhos!
Amém!

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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