Ap 11.7-14 58 minutos 16/09/2018
Mauro Clark
Vimos as duas testemunhas de Deus, profetas, agindo por 3,5 anos, vestidos de pano de saco, matando com fogo quem pensasse em lhes fazer mal, com poder também para parar a chuva, tornar em sangue as águas e produzir flagelos.
v.7-8:
Quando tiverem, então, concluído o testemunho que devem dar, a besta que surge do abismo pelejará contra elas, e as vencerá, e matará, e o seu cadáver ficará estirado na praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado.
Ninguém poderia com eles até o último minuto em que durasse sua missão.
Depois disso, surgiria um inimigo ainda mais poderoso que eles, o Anticristo, que lutaria contra eles, venceria e os mataria.
E ainda os exporia a uma indignidade: deixaria os cadáveres expostos na praça.
Praça de onde? Três pistas:
1. Cidade grande.
2. Espiritualmente chama-se Sodoma e Egito, ou seja, desviada de Deus.
3. Onde o Senhor das duas testemunhas foi crucificado.
A última pista deixa óbvio que é Jerusalém.
Duas observações:
* Cada servo de Deus tem uma missão e será invencível até cumprir tudo.
* Deus vê Jerusalém hoje como uma cidade depravada, hostil ao povo dEle, longe dEle.
Mas isso não anula a aliança que fez com Abraão e um dia a salvará completamente.
v.9-10: Então, muitos dentre os povos, tribos, línguas e nações contemplam os cadáveres das duas testemunhas, por três dias e meio, e não permitem que esses cadáveres sejam sepultados. Os que habitam sobre a terra se alegram por causa deles, realizarão festas e enviarão presentes uns aos outros, porquanto esses dois profetas atormentaram os que moram sobre a terra.
... os que habitam sobre a terra: repetido em 13.8, 14: perdidos, rebeldes a Deus.
É quase inacreditável a reação dos incrédulos no mundo, especialmente os que moravam em Jerusalém.
Tudo indica que alguns queriam enterrá-los (crentes ou pessoas decentes), mas os outros não permitiram obviamente com a concordância do Anticristo.
Mas isso não era tudo: reagiram com alegria, festas e presentes.
Ironicamente, é a única vez que Apocalipse fala dos incrédulos na terra se alegrando!
Alegrando com a morte de dois profetas de Deus!
Ah, mas é claro, os profetas atormentaram essas pessoas!
Atormentaram porque as pessoas estavam contra o Deus Criador, agredindo-O constantemente e se recusando a aceitar a salvação por Ele oferecida.
Ou seja, a rigor, era um tormento visando o bem deles próprios!
Seja como for, essa farra bizarra globalizada ocorreu durante por 3,5 dias, até Deus surpreender a todos, deixando-os apavorados.
Até aqui o tempo da narrativa tem sido futuro, talvez o próprio Cristo falando.
Parece que agora João retoma a palavra, só que olhando para trás, como se tivesse dado um pulo no tempo de atuação das duas testemunhas, viu a morte deles e o que ocorreu durante os 3,5 dias e como tudo terminou.
v.11: Mas, depois dos três dias e meio, um espírito de vida, vindo da parte de Deus, neles penetrou, e eles se ergueram sobre os pés, e àqueles que os viram sobreveio grande medo
Impressionante a naturalidade do texto: um espírito de vida veio de Deus, entrou neles e eles se levantaram!
Algo que a ciência nunca conseguirá: dar vida!
Só Deus dá vida. E a quem quer, quando quer. Se Ele determinou que cada um só viva uma vez, é porque assim quis.
No momento em que deseja, suspende esse princípio.
Se cada mártir não reviveu logo depois de morto, é porque o Deus deles não quis!
Mas os homens não aprendem: pensam que matar um crente é derrota para Deus.
Mas é o contrário: é uma derrota contra si próprios! Um dia verão isso!
Imagine o pavor de quem estava na frente dos cadáveres, rindo, comemorando.
De repente ver um dos profetas em pé, lhe olhando dentro dos olhos.
Mas o ministério dos dois na terra havia realmente acabado:
v.12-13a: ... e as duas testemunhas ouviram grande voz vinda do céu, dizendo-lhes: Subi para aqui. E subiram ao céu numa nuvem, e os seus inimigos as contemplaram. Naquela hora, houve grande terremoto, e ruiu a décima parte da cidade, e morreram, nesse terremoto, sete mil pessoas...
Céu referido três vezes: grande voz vinda do céu, subi para aqui e subiram ao céu.
A voz deve ter sido ouvida por muitos na terra.
A subida foi vista pelos inimigos, que devem ter ficado com sentimento de:
* Humilhação.
* Impotência. Talvez alguns haviam pensado Se o nosso grande Líder já o matou uma vez, matará a segunda. Essa hipótese evaporou.
* Alívio no primeiro instante, mas pavor quando pensaram melhor. Se antes não estava claro, agora ficava evidente a origem do ministério dos dois: eram ministros de Deus.
Conclusão óbvia: Nossos inimigos não são aqueles dois, mas o Deus deles, que está no céu e até já os recolheu para lá.
Os incrédulos perseguidores de todas as épocas pagarão caro por não compreenderem que eles são inimigos não dos crentes, mas do Deus dos crentes! Não dos cristãos, mas do Cristo dos cristãos.
Seja como for, os inimigos dos dois profetas não tiveram muito tempo para pensar, pois logo veio um grande terremoto em Jerusalém, que matou sete mil pessoas (lit. homens de nome), talvez pessoas importantes da cidade).
Mas em meio a tanta desgraça e morticínio, aconteceu algo interessante e agradável.
Em julgamentos anteriores, João disse que mesmo assim as pessoas não se arrependeram. E ainda voltará a dizer isso mais à frente.
Mas aqui, há uma bendita exceção! Uma luzinha nessa escuridão:
v.13b: ... ao passo que as outras ficaram sobremodo aterrorizadas e deram glória ao Deus do céu.
dar glória a Deus: expressão que indica reconhecimento da soberania de Deus e arrependimento: Ap 16.9; Js 7:19; 1 Sm 6:5; Jr 13:16; Ml 2:2; Lc 17.18; Jo 9.24
Dessa vez, parece que o pavor levou muitos a se arrependeram!
Isso é tudo o que Deus deseja do pecador: arrependimento.
Você, amigo, por que não se arrepende?
v.14: Passou o segundo ai. Eis que, sem demora, vem o terceiro ai.
Primeiro ai: a quinta trombeta. Segundo: a sexta, que acabamos de ver. Agora vem o terceiro ai, o toque da sétima trombeta.
Veremos na próxima pregação.
Que Deus nos abençoe. Amém