PREGAÇÃO

O famoso Armagedom (Série APOCALIPSE 49 de 75)

Ap 16.15-21      56 minutos      05/05/2019         

Mauro Clark


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O famoso Armagedom

Ap 16.15-21

 

Após falarmos da 6ª. taça, que continha o 6º. flagelo, terminamos nos referindo ao bendito parêntese do v.15 em que Jesus tomou a palavra de João e declarou, imponente:

 

v.15

(Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha.)

 

É como se Cristo estivesse avisando aos crentes que essa orgia demoníaca, esse domínio maligno sobre o mundo estivesse nos instantes finais.

Afinal Ele estava chegando para acabar com essa farra infernal no planeta terra, que Ele criara com o Seu Pai e com o Espírito Santo.

E repete o que já dissera 2 mil anos atrás: viria como ladrão, sem avisar: Mt 24.43-44.

Paulo e Pedro também usaram a mesma expressão: 1 Ts 5:2,3; 2 Pe 3:10

 

Bem-aventurado aquele que vigia...

Há 7 bem aventuranças em Apocalipse, esta é a terceira.

Interessante que das três passagens acima, falando da vinda como ladrão, duas exortam os crentes a uma certa atitude: vigiar! Mt 24:42; 1 Ts 5:4-6.

Muitas outras passagens alertam sobra a necessidade de vigiar. Aliás, algumas são tão fortes que dão até a impressão de que a salvação depende do crente estar vigilante.

A própria Bíblia deixa claro que não depende, mas é evidente a importância, aos olhos de Deus, de uma vida vigilante e atenta.

 

... e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha.)

Palavras misteriosas. Talvez figura para comportamento, obras, serviço, que resultarão, ou não, em galardões.

O crente sem obras passará pela vergonha se ser salvo, mas como pelo fogo, sem galardões (1Co 3.13-15).

 

Em suma: a Bíblia deixa claríssimo que a salvação é pela fé e irreversível. Por outro lado, também adverte que esse fato nunca deve ser motivo para o crente ser relaxado.

 

João retoma a palavra e revela a região onde os exércitos das nações se ajuntarão:

 

16 Então, os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom.

Vejamos todas as passagens na Bíblia que falam no famosíssimo Armagedom: só esta!

Afinal, o que é Armagedom?

 

Αρμαγεδων Armageddon: Citando John MacArthur, Comentário do NT:

“Har-Magedon é uma palavra hebraica que significa Monte Megido. Como não há uma montanha específica com esse nome, e Har pode se referir a uma região montanhosa, é provavelmente uma referência à região montanhosa em torno da planície de Megido, cerca de sessenta milhas ao norte de Jerusalém. Mais de duzentas batalhas foram travadas naquela região, incluindo a derrota dos cananeus por Baraque , a vitória de Gideão sobre os midianitas (o “vale de Jezreel” é outro nome para a planície de Esdraelon), e derrota de Josias nas mãos do Faraó Neco. A planície de Megido e a planície vizinha de Esdrelon será o ponto focal da Batalha do Armagedom, que se espalhará por toda a extensão de Israel até o sul como a cidade edomita de Bozra. Outras batalhas também ocorrerão nas vizinhanças de Jerusalém”.

 

É importante adicionar que houve uma cidade antiquíssima chamada Megido, fortificada por Salomão e depois abandonada, talvez no séc. V aC. No local da antiga fortaleza, há hoje site arqueológico, perto do Kibutz Megido. É uma espécie de monte artificial, feito por mais de 30 camadas arqueológicas, indicando muitas ocupações do local.

 

Há muitas interpretações para os detalhes dessa batalha ou guerra do Armagedon.

Como sempre, não entrarei no mérito, apenas tirarei lições do que o texto bíblico ensina.

 

Em suma, quanto à batalha ou guerra do Armagedom, aprendemos do texto bíblico:

1. Será uma batalha de exércitos do mundo inteiro contra Deus. Os exércitos serão convocados por três demônios enviados por Satanás, pelo Anticristo e pelo falso profeta, e se reunirão fisicamente no local chamado pela Bíblia de “Monte ou Região de Megido”.

 

2. Os exércitos das nações a leste do rio Eufrates chegarão lá atravessando o leito do rio, sem água.

 

3. A batalha será realizada num determinado período, chamado de “o grande Dia do Deus Todo-Poderoso), que se inicia ou culmina com  o próprio dia da volta de Cristo.

 

4. Essa batalha voltará a ser referida em Ap 19.17-21, com mais detalhes, como veremos.

 

É quase inacreditável que, depois de tantas demonstrações de poder da parte de Deus, os governantes tenham coragem de continuar aliados (ou submissos) ao anticristo e declararem guerra contra o próprio Deus.

Mas assim é a raça humana quando o Espírito Santo não atua.

 

Por outro lado, os crentes, debaixo de grande sofrimento, são aliviados com a promessa de Cristo de que irá já retornar e animados em prosseguirem com vida cristã exemplar.

Que contraste entre seres humanos vivendo no mesmo mundo, na mesma época!

Que sua vida seja também um constante contraste com os do mundo.

 

7º. flagelo

17 Então, derramou o sétimo anjo a sua taça pelo ar, e saiu grande voz do santuário, do lado do trono, dizendo: Feito está!

 

Daqui para a frente – até o final do capítulo 18, veremos as consequências da 7ª. taça derramada, mas o que tinha de ser feito da parte de Deus, já havia sido feito.

 

18 E sobrevieram relâmpagos, vozes e trovões, e ocorreu grande terremoto, como nunca houve igual desde que há gente sobre a terra; tal foi o terremoto, forte e grande. 19 E a grande cidade se dividiu em três partes, e caíram as cidades das nações. E lembrou-se Deus da grande Babilônia para dar-lhe o cálice do vinho do furor da sua ira. 20 Todas as ilhas fugiram, e os montes não foram achados; 21 também desabou do céu sobre os homens grande saraivada, com pedras que pesavam cerca de um talento; e, por causa do flagelo da chuva de pedras, os homens blasfemaram de Deus, porquanto o seu flagelo era sobremodo grande.

 

3 pontos a observar:

1. O 7º flagelo se constituiu de três fenômenos:

* Tempestade sobre a terra, incluindo vozes (elemento sobrenatural) (v.18)

* Terremoto fortíssimo na própria terra, como nunca antes (v.18) - Ag 2:6; Hb 12:26–27.

* Chuva de pedras sobre a terra, cada uma pesando 40 quilos (v.21).

 

2. Consequências do flagelo:

* A grande cidade se dividiu em três partes (v.19)

Qual é a grande cidade? Duas opiniões principais (acho ambas razoáveis)

- Jerusalém - não para julgamento, mas para preparo do milênio (Zc 14.4-10; Is 35.1)

- A Grande Babilônia.

 

* Caíram as cidades das nações (v.19)

Todas as cidades, pelo menos as grandes, foram afetadas.

 

É curioso que, depois de registrar que todas as cidades caírem, João comenta, quase como um detalhe, que Deus se lembrou da grande Babilônia para dar-lhe o cálice do vinho do furor da sua ira.

Só que isso não é detalhe, mas tão importante que João dedicou dois capítulos inteiros (e longos) do livro exclusivamente para falar da queda dessa “grande Babilônia”.

Conforme veremos na próxima pregação, logo depois de João terminar de relatar o 7º. flagelo, um dos anjos que tinham as taças o chamou à parte para mostrar o julgamento dessa cidade misteriosa. É do que se constitui os capítulos 17 e 18.

 

* Todas as ilhas fugiram, e os montes não foram achados (v.20)

Ideia de gigantesco movimento na superfície da terra, alterando profundamente a topografia da crosta terrestre.

“A topografia suave do mundo originalmente criada será restaurada. Não haverá mais grandes cordilheiras, desertos ou calotas de gelo inacessíveis e inabitáveis. O ambiente físico do milênio será, em grande parte, uma restauração do ambiente pré-diluviano” – Henry Morris, O Registro de Apocalipse)

 

3. Atitude dos homens como reação ao flagelo:

... e, por causa do flagelo da chuva de pedras, os homens blasfemaram de Deus, porquanto o seu flagelo era sobremodo grande.

Aqui pode parecer mais uma observação, além das várias anteriores, de que os homens blasfemaram contra Deus e não se arrependeram das suas más obras.

Mas onde está escrito que eles não se arrependeram? Não está!

Apenas diz que os homens blasfemaram.

Certo que devemos ter cuidado em não concluir demais com o silêncio, mas aqui o silêncio pode sugerir algo muito trágico: não havia mais chance de arrependimento.

É como se a medida da paciência de Deus tivesse chegado no limite.

E a Bíblia fala que Deus estabeleceu para Si mesmo uma medida para tolerar pecados: Mt 23.32; 1Ts 2.16; Gn 15.16

 

E a medida havia chegado no limite. Agora, só havia pecado e mais pecado, sem arrependimento e, portanto, sem conversão a Cristo.

 

Amigo, qual a medida da paciência de Deus em suportar os seus pecados? Quando seu coração parar de bater, saiba que essa medida esgotou, pois agora só lhe restará julgamento. Vá a Cristo agora, enquanto você tem chance de arrependimento.

 

Que Deus nos abençoe. Amém

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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