PREGAÇÃO

O mau exemplo do falso Balaão (Série NÚMEROS 27)

Nm 22.1-22      33 minutos      22/01/2023         

Mauro Clark


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Deus de fato aparece e ordena a Balaão falar certas coisas para Balaque.

v.1-4

Balaque com medo dos israelitas, pois sabia das vitórias que estavam obtendo.

 

Será que pessoas do mundo sentem em nós um poder diferente, que inibe o mal quando estamos presentes?

Ou, no outro extremo, somos até bem-vindos porque nos parecemos com eles?

Será que temos vitórias espirituais, a ponto de assustar os inimigos satânicos?

 

v.5-7

Balaão: um dos personagens bíblicos mais estranhos e difíceis de entender.

Antes de qualquer coisa dois fatos precisam ser assumidos:

1. Balaão era vidente profissional, trabalhava por salário, fazia encantamentos.

Por outro lado, tornava-se profeta de Deus quando Deus falava diretamente com ele.

2. Balaão não era fiel a Deus: Nm 31.16; Dt 23.4-5;Js 24.9-10; 2Pe 2.15; Jd 11; Ap 2.14

 

Sabemos que Balaão não era fiel por causa das afirmações acima, não propriamente com base em Nm 22-24.

Além de uma PEQUENA PISTA, não temos todas as informações.

Mas, tomando a Bíblia como um todo, não há menor dúvida que era profeta infiel.

 

Balaque manda buscar Balaão, com o fim específico de amaldiçoar Israel, para que Balaque destruísse o povo.

Que proposta para um homem que se dizia profeta de Deus!

Detalhe: levaram o preço dos encantamentos, o salário.

Imagine-se sendo convidado a aceitar um bom dinheiro para amaldiçoar a igreja de Deus,

A favor de Balaão, talvez ele não soubesse que Israel era um povo especial para Deus.

 

Reação do profeta e resposta de Deus:

v. 8-14

Até aqui tudo parece bem: Deus proíbe e Balaão despacha os embaixadores de volta.

Detalhe: agora Balaão sabe que Israel é povo abençoado. Acabou-se a desculpa.

 

v. 15-22

Novos enviados, com mais dinheiro.

Balaão vacila. Em vez de fechar questão, diz que irá novamente consultar a Deus.

Ora, é preciso consultar a Deus mais de uma vez sobre o mesmo assunto?

Vai ficando mais claro que Balaão queria forçar a ida.

Havia muito dinheiro e honrarias por trás. Ele relutava em deixar passar.

 

Balaão pergunta a Deus de novo.

Em vez de proibir novamente de forma direta, Deus coloca uma condição: se eles viessem chamar, que fosse. Mas apenas diria o que Deus mandasse.

Balaão levanta-se de manhã e parte com os moabitas.

Deus se ira grandemente e o Anjo de Deus se colocar no caminho para matá-lo.

 

Situação difícil de explicar. Duas hipóteses:

1) Os moabitas NÃO foram chamá-lo, mas mesmo assim ele se levantou e foi.

Nada lemos sobre os moabitas terem ido buscá-lo.

Esse seria uma informação importante para estar no texto, pois era exatamente a condição para que Balaão partisse com eles.

Se essa explicação é a correta, então fica evidente a desobediência flagrante de Balaão.

 

2) Os moabitas foram de fato chamá-lo.

Nesse caso é mais difícil explicar a ira de Deus, já que havia liberado nessa condição.

A única explicação é que Deus conhece os corações e sabia que Balaão ia com a intenção deliberada de agradar Balaque para ganhar dinheiro.

É como se Deus tivesse feito um teste e Balaão houvesse falhado no teste.

 

Na próxima semana comentaremos a famosa e fantástica história de uma jumenta falar.

Que Deus nos abençoe.

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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