Nm 20.14-21 31 minutos 11/12/2022
Mauro Clark
v.14-17
Rumo ao norte, Israel precisava passar por Edom e envia mensageiros.
1) teu irmão Israel
Edom: descendente de Esaú, filho de Isaque, irmão de Jacó.
Observe que não disseram: “Somos o povo escolhido e vocês, pagãos condenados.”
Buscaram um ponto de identificação com Edomitas, algo que ajudasse no relacionamento com aquele povo.
Vemos aqui uma excelente estratégia e lição de evangelismo.
Faz parte do ato de evangelizar dizer que existem salvos e não salvos, filhos de Deus e criaturas de Deus, etc.
Só que a maneira de falar isso é importante.
Não devemos fazer isso de forma rude e ofensiva, dificultando o relacionamento.
Uma boa estratégia é ao mesmo tempo que dizemos as verdades do Evangelho, procuramos ponto de identificação.
* Somos criaturas de um mesmo Deus, temos as mesmas obrigações para com Ele
* Temos a mesma Palavra de Deus em casa e a mesma responsabilidade de segui-la
* Cremos no mesmo Deus. Temos de ouvi-Lo.
Esse cuidado estava incluido na estratégia de Paulo ao evangelizar: 1Co 9.19-22
2) Ao contar um resumo da história de Israel, se identificaram com relação a Deus.
Não esconderam quem eram. Se essa identificação dificultasse a permissão, que fosse.
Se os edomitas permitissem a passagem, seria sabendo com quem estavam tratando.
Mesmo com o cuidado para não ferir e polemizar, mesmo buscando pontos em comum, jamais devemos esconder quem somos: eleitos, salvos, filhos de Deus, etc.
Se ficarem chocados, se nos odiarem ou debocharem denós, que seja!
3) Tentaram um relacionamento com os edomitas sem comprometer o fato de Israel ser o povo de Deus.
Ou seja, não comprometeram a sua própria santidade.
Não propuseram um envolvimento com o povo, um relacionamento íntimo e permanente.
Mas algo superficial e provisório, apenas enquanto passavam pela terra deles.
O nosso envolvimento com o mundo deve ser superficial, como se estivéssemos de passagem pela terra deles.
O mundo é dos perdidos e de fato a terra é deles. Não somos deste mundo.
Pena que muitas vezes agimos ao contrário: pensamos que somos daqui e nos envolvemos até o pescoço com o mundo, inclusive com os perdidos.
E os edomitas?
v.18-21
Não deixaram. Israel insiste. Os edomitas vão ao encontro, armados, para impedir pela força. Israel se desvia, aumentando muito o trajeto.
Os israelitas devem ter ficado tristes e decepcionados, não apenas por terem de andar mais, mas também pela rejeição.
Também nós sentimos indignação contra os edomitas.
O nobre teria sido deixarem os israelitas passar, como pediram.
Negar e ir ao encontro para impedir à força é humilhante.
Mas haveria um 3a. opção que teria sido a pior delas: os edomitas permitirem e atacarem de surpresa quando os judeus estivessem bem no meio da terra deles.
Já que não permitiam mesmo, foi melhor deixar claro e impedir abertamente. Pelo menos os judeus sabiam onde estavam pisando.
Nós, crentes precisamos entender que estamos atravessando pelo mundo.
Deus impõe isso. Mas é apenas para passar, não para parar e nos envolvermos muito – além do mínimo, para pregar para eles, dar testemunho, etc.
O ideal é passar, sem comprometer nossa santidade, fazendo um bom trabalho cristão, fazendo o bem, com amor pelas pessoas, falando de Cristo para elas, mas sem esquecer que aqui não é nossa terra.
Vamos passando adiante, até chegar na nossa terra prometida, no céu!
Que Deus nos abençoe. Amém