Ex 20.16 36 minutos 15/03/2020
Mauro Clark
O quinto mandamento protege pai e mãe.
O sexto, protege a vida do próximo.
O sétimo, protege a mulher e o marido do próximo, isto é, protege o casamento, a família
O oitavo, protege os bens do próximo.
O novo: protege o nome, a honra, a reputação do próximo.
O nome de alguém é de valor incalculável, mais que riquezas.
Como um ser sociável, é fundamental que o homem tenha reconhecimento dos outros.
A tendência natural é que cada pessoa tenha alto interesse em preservar um bom nome.
E os ladrões e corruptos? É que a vontade de ter é tão forte, tão doentia, que inibe o zelo natural pelo próprio nome.
O fato é que um nome manchado é quase impossível recuperar.
É clássica a comparação de que recuperar totalmente a honra manchada é como picotar papel, jogar do alto de um prédio e tentar recolher.
Talvez este mandamento se refira a um depoimento oficial.
Mesmo se for, Ex 23.1 fala de modo geral: notícias falsas e testemunho maldoso.
A ideia de falso testemunho vai além de informações inverídicas, incluindo qualquer coisa que venha a prejudicar a reputação alheia (a não ser no caso de algo ilícito que precisa ser formalmente tratado).
Inclusive, na repetição deste mandamento em Dt 5.20, o termo hebraico traduzido por “falso” não é o mesmo de Ex 20.16, mas o mesmo traduzido por “vão” em Ex 20.7.
Portanto, o mandamento é não dizer testemunho falso ou mesmo vazio (vão, inútil, que não esclarece).
Isso inclúi calúnia, difamação, fofoca, sugestão maliciosa.
A Bíblia trata muito desse problema de falar mal dos outros:
* Difamação: característica do ímpio: Sl 50.19-20
* Fofoca proibida: Lv 19.16
* O falso testemunho e a mentira terminam descobertos: Pv 19.5. Ou seja, o que dá falso testemunho prejudica o outro e a sí próprio!
* Difamação é insensatez: Pv 10.18
* Falar do outro pode jogar pessoas contra outras, e isso Deus odeia: Pv 6.16-19
Só temos idéia do quanto dói no outro falar mal dele, quando fazem conosco.
Davi estava sentindo esta dor em Sl 109.2
Este mandamento é muito difícil de cumprir, pois o homem é altamente tendencioso a falar mal dos outros. Dois motivos:
1. Porque é maldade pura e simples e, como o coração do homem natural é mau, termina sendo gostoso para a carne.
2. Ajuda a esconder os próprios erros e fraquezas
Mas nada disso é desculpa. Temos obrigação de refrear a lingua:
Sl 34.13; 39.1; Tg 1.19; 3.2-12.
Aliás, é importante não apenas deixar de falar mal, mas procurar coisas boas do que falar.
Isso é amor cristão: querer o melhor dos outros.
É bonito ouvir de crente que nunca falava ou fala mal de ninguém, apenas o bem.
Jesus deu uma das soluções para evitar a difamação: ir na fonte: Mt 18.15-17
Três passos: 1) Fala só com ele. 2) Leva testemunhas. 3) Trata diante da igreja.
Pergunta:
Sempre é errado falar de alguém na sua ausência, mesmo de modo negativo?
Não. O ambiente, o propósito, o conteúdo, a maneira – tudo isso é importante.
Exempoos:
* Liderança da igreja: inevitável, com o propósito de corrigir e zelar pela igreja.
* Informação de referência profissional
* Depoimento oficial
* Quando envolve proteção de outros
O fato, irmãos, é que difamação é muito mais pernicioso do que se imagina, pois destrói o próximo (estraga, arruína): Pv 11.9
Cuidado com “palavras devoradoras”: Sl 52.4
Especialize-se em falar para edificação: 2Co 12.19
Que Deus nos abençoe. Amém