PREGAÇÃO

O que Jesus espera de nós (Série ORAÇÃO SACERDOTAL DE CRISTO 8 de 8)

Jo 17      54 minutos      23/02/2014         

Mauro Clark


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Nesta última pregação sobre a oração sacerdotal de Jesus veremos as expectativa de Jesus com relação aos crentes e aos que são do mundo             

A expressão para que ou a fim de que aparece 10 vezes na oração.

Ou seja, dez vezes Jesus explicou um DESEJO ou uma EXPECTATIVA. Isso é valioso.

Dessas dez, 8 referem-se aos Seus discípulos e 2 aos do mundo.

Das que se referem aos crentes, algumas já comentamos (além de outras já pregadas em mensagens anteriores, tipo: que tenhamos gozo; que sejamos santificados na verdade; que Ele habite conosco.

 

Quatro expectativas quanto aos CRENTES:

1) v.11, 21-23: Sejam um e aperfeiçoados nesta unidade

Estas palavras sobre unidade tem dado munição para os defensores d ECUMENISMO.

- Se Jesus quer que sejamos um, então vamos nos unir! 

- Mas, e as diferenças?

- Ora, deixemos de lado as diferenças.

 

Só que as diferenças são enormes, envolvendo doutrinas, algumas fundamentais para a fé cristã. (ex. nascimento virginal de Cristo, inerrância das Escrituras).

E o mesmo Jesus, através da Sua Palavra (Bíblia) exige que os discípulos se separem de quem prega doutrina errada.

Então, com a justificativa de obedecerem um desejo de Cristo, DESOBEDECEM outro.

Mas Jesus nunca desejou união à custa da doutrina.

Esse tipo de união é aparente, é falsa, é enganosa.

Jesus jamais poderia querer uma união desse tipo.

 

Então que tipo de UNIÃO Ele deseja?

Solução é pensar em termos de igreja. Todos os discípulos de Cristo estão na igreja.

NT fala de igreja em dois níveis: local e geral.

Local: mesmo espírito, compreensão mútua, suportando uns aos outros, todos juntando os respectivos dons e fazendo juntos um SERVIÇO para Cristo. Tudo em AMOR.

 

Geral: Aqui desaparece a ideia de uma união para serviço, que é IMPRATICÁVEL.

Esses crentes estão espalhados pelas igrejas locais e o serviço cristão é basicamente realizado através dessas igrejas locais.

A Luz do Mundo não tem nenhuma obrigação de estar unida com a Igreja Batista de Tóquio para determinada tarefa cristã.

A união aqui é no sentido de mesmas crenças, mesmos princípios, mesmos padrões, da parte de todos os crentes que vivem numa determinada época.

Entre esses padrões o principal é o AMOR que os discípulos de Cristo devem praticar para com todos, até com os inimigos.

 

Mas o fato é que existe todo tipo de igreja, todo tipo de doutrina, de crença, de padrão.

Certamente isso não alegra o Senhor Jesus. Mas não é por isso que vamos desobedecê-Lo e FORÇAR uma união com igrejas que não seguem a Bíblia conforme entendemos que deve ser.

- Mas é que eles entendem de maneira diferente!

- Tudo bem: eles seguem o que acham que é certo e nós seguimos o que achamos que é certo. Cada um dará contas de si a Cristo.

Pior é ESQUECER que temos diferenças e FINGIR uma união espiritual que não existe.

 

Na realidade, o desejo de Cristo de união perfeita ainda aguarda cumprimento no futuro. Aí sim, no céu, todos os crentes da Igreja estarão reunidos e haverá plena união.

 

2) v.21: Os discípulos sejam no Pai e no Filho

O Pai e o Filho são tão unidos que fazem uma unidade: Eu e o Pai somos um (Jo 10.30).

Cristo deseja que os crentes sejam muito unidos com Ele próprio e com o Pai.

Tenho exortado bastante sobre exercitarmos a nossa comunhão com o Pai também.

O fato é que, quando buscamos diretamente o Pai, alegramos o Filho. E quando nos aproximamos do Filho, agradamos o Pai.

Que privilégio nosso, saber que Cristo deseja que estejamos bem pertinho dEle e do Pai.

 

3) v.24: Onde Ele estiver estejam os crentes para que vejam a glória dEle

É tocante como Jesus tem prazer em nós. Quer que estejamos sempre pertinho dEle!

Para que? Para que vejamos a glória dEle.

 

Esse motivo é fácil de entendermos, pois conhecemos esse tipo desejo.

Quando recebemos prêmio, ou medalha, ou diploma, gostamos que familiares, amigos estejam conosco, compartilhando daquela alegria e vendo a nossa “glória”.

Pois esse é o sentimento de Cristo: quer que vejamos a glória que o Pai deu para Ele.

 

Imagino que essa vontade dEle seja ainda maior pelo fato de Ele ter vindo ao mundo tão esvaziado, tão humilhado.

Não que tenha estado aqui sem glória.

Ele tinha glória na Sua santidade, no poder espiritual, a condição única de Filho de Deus. A própria cruz fez parte da Sua glória, mostrando amor, humildade, submissão a Deus.

Mas isso não era tudo. Muito da Sua glória tinha ficado à parte (v.5).

Pois a Sua vontade era que todos os discípulos dEle uma dia O VISSEM em toda a plenitude da Sua glória.

Imagino que, além do estado glorificado hoje, aqui esteja incluído o arrebatamento, a 2a. vinda, vitória sobre o Anticristo, prisão de Satanás, reino milenar e por fim a própria sujeição dEle ao Pai na ocasião da criação dos novo céu e nova terra. (1Co 15.28).

Tudo isso é glória e Ele quer que vejamos tudo.

 

4) v.26a: O amor com que o Pai amou Jesus esteja nos crentes

Você já deve ter ouvido algo como:

- Ah, você PRECISA conhecer o fulano. Ele é ótimo.

É natural que as pessoas apresentem aos amigos alguém muito especial que conhece.

Jesus era FASCINADO pelo amor que o Pai tinha por Ele.

Se alguém pedisse para Ele dizer as coisas mais valiosas que tinha, certamente falaria logo no amor do Pai.

Pois era exatamente isso que Ele queria para nós.

Ele falou do Pai para os discípulos e ainda falaria para que eles se animassem em buscar intimidade com esse Pai maravilhoso e assim conhecessem ainda mais o amor dEle.

Esse desejo de Cristo já começou a ser realizado, pois já CONHECEMOS HOJE o amor do Pai (através do Espírito Santo).

Mas esse desejo se realizará totalmente no futuro, na glória.

 

AOS DO MUNDO, Jesus falou de uma só expectativa, dita 2 vezes:

v.21, 23: Que o mundo creia que o Pai enviou a Jesus

Em ambas as vezes Jesus está falando da UNIDADE entre os crentes, como já expliquei.

Ou seja, a UNIDADE, de alguma forma, contribui para que pessoas do mundo reconheçam que Jesus é o Enviado de Deus, o Filho de Deus, o Salvador.

Geralmente quando pensamos em alguém se converter, concluímos que foi por causa da pregação do Evangelho ou testemunho de vida dos crentes.

E na maioria dos casos é isso mesmo o que ocorre.

Mas aqui há algo em que talvez nunca tenhamos pensado: UNIÃO ENTRE OS CRENTES leva pessoas do mundo a considerarem com seriedade o ministério de Jesus e terminarem exercendo fé nEle.

De alguma maneira maior do que imaginamos, A NOSSA UNIÃO TOCA no coração duro dos pecadores sem Cristo. E o efeito é buscarem a Cristo.

 

Ex.: Não é à toa que de vez em quando ouvimos um visitante falar, admirado, que somos como FAMÍLIA. Se costumamos valorizar a nossa união, devemos valorizar ainda mais!

 

Graças a Deus pelas almas que foram tocadas por causa da união entre os crentes desta igreja e de outas igrejas também, e de maneira geral, pela comunhão de doutrina e de testemunho dado pelos verdadeiros crentes em Cristo.

 

Aqui encerramos as 29 pregações sobres Jo 14,15, 16 e 17.

Logo depois de proferir esta oração, Jesus foi preso, julgado e morto. E depois ressuscitou! E depois voltou para a Sua glória!

Que Deus nos abençoe com essas mensagens e nos edifique com tudo o que aprendemos

E que pessoas sem Cristo venham aos pés do Salvador, ouvindo essas coisas.

Tudo para a glória de Cristo. Amém.

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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