Ex 34.1-7 33 minutos 25/07/2021
Mauro Clark
Vimos que Moisés pediu para ver a glória de Deus e que Deus atenderia, sim, mas apenas em parte: enquanto a glória de Deus estivesse passando, Deus colocaria Moisés numa fenda entre pedras e taparia os olhos dele.
Depois, Deus tiraria a mão dos olhos de Moisés, que o veria pelas costas.
Mas tudo isso se referia a algo que iria acontecer!
Pois agora veremos o evento em si.
v.1
Deus manda Moisés lavrar duas novas tábuas de pedra.
Parece que novamente Deus escreveu pessoalmente o resumo da Lei, nos 10 mandamentos, e ditou para Moisés escrever as ordens mais datalhadas (v.27-28).
mesmas palavras...
Não é porque os judeus quebraram a Lei logo no início, que Deus iria modifica-las.
Os princípios de Deus, refletidos nos seus mandamentos, não mudam por causa do comportamento humano.
Não tem sentido um crente se afastar cada vez mais de Deus, pensando: Ah, estou tão longe de Deus que não conseguirei mais obedecê-lo.
Mas não é assim. Por mais graves que sejam os nossos pecados, Deus quer de nós exatamente a mesma coisa de antes: obediência e adoração (inclusive arrependimento, no caso de pecado).
v.2-3
Pelas ordens, vemos que algo de muito solene, muito grandioso iria acontecer.
Não é difícil prever: Deus iria cumprir a promessa feita a Moisés, no cap.33.19-23.
Desta vez Moisés deveria ir absolutamente só.
Sua experiência seria pessoal demais, especial, forte, para ser compartilhada com outro.
Nem o fiel ajudante e companheiro Josué iria dessa vez.
v.4
pela manhã, de madrugada... como o Senhor lhe ordenara
Curioso: a Bíblia fala muito em atividades ocorrendo de madrugada.
Faz as pedras e sobe o morro, exatamente como Deus ordenara.
É bom cultos em que nos elevamos a Deus como igreja, de forma coletiva.
É bom encontros de mocidade, de casais, em que também somos edificados.
É bom grupos pequenos, nas casa.
É bom um estudo dois a dois, compartilhando, etc.
Mas existem momentos em que Deus faz questão que estejamos só.
Compete a nós “subirmos o morro”, criando o clima propício, isolados.
Você tem “subido o morro” de vez em quando?
v.5-7
Deus cumpre a promessa a Moisés.
Quatro atos de Deus:
1) desceu na nuvem
Interessante: nunca lemos que Deus subiu para falar com alguém. Sempre é “desceu”: ideia de superioridade. Estamos sempre embaixo dEle.
2) ficou junto de Moisés
Por quantos minutos? Não minutos: mas dias, 40 dias! Comentaremos no v.28.
Enquanto medita e adora, você tem convidado o Senhor para ficar “junto de você”?
3) passou por diante de Moisés
Obviamente foi como Deus previra: Moisés ficou numa fenda e Deus tapou seus olhos enquanto passava.
Depois de passar, Deus tirou a mão dos olhos de Moisés, que O viu apenas por trás.
4) proclamou o nome do Senhor
Enquanto passava, Deus falou de cinco ou seis atributos, numa espetacular autoproclamação numa valiosíssima aula de teologia.
1. compassivo
2. clemente: lit.: graciso, mostrar favor, ser misericordioso
3. longânimo: lit.: longo. Metaf: tardio em irar-se, paciente com quem lhe agride.
4. grande em misericórdia: sentido semelhante a “clemente”.
5. grande em fidelidade
6. que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado (perdoador)
Alguns aspectos do perdão e da misericórdia de Deus:
* Guarda a misericórdia em mil gerações (implícito que é no caso do justo). Repetição de Ex 20.5-6.
* Visita a iniquidade até 3a. e 4a. geração: algumas consequências do pecado passam a outras gerações.
* Perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o culpado.
Como pode ser? O pecado tem um preço. Sempre.
Alguém tem que pagar. Deus providenciou o Substituto, Cristo, mas o culpado tem que crer nessa substituição.
No caso do VT: além da fé, sacrifícios, que apontavam para Cristo.
No caso do NT: Aceitar pela fé que Cristo pagou.
Estamos falando do aspecto judicial perante Deus: a pessoa está quite.
Mas há um outro aspecto do princípio de Deus não inocentar o culpado: disciplina do crente: Hb 12.4-8
Reação imediata de Moisés: adorar a Deus! E fazer uma oração!
Veremos na próxima pregação.
Que Deus nos abençoes. Amém