At 9.19-27 53 minutos 06/08/2023
Mauro Clark
Após convertido e comissionado, Paulo não perde tempo e começa a fazer o que passaria o resto da vida fazendo: pregando a Jesus.
Enquanto gozava da comunhão dos novos irmãos (discípulos), não perdeu tempo em ir às sinagogas e pregar aos judeus que Jesus era o Filho de Deus (divino).
Vida cristã é um equilíbrio entre comunhão com crentes e evangelização dos não crentes.
Cuidado com igreja tão gostosa, em que há muita programação, muita comunhão, mas o crente termina relaxando no seu testemunhar de Cristo aos de fora.
v.21-22
Naturalmente, o estranhamento era geral.
Mesmo assim, Paulo se fortalecia (fisica e espiritualmente).
Mais confundia os judeus... demonstrando que Jesus é o Cristo
Confundir: confundir, perturbar, agitar
Argumentando pelas Escrituras, Paulo demonstrava que Jesus de Nazará é o Messias.
Isso deixava os judeus muito perturbados (como ele próprio era antes), e sem resposta!
v.23-25 (salto de três anos do v.22)
Decorridos muitos dias... : três anos, conforme Gl 1.15-18
Sequência provável:
* Conversão na estrada
* Cego, na casa de Judas; recebe Ananias, recobra visão e é comissionado
* Alguns dias em Damasco pregando nas sinagogas
* Retiro no deserto da Arábia, onde deve ter recebido revelações do próprio Jesus
* Volta a Damasco onde continuou pregando
* Fuga para Jerusalém
Esses três anos foram o tempo no deserto mais o tempo em Damasco, até fugir.
Quando voltou a Damasco, vindo do deserto, deve ter vindo com pregação muito mais forte, mais direta, mais poderosa.
Deve ter irritado muito os judeus com tanta novidade doutrinária.
Solução: morte! A mesma solução que ele próprio dava aos crentes!
guardavam as portas
Portas da cidade. Se entrasse ou saísse, veriam.
A situação ficou insustentável. Tiveram de descê-lo pela muralha num cesto, à noite.
Na mesma cidade onde estava planejando chegar com toda a autoridade para prender crentes, tem que sair à noite, escondido numa cesta!
Mas com certeza Paulo estava mais feliz do que com toda a autoridade do mundo, mas sem Cristo.
v.26-27
Paulo chega a Jerusalém, procura os discípulos de Cristo, querendo se enturmar com o mesmo grupo que perseguia ferozmente.
Com os antigos amigos não tinha mais praticamente nada em comum.
Problema previsível: quem acreditava que ele era mesmo crente? Poderia ser golpe.
Surge em cena Barnabé, que foi extremamente útil nesse momento delicadíssimo do ministério de Paulo.
Barnabé simplesmente acreditou em Paulo, resolveu ajudá-lo e o levou aos apóstolos.
Como o v.28 já fala de Paulo bem aceito, é implícito que Barnabé foi bem aceito.
Duas observações:
1. A importância de um amigo em horas difíceis.
Paulo deve ter sido grato a Barnabé pelo resto da vida.
E como Barnabé deve ter ficado feliz com a oportunidade de ajudar Paulo.
É gratificante a vida do crente que se preocupa em ajudar os outros, especialmente os solitários, os menos compreendidos.
2. Barnabé argumentou que Paulo, além da visão de Cristo, pregara ousadamente em nome de Jesus, em Damasco.
Além de agora ser crente, Paulo tinha mostrado frutos, trabalho, produção.
Obviamente isso teve grande efeito em Barnabé e depois nos outros.
Não tem muito sentido dizer que ama Jesus se, ao mesmo tempo, não trabalhar por Ele.
O efeito disso é importante, tanto para os irmãos, como para os descrentes.
Continuaremos na próxima mensagem.
Que Deus nos abençoe. Amém