PREGAÇÃO

Prioridade no retorno do Exílio: adoração a Deus

Ed 3.1-7      61 minutos      04/06/2017         

Mauro Clark


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v.1-6a

Sétimo mês do calendário: uns três meses após a chegada, quando se fixaram, cada um na sua cidade. Depois disso, todos se reuniram em Jerusalém.

Sob a liderança de Jesua (sacerdote) e Zorobabel (líder civil), edificaram o altar para oferecerem sacrifícios, conforme a Lei de Moisés.

 

De tudo o que devia ser construído, o altar foi o primeiro porque o centro da adoração a Deus era baseado no sacrifício de animais. Por que?

Deus é santo, não pode comungar com o pecado, mas o homem é pecador.

Por isso o pecado impede o homem de se aproximar de Deus: Is 59.1-2; Jr 5.23-25

Para se aproximar de Deus a pessoa precisa ter seus pecados perdoados.

E para haver perdão de pecados precisa haver derramamento de sangue: Hb 9.22

E mais: sangue inocente, sem contaminação: Dt 17.1

Ou seja, mesmo que alguém se dispusesse a derramar o próprio sangue para ser perdoado e assim poder se aproximar de Deus, isso não seria possível.

 

É aí onde entra o plano da salvação: Cristo se dispõe a derramar Seu sangue inocente para perdoar os NOSSOS pecados: Hb 4.15; 7.26; 9.11-14; 1Pe 2.22

E os animais, onde entram nisso? Simplesmente apontavam para Cristo.

Quando Ele veio, cessou a necessidade de sacrifício de animais.

Mas ANTES de Ele vir, a adoração a Deus precisava ser feita por meio de sacrifícios.

Voltando: por isso era de vital importância que construíssem imediatamente o altar.

Logo após concluírem o altar, começaram a oferecer holocaustos, de manhã e de tarde.

 

Duas observações:

1ª: v.2: ... como está escrito na Lei de Moisés

     v.4: ... como está escrito... segundo o número ordenado

Ou seja: fizeram questão de seguir rigorosamente o que estava escrito na Lei.

O mesmo povo que fora destruído e exilado 70 anos antes por se afastar da Palavra de Deus, agora volta à obediência.

 

Para o crente que se desvia, só tem uma única alternativa: voltar à velha Palavra de Deus, obedecer os mesmos mandamentos, seguir os memos princípios.

Não adianta inventar novos métodos de se aproximar de Deus, querer adaptar os princípios divinos às novas circunstâncias, etc.

E graças a Deus pela misericórdia dEle, que sempre estende as mãos a quem quiser voltar para o colo dEle.

 

2ª observação:

v.3: ... ainda... sob o terror dos povos de outras terras, ofereceram.. holocaustos...

Récem chegados, sem exército e sem proteção do muro da cidade, de vital importância na época, para defesa.

O muro somente seria construído quase 100 anos depois, com Neemias.

Mesmo assim, não se deixaram intimidar e, mesmo expostos, passaram a fazer o que Deus esperava deles.

 

Grande exemplo para nós, que, para servirmos a Deus, também temos de nos expor a perigos: 1Pe 5.8b

Imagine um grito: “Tem um leão solto nas ruas”!: Primeira reação: proteger-se num lugar bem escondido, ficar quieto, não chamar atenção.

Pois o crente vive diariamente com a realidade de um leão solto ao redor, e faminto, desesperado para devorar alguém!

Tendência natural: não chamar a atenção dele, ficar quieto.

Só que, ao mesmo tempo, o crente fiel precisa servir a Deus, pregar o Evangelho, etc.

E ao fazer isso, brilha, pois é luz do mundo - um mundo que vive nas trevas.

Qualquer ação que agrada a Deus, mais brilha! E mais atrái atenção do leão e do mundo, que é submisso a ele.

Resultado: muitos crentes se intimidam e, por puro medo, param de brilhar.

Agora, se Deus não fosse confiável, teriam boa desculpa.

Mas Ele é totalmente confiável, tanto nas Suas intenções para conosco como no Seu poder para cumprir essas intenções.

Então, cada vez que o crente deixa de honrar e servir a Deus como deve, por medo do inimigo, está desonrando a Deus, como se estivesse desconfiando que o inimigo é mais forte do que Ele, a ponto de Ele não poder nos proteger.

E compromete sua comunhão com Deus, seu serviço a Cristo, toda a sua vida cristã.

Fiquemos com o belo exemplo dos judeus daquela época em Jerusalém.

 

Voltando:

v.6b-7

A 2a. parte do v.6 começa com um “porém...”

Ótimo que tenham logo começado a construir logo o altar, mas faltava o Templo em si!

Não poderiam se acomodar, só porque o principal, o básico, estava feito.

Agora tinham de começar a providenciar os alicerces.

Sem demora, providenciaram pedreiros e carpinteiros para trabalhar com madeira de 1a. qualidade, que encomendaram do Líbano.

 

Às vezes falta alguém para lhe dizer: “Irmão, você tem ido bem na vida cristã, PORÉM...”

Por falta desse “porém” você se acomoda e se esquece do ALVO de se aperfeiçoar cada vez mais na sua vida, que deve ter Cristo como centro.

Você pensa: “Ah, mas não sou perfeito, o ponto que alcancei já está bom, se falta alguma coisa, é secundária, não tem muita importância”.

Isso é armadilha! Veja o tom da Bíblia: Jo 15.2; 1Ts 1.2-3 com 4.1; Fp 1.9; 2Pe 1.5-8

 

E mais: Sabe quando deixará de haver esse “porém” à sua frente? Nesta vida, NUNCA!

Você sempre terá falhas, defeitos, obras incompletas, atitudes fracas. Ou seja, sempre estará longe do ideal.

Sejamos mais atentos para os “porém’s” que Deus colocar no nosso coração, seja através de leituras, de pregações, conversas amigos irmãos. E siga em frente.

 

Detalhe: Esse aperfeiçoamento contínuo não tem nada a ver com o fato de que já fomos totalmente aceitos por Deus quando aceitamos Cristo como Salvador.

 

Que Deus nos abençoe. Amém

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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