PREGAÇÃO

Profecia: anúncio certeiro - 2a parte

Is 42.10-17      57 minutos      09/08/2015         

Mauro Clark


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 Na pregação passada vimos parte desse texto, uma passagem messiânica belíssima, com algumas características do Messias, e onde Deus afirma que já se cumpriram algumas coisas e anunciaria outras que ainda se cumpririam.

Deus queria que seu povo cantasse um cântico novo porque Ele faria uma nova obra.

Do ponto de vista de Isaias, essa obra seria o envio do Messias e a prestação de contas com os inimigos de Deus.

Para nós, a 1ª. vinda do Messias já ocorreu!

Faltam a 2ª. vinda do Messias e a guerra que Deus travará contra os Seus inimigos.

Vimos vários pontos sobre louvor a Deus e sobre as duas figuras que Deus aplica para Si mesmo: um guerreiro (que clamará, gritará e mostrará a sua força) e uma mulher grávida que sofre dores e fica ofegante no nascimento do filho.

Deus “se controlou” para ficar calado tanto tempo, mas no momento certo agiria.

E esse momento interpretamos como a Tribulação, quando Deus dará um “basta” e declarará guerra à humanidade rebelde.

 

Os próximos 3 versículos tratam de características e consequências dessa guerra, observadas sobre diferentes pontos de vista.

 

v.15

Descrição física do resultado, na Terra, da Tribulação (7 anos): devastação gigantesca, com muitíssimo sofrimento (descrito como 7 selos, 7 trombetas e 7 taças-flagelos).

Apenas algumas partes:

Ap 6.12-17 - 6º. selo

Ap cap. 8 e 9 7º. selo e 6 trombetas

 

Um dos principais propósitos da Tribulaçao é Deus mostrar a Sua ira à raça humana, que tanto desprezou os convites ao arrependimento desde os profetas do AT chegando até o próprio Messias, Jesus Cristo, continuando pelos apóstolos e passando a todos os discípulos até ao dia de hoje.

 

Inverterei a ordem, sem prejuizo do texto:

v.17:

O resultado sobre os que adoram outros deuses que não o Único e verdadeiro Deus.

Embora o texto focalize num momento específico de vingança de Deus (que estamos aplicando à Tribulação), podemos abranger e dizer que essas consequências do v.17 se aplicam a quem quer que pratique ou tenha praticado idolatria.

 

No texto, a idolatria é descrita como o modo visível das pessoas adorarem na época.

E incrivelmente essa descrição é atual para milhões que se chamam “cristãos” e adoram ou reverenciam estátuas (de gesso, concreto, ferro, etc)

E na época da Tribulação muitos adorarão a imagem da Besta, o Anticristo: Ap 13.11-15

 

Mas evidentemente idolatria se faz de várias maneiras e é muito abrangente: é qualquer tipo de temor ou adoração a alguém ou alguma coisa que não seja o próprio Deus.

Isso continua sendo praticado por praticamente cada um que não tem Cristo.

Afinal há muitos ídolos que o homem natural idolatra: o dinheiro, os prazeres, a fama, o poder e o maior deles: o próprio EGO!

Todas essas pessoas se enquadram na descrição do v. 17.

 

Mas o que ocorrerá com os idólatras?

Tornarão atrás e se confundirão (NIV: Retrocederão em vergonha total):

Curiosamente não fala em sofrimento físico e morte, que deve ser implícito.

O foco aqui é que estarão psicologicamente abalados e espiritualmente desorientados: ficarão confusos, envergonhados, angustiados, frustrados.

E o pior, endurecidos e irados contra Deus: Ap 9.20-21 (já vimos); 16.9,11, 21

Veja o grau de dureza do coração humano, quando entre a si mesmo.

 

E você, amigo, pensa que é diferente? Somos todos iguais.

Precisamos do Espírito Santo para nos amolecer.

Cada crente foi convencido do próprio pecado, se arrependeu e aceitou Cristo.

Peça a Deus que envie esse Espírito maravilhoso para lhe amolecer também.

 

v. 16

A descriçao aponta para pessoas descritas como cegas na época que Deus intervir (segundo interpretamos, a Tribulação, que será seguida pelo Milênio).

Mas podemos ampliar e mostrar a atitude Deus para com pessoas chamadas de cegas.

 

O texto diz que Deus fará os cegos enxergarem, irá guiá-los por caminhos novos e planos, vai ampará-los para sempre.

Esse cegueira é literal?

Quando Cristo curou cegos, é claro que sim.

Mas em passagens como essa é metafórica, espiritual.

Cegueira é uma das metáforas mais utilizadas para descrever alguém sem Deus, perdido.

O próprio Isaias falou assim: Is 59.10

Usando esse sentido, Jesus falou: Jo 9.35-41

 

Cegos são os que sabem que são pecadores, perdidos, desamparados e que crêem e esperam  em Deus.

Para esses, Deus dá a luz, a luz de Cristo: Jo 8.12

 

... fá-los-ei andar por veredas desconhecidas

Na realidade, todas essas veredas se concentram numa só, Cristo: Jo 14.6.

Quem anda em Cristo enxerga, com os olhos da alma, paisagens belíssimas, antes desconhecidas!

 

... jamais os desampararei

Que promessa! A própria eternidade na presença de Deus e do Seu Filho.

 

Em suma: conforme comentei, a aplicação da época dessas coisas é minha interpretação pessoal, na interpretação pre-milenista e pre-tribulacionista.

Mas, independente de posição escatológica, é inquestionável a essência de tudo aqui:

- O Messias virá a este mundo e fará uma grande obra; (aliás, virá pela 2a. vez)

- Deus vingará a Sua santidade ferida e provocará catástrofes na Terra, encerrando o atual estado de pecado, injustiça, rebeldia.

- Muitos morrerão, confundidos, angustiados, desesperados, sem Deus

- Os fiéis, geralmente hostilizados, serão amparados, guiados e protegidos por Ele

- Essas coisas com certeza acontecerão e Deus estará pessoalmente envolvidos nelas.

- Deus quer que toda a Criação anuncie, de antemão, essas coisas IRÃO acontecer

- Esse anúncio deverá ser feito com louvor apropriado, com alegria e honra a Deus

 

Irmão em Cristo: diga abertamente que Deus está “calado” apenas por enquanto, que Cristo virá outra vez, etc. E se conforte, se “alimente” dessas expectativas.

 

Amigo: Faça urgentemente as pazes com esse Deus, através de Cristo.

Termino com Ap 7.13-17, que dispenssa comentário.

Que Deus nos abençoe a todos. Amém 

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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