v.12-16
Após o incidente de Ananias e Safira, os crentes continuaram se reunindo no Templo.
Interessante: muitos ficaram com medo de se juntarem ou de se passarem por cristãos, sob o efeito do que havia ocorrido com Ananias.
Ao mesmo tempo, muitos se convertiam de fato e alegremente se juntavam aos crentes.
Quanto ao povo em geral, as pessoas ficavam admiradas.
Enquanto isso, Deus concentrou na realização de sinais e milagres feitos pelos apóstolos, especialmente Pedro.
Os milagres eram tanto de natureza física, como também mental e espiritual.
Assim, Deus dava legitimidade ao que os apóstolos faziam e, especialmente, diziam!
v.17-18
Nova prisão. Com apoio do sumo-sacerdote, novamente liderada pelos saduceus (grupo religioso poderoso, ricos, dominavam o sinédrio, não criam na ressurreição).
Interessante o motivo: inveja!
Para quem visse de fora, parecia uma questão religiosa, eles preocupados com a preservação da Lei de Moisés, defendendo os interesses de Deus.
Mas o Espírito Santo revela que a motivação interna era inveja.
Quantas autoridades parecem ter motivos nobres, mas no coração, têm maus designios.
Certo que não podemos julgar os corações, mas isso não é motivo para sermos ingênuos.
Quanto aos apóstolos, há pouco tempo, andavam na rua, famosos, fazendo milagres, admirados, festejados.
De repente, estavam trancados numa prisão. E logo, soltos novamente, pregando.
Assim é o ministério por Cristo. Traz alegrias, tristezas, elogios, críticas, liberdade, prisão.
Como tem sido o seu serviço a Cristo?
v.19-21a
É impressionante a simplicidade com que a Bíblia narra esse acontecimento.
É a primeira de três libertações miraculosas no livro de Atos.
O anjo os livra e ordena: preguem no Templo, ou seja, continuem fazendo como antes.
Talvez o lógico fosse fugir de Jerusalém. Mas, nesse momento, Deus não queria assim (às vezes Ele autoriza a fuga).
... todas as palavras desta vida
Alugns acham que “vida” aqui se refere ao Evangelho. Outros, à salvação.
Pode ser também uma referência direta a Jesus Cristo: Jo 14.6
Obedientes, deixaram amanhecer e logo foram para o Templo.
Detalhe: é óbvio que mais perseguições viriam. Mas eles encararam com coragem.
Em biografias de crentes é comum vermos homens cansados, doentes, em que o lógico seria parar o serviço. Mas continuam pregando e se desgastando, as vezes até à morte. Sentem que é isso o que Deus quer para eles.
Isso varia para cada crente. Mas, seja como for, não pense que se desgastar no serviço de Deus é fora de cogitação e se convença que poderá ter um preço a pagar.
v.21b-24
Todo o Sinédrio estava reunido (= senado dos filhos de Israel).
Má notícia: os presos fugiram!
Detalhe: nada de explosões, de renderem os guardas, tudo na prisão estava em ordem!
Fizeram papel de bobos: reunidos para julgarem presos que não estavam mais na cadeia.
... ficaram perplexos: de fato, a reação não poderia ter sido outra.
Os que resistem a Deus, mais cedo ou mais tarde ficarão todos perplexos.
Deus os confunde: Gn 11.7-9; Ex 23.27; Sl 2.5; Is 41.11
v.25-26
Nova má notícia: estavam todos no Templo, ensinando, como se nada tivesse acontecido!
Além de soltos, faziam exatamente o que estava proibido e que motivou a prisão!
Situação tragicômica, mostra um senso de humor de Deus.
Estou certo de que ali ocorreu exatamente um exemplo de passagens como:
Sl 2.4; 37:11-13; 59:8; 2 Rs 19:20-22; Pv 1:23-26
José Pedro: Coronel com ódio, na mão o jornal com a coluna FC: “O que é isto?”
Quantas vezes Deus não já zombou de um adversário através da fidelidade de um crente!
Os guardas foram buscá-los, mas com cuidado para não serem apedrejados.
Me impressina o misto de fragilidade e poder que os apóstolos experimentavam.
Na realidade, todo crente é muito poderoso em Cristo, e ao mesmo tempo, muito frágil neste mundo hostil a Ele.
Continuaremos na próxima semana.
Que Deus nos abençoe.