PREGAÇÃO

Quando Jesus reclamou (Série AGINDO COMO JESUS 7 de 38)

Lc 17.11-19 Mt 26.47-50 Jo 18.19-23      29 minutos      01/11/2015         

Mauro Clark


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Na série AGINDO COMO JESUS, nossa ênfase NÃO é nos ensinos e doutrinas, mas na atitude, no comportamento dEle, para imitá-Lo em situações semelhantes.

Hoje: RECLAMAÇÕES DE JESUS.

Pergunta: reclamar por alguém ter feito algo que você não gostou, é atitude boa ou ruim?

Cuidado os que se apressaram a responder “ruim”. Jesus reclamou!

Vejamos três ocasiões em que Jesus reclamou da atitude de pessoas para com Ele, e o MOTIVO pelo qual reclamou.

 

1) Lc 17.11-19 - Reclamou da INGRATIDÃO dos outros 9 leprosos.

Poucas coisas doem mais que ingratidão.

Já é ruim deixarmos de ser ajudados por quem está em condições de fazê-lo ou mesmo receber algum tipo de desconsideração.

Mas essa dor fica muito mais intensa quando se trata de alguém que foi ajudado por nós de alguma maneira. Nunca se espera isso.

E ainda pior é quando ajudamos um grupo e apenas alguns são agradecidos.

O CONTRASTE deixa em evidência a feiura da ingratidão.

Foi isso o que ocorreu com Jesus: quando apenas um veio agradecer, a ingratidão dos outros chocou Jesus.

 

Detalhe: naquele episódio, houve outro CONTRASTE que também mexeu com Jesus: o único que voltou era estrangeiro (samaritano).

Presume-se que os outros 9 eram judeus.

Os judeus conheciam a Lei, sabiam que era imundos perante a Lei e mesmo assim foram alvo de grande misericórdia de Jesus. Deviam ter sido ainda MAIS GRATOS que o samaritano.

É como se ajudássemos 10 pessoas, sendo que 9 fossem irmãos da igreja, bons conhecedores dos padrões do Evangelho. E uma nem crente fosse. E o único que mostrasse gratidão fosse exatamente o não crente. Isso nos deixaria tristes.

Teríamos razão de RECLAMAR desses irmãos.

 

2) Mt 26.47-50; 55 - Reclamou da FORMA como foi preso.

Claro que Jesus deve ter achado ruim ter sido preso, mas não foi disso que Ele reclamou.

Mas por ter sido preso COMO LADRÃO. Se Ele tivesse sido pego roubando, tentando fugir, tudo bem que viessem com paus e porretes.

Mas era o contrário: todos os conheciam do Templo, onde se assentava pacificamente, e ainda mais, ensinando!

 

Esse problema da FORMA é muito mais importante do que parece.

Tenho visto pessoas magoadas não pelo conteúdo de palavras ou ações de outras, mas pela MANEIRA como foi dito ou feito.

 

Quando se sentir magoado com alguém por isso, chame a pessoa e reclame.

Mas veja a FORMA como você reclamará, para não cometer exatamente o erro contra o qual está se queixando!

A maneira como Jesus se queixou foi suave, mas inteligente e firme: sem agredir, mostrou a desconsideração deles.

 

3) Jo 18.19-23 - Reclamou da AGRESSÃO FÍSICA

Aqui uma das cenas mais revoltantes, patéticas, mais de mal gosto da história humana.

Passagem revoltante, que maltrata o crente só em ler: o nosso amado e meigo Salvador sendo esbofeteado por um soldadozinho romano arrogante.

Jesus reclama imediatamente da brutalidade do homem.

Mas novamente observe a maneira como Ele falou:

- Se falei mal, diga; se não, porque você me bate?

 

Era característica dEle enquadrar a pessoa de maneira calma, mas firme, argumentando com lógica e bom senso, fazendo perguntas que deixavam o outro sem jeito.

 

Quando for agredido por alguém (física ou moralmente), sinta-se livre para reclamar.

Aliás, se for para ficar com amargura, é OBRIGAÇÃO reclamar.

Se não ficar, conseguir perdoar e não quiser confrontar, tudo bem.

 

Em suma: reclamação de algo que fizeram contra você, não é, em si, reprovável.

Depende do MOTIVO pelo qual você irá se queixar, do espírito e do modo como reclama.

Jesus nos ensinou em todos esses aspectos.

E lembre-se de FAZER PERGUNTAS, em vez de carregar acusações.

 

Que Deus nos dê sabedoria para imitá-Lo à altura (ou quase à altura!). Amém

Mauro Clark, 72 anos, pastor, pregador e conferencista, foi consagrado ao ministério em 1987. Iniciou em 2008 a Igreja Batista Luz do Mundo, que adota a posição Batista Regular. Mauro Clark é também escritor. Produziu artigos em jornal por dez anos e tem escrito vários livros de orientação e edificação cristã. Em 2004 instituiu o Ministério Falando de Cristo.
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